PMs acusados de desvio de dinheiro de roubo vão a tribunal em abril
Foi marcada para o dia 17 de abril a audiência de instrução dos militares que teriam subtraído R$ 300 mil da quantia recuperada do roubo ao Banco do Nordeste em THE.
Foi marcado para o dia 17 de abril a audiência de instrução dos dois policiais militares lotados no 5º Batalhão, acusados de terem desviado e subtraído R$ 304 mil do dinheiro recuperado do roubo ao Banco do Nordeste e Teresina. O fato aconteceu em 19 de dezembro do ano passado, quando bandidos atacaram a agência da Avenida João XXII, mas a ação acabou sendo frustrada pela polícia.
Na ocasião, a quantia que estava em poder dos bandidos, e que foi recuperada pelos policiais militares, somava R$ 712 mil. No entanto, desse total, somente R$ 408 mil chegaram até a sede do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), para serem periciadas e anexadas aos autos da investigação como prova do crime.
Segundo o inquérito aberto pela Polícia Civil, os PMs que transportavam o dinheiro – o cabo Vanderlei Rodrigues da Silva e o cabo Erasmo Morais Furtado – teriam alongado o percurso e parado na sede do 5º BPM antes de se dirigirem ao Greco. No batalhão, eles teriam retirado uma parte do montante apreendido.
A investigação, feita em conjunto com a Corregedoria da PM, apontou ainda que os militares teriam descumprido uma série de procedimentos, que devem ser obrigatoriamente adotados na condução das diligências. Além de manusear de forma equivocada o dinheiro recuperado e de desviar caminho enquanto transportavam material apreendido em uma cena de crime, os policiais ainda teriam ordenado que o preso na ação fosse levado em outra viatura, para poderem mudar o itinerário sem levantar suspeitas.
Para o promotor de Justiça Assuero Stevenson, as provas apontam para a participação dos dois cabos, mas não significa que não possa ter havido a participação de uma terceira pessoa na subtração do montante apreendido. “Os dois acusados permanecem recolhidos aqui no Presídio Militar e já foi descartada a hipótese de envolvimento do comandante do batalhão no ocorrido”, destacou o promotor da 9º Vara.
Na audiência de instrução, que terá lugar na sede do Quartel do Comando Geral (QCG), serão ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa e analisadas as perícias feitas nas provas do crime.