Em entrevista realizada na manhã desta segunda-feira (06), durante a inauguração da sede da Companhia Ferroviária de Teresina, a deputada estadual Bárbara Soares criticou o prazo de 30 dias imposto pelo presidente estadual do Progressistas (PP), Joel Rodrigues, para que os parlamentares alinhados à base do governador Rafael Fonteles deixem o partido sem sofrerem sanções administrativas.
A decisão, que visa punir os deputados que se distanciaram da sigla, já afeta diretamente três deputados da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), incluindo os deputados Bárbara do Firmino, Marden Menezes e Dr. Thales Coelho, que declararam apoio à gestão do governador petista.
Na entrevista, Bárbara Soares comentou que o prazo de 30 dias é extremamente curto para decisões tão importantes. “Ainda estamos conversando com todos os partidos da base do governo para saber qual o melhor caminho a ser seguido para a troca de partido, e eu acho que 30 dias é um prazo muito curto. Essas discussões precisam de mais tempo, especialmente porque estamos no período de recesso, o que dificulta ainda mais as negociações”, afirmou a deputada.
A saída dos três deputados enfraquece ainda mais a bancada progressista na Alepi. Joel Rodrigues, presidente estadual do PP, já anunciou que o partido permitirá a desfiliação dos parlamentares sem prejuízo de seus mandatos. Contudo, alertou que, após esse prazo, medidas mais rigorosas poderão ser adotadas. “Precisamos tomar decisões e uma muito importante neste momento é a liberação de três deputados filiados ao Progressistas que estão na base do Governador Rafael. A decisão tomada é dar um prazo de 30 dias para que esses parlamentares solicitem o afastamento, a desfiliação. O partido vai liberar sem nenhum prejuízo para seus mandatos. A partir daí, tomaremos as providências legais e seremos mais duros em nossas decisões”, declarou Joel.
Bárbara Soares também foi questionada sobre o posicionamento político de sua irmã, Cristina Soares, que recentemente rompeu com a família e decidiu apoiar Silvio Mendes nas eleições municipais de 2024. A deputada declarou respeito pela decisão da irmã, destacando a importância da liberdade política em um país democrático. “Acredito que a gente vive num país democrático, onde cada um tem sua opinião e vontade própria, assim como eu tenho, minha mãe tem e minha irmã também”, afirmou Bárbara, tentando amenizar a tensão familiar gerada pela ruptura política.
fonte www.portalr10.com