TV Clube aprimora em reportagens que chegam ao nível do 'Fantástico'
Esta semana a emissora exibe série de reportagens sobre caos no sistema prisional
MERGULHO NO PROBLEMA
O início da reportagem falou da situação que se encontra o presídio Vereda Grande em Floriano, onde uma escada posicionada no muro poderia facilitar uma fuga, além da proximidade dos detidos com o muro. Pelos buracos naS celas o presos mostravam que havia superlotação.
O início da reportagem falou da situação que se encontra o presídio Vereda Grande em Floriano, onde uma escada posicionada no muro poderia facilitar uma fuga, além da proximidade dos detidos com o muro. Pelos buracos naS celas o presos mostravam que havia superlotação.
"Quando a gente observa situações como esta, de superlotação, parece que o problema é a falta de recursos destinados para o sistema prisional. não é. O dinheiro é mal investido nessa área, que faz parte da segurança pública", disse o repórter Felipe Pereira.
APROPRIAÇÃO INDEVIDA DE VERBAS
Segundo um documento no Ministério Público, mais de R$ 2 milhões de reais foram destinados em 2009 para ampliação da Casa de Custódia. Mais R$ 1,3 milhão foram pagos à Construtora Lira Coutinho, vencedora da licitação. Mas a obra parou e está longe de ser concluída.
Segundo um documento no Ministério Público, mais de R$ 2 milhões de reais foram destinados em 2009 para ampliação da Casa de Custódia. Mais R$ 1,3 milhão foram pagos à Construtora Lira Coutinho, vencedora da licitação. Mas a obra parou e está longe de ser concluída.
"Acreditamos que não houve previsão orçamentária e isso contribuiu para não conclusão das obras e que resulta na apropriação indevida de verbas, uma má gestão da coisa púbica", disse a promotora de justiça Leida Diniz.
CONDENAÇÃO DE EX-SECRETÁRIO FOI PEDIDA
O Ministério Público pediu a condenação de dois ex-secretários de Justiça, Cléia Coutinho e Henrique Rebelo, além dos responsáveis pela construtora e ainda a devolução do dinheiro pago na obra.
O Ministério Público pediu a condenação de dois ex-secretários de Justiça, Cléia Coutinho e Henrique Rebelo, além dos responsáveis pela construtora e ainda a devolução do dinheiro pago na obra.
"Realmente foram colocados estes recursos, a empresa fez e está com 70% das obras, mas simplesmente o estado do Piauí na época entendeu que não havia recursos para continuidade das obras. Levei ao conhecimento do governador Wilson Martins, mas haviam outros problemas", disse o ex-secretário de Justiça Henrique Rebelo, hoje secretário da Sasc.
Outra obra, que se continuar, muita coisa vai ser feita, é a penitenciária de Campo Maior, que começou em 2009 e R$ 400 mil chegou a ser usado. Enquanto isso a violência ameaça quem está sob responsabilidade do estado, e vive em um sistema superlotado.
HÁ 14 MILHÕES PARA NO PRESÍDIO
Segundo a OAB, R$ 14 milhões estão há sete anos disponíveis para fazer um novo presídio no estado, mas não forma usados. "Duas licitações realizadas para construção foram anuladas, uma delas inclusive na atual gestão. falta eficiência do poder executivo, eficiência do governo na realização de uma licitação que não tem nada de complexa para que possamos usar este recurso, e se não vamos resolver, amenizar este problema", disse o presidente da OAB-PI, Willian Guimarães.
Segundo a OAB, R$ 14 milhões estão há sete anos disponíveis para fazer um novo presídio no estado, mas não forma usados. "Duas licitações realizadas para construção foram anuladas, uma delas inclusive na atual gestão. falta eficiência do poder executivo, eficiência do governo na realização de uma licitação que não tem nada de complexa para que possamos usar este recurso, e se não vamos resolver, amenizar este problema", disse o presidente da OAB-PI, Willian Guimarães.
COMPRA SUPERFATURADA DE CARNE
Outra irregularidade é que em 2011 a secretaria de Justiça gastou pouco mais de R$ 2 milhões para compra de carne para os presos, em 2012 para o mesmo produto foi desembolsado mais de R$ 8 milhões. Com esse valor dava para comprar 449 toneladas de carne, o suficiente para alimentar nove mil pessoas por um ano. O MP pediu a suspensão da compra, mas a recomendação não foi cumprida.
Outra irregularidade é que em 2011 a secretaria de Justiça gastou pouco mais de R$ 2 milhões para compra de carne para os presos, em 2012 para o mesmo produto foi desembolsado mais de R$ 8 milhões. Com esse valor dava para comprar 449 toneladas de carne, o suficiente para alimentar nove mil pessoas por um ano. O MP pediu a suspensão da compra, mas a recomendação não foi cumprida.
No início do ano a reportagem mostrou como é fácil abastecer um carro particular com um cartão da secretaria de Justiça. Segundo documento da MP, a Sejus gastou em quatro aos mais de R$ 2 milhões com aluguel de carros e não adquiriu nenhum veículo.
SECRETÁRIO REAFIRMA COMPROMISSO
Também foi encontrado indícios de superfaturamento no orçamento de material de limpeza e comida dos fornecedores da Sejus. Uma lista de itens do ano passado é menos da metade da lista desse ano. O MP interviu nesse caso e conseguiu anular o contrato.
Também foi encontrado indícios de superfaturamento no orçamento de material de limpeza e comida dos fornecedores da Sejus. Uma lista de itens do ano passado é menos da metade da lista desse ano. O MP interviu nesse caso e conseguiu anular o contrato.
"O nosso compromisso é comprar com a empresa que ganha licitação. Se houver denuncia ou irregularidade, vamos apurar, mas isso até o momento não chegou a nós, mas vamos analisar com a assessoria técnica", disse o atual secretário de Justiça, Daniel Oliveira.
Uma máquina para produção de leite de soja que custou mais de R$ 2 milhões para ao presídio de Bom Jesus, e que está abandonada. o ex-secretário Henrique Rebelo afirmou que quando assumiu novamente a pasta, não havia mais peças para conserto.
DINHEIRO MAL USADO
No final a reportagem colocou que muito dinheiro público é destinado, mas mal empregado, isso quando usado, ou pior, desviado. De um lado o superfaturamento e de outro a superlotação. Presídios que não recuperam ninguém e quem lá fica detido, sai pior.
No final a reportagem colocou que muito dinheiro público é destinado, mas mal empregado, isso quando usado, ou pior, desviado. De um lado o superfaturamento e de outro a superlotação. Presídios que não recuperam ninguém e quem lá fica detido, sai pior.