Tempo de espera por atendimento no Hospital Veterinário pode chegar a 5 horas
A média anual é de quase 5 mil atendimentos para animais de pequeno e grande porte.
Criar um animal de estimação gera sentimento de apego e afeição. Diante disso, quando um deles sofre com alguma doença ou precisa se submeter a procedimentos médicos, é sempre muito delicado, pois o medo de perder o animal é presente. Para quem deseja cuidar dos bichos e precisa encaminhá-los para um hospital ou clínica, existe a opção do Hospital Universitário Veterinário (HUV) que atende cerca de 6 mil animais por ano.
Fotos: Jailson Soares/ODIA
Mesmo com os números altos de atendimentos mensais, eles nem sempre são satisfatórios. Quem busca uma consulta no HUV relata que a espera é cansativa e o comparativo com o atendimento do Sistema Único de Saúde é inevitável. “A situação lá é um caos, é igual ou pior que a fila do SUS para esperar atendimento. Eu passei cerca de 5h lá para conseguir atendimento para a minha gata. A gente fica lá rodando e indo a vários setores chegar à consulta de fato”, conta Patrícia Moura, que buscou atendimento para seu animal de estimação.
A constatação de Patrícia é semelhante à de outras pessoas que aguardam atendimento para os bichos no HUV. “Eu aguardo há três horas atendimento para a minha gata aqui”, conta Djenane Carvalho.
A opção de Djenane para buscar atendimento junto ao hospital é devido aos preços serem mais baratos. “Eu tenho quatro animais e sempre tenho que levá-los ao veterinário por conta de algum problema. Ficava muito caro e agora eu resolvi trazer aqui no HUV, mas o atendimento demora demais”, relata.
De acordo com o Diretor do HUV, João Macedo, a demora no atendimento é devido ao número de procedimentos que são realizados. “Nós somos um hospital-escola e prezamos pela qualidade, e isso faz com que demore. Aqui os animais passam por todos os procedimentos que precisam imediatamente após a consulta e isso demanda tempo”, relata.
Os donos e bichos aguardam atendimento na sala de espera. Cachorros e gatos ficam no mesmo ambiente, podendo causar estranhamento entre eles. “Na sala de espera todos os animais ficam juntos, independente do problema e da espécie. Gatos ficam misturados com cachorros e isso é um risco tanto para os animais como para os donos que ficam lá”, conta Patrícia.
João Macedo comenta que o hospital não tem estrutura para separar os animais por espécie. “Tudo depende do orçamento que é enviado e sempre é burocrático porque estamos tratando de uma instituição pública, mas existe o desejo de serem criados espaços adequados para cada espécie de animal de pequeno porte na sala de espera”, diz o diretor do HUV.
O Hospital Universitário Veterinário funciona 24 horas por dia e pessoas de outros estados buscam atendimento para os animais. A média é de 18 atendimentos diários e cerca de 35 procedimentos médicos realizados. “Existem muitos atendimentos emergenciais que devem ser prioritários e isso, às vezes, faz com que haja demora nos outros atendimentos. Claro que se a pessoa fizer o agendamento já facilita bastante”, comenta João Macedo.
O Hospital conta com 139 boxes para a internação dos animais de pequeno porte e 25 espaços para animais de grande porte. Quatro consultórios são utilizados para atendimentos. Os principais procedimentos realizado no HUV são consultas, cirurgias, internação, exames laboratoriais, necropsia e exames de radiografia. “Os atendimentos são pagos, mas a taxa é mínima cerca de R$ 15 reais o valor da consulta. Somos um dos únicos hospitais públicos do país destinado para animais. A demanda é muito grande”, comenta João.
Número de hospitais veterinários no Brasil é insuficiente
A procura por atendimento médico para animais deixa os hospitais e clínicas lotados, causando desconforto para quem espera atendimento por horas. Não existem políticas públicas para auxiliar o atendimento médico de animais. Segundo a vice-presidente do Conselho de Medicina Veterinária, Roseli Klein, o número de hospitais veterinários ainda é insuficiente.
“O que é preciso são políticas públicas para que existam condições para tratar os animais e fazer um controle de natalidade no Estado, porque existe uma superpopulação de animais nas cidades e, muitos deles, são abandonados por famílias que não tem condições de tratá-los e, assim, acabam deixando na rua”, comenta Roseli.
Ainda segundo a vice-presidente, a pretensão é sempre promover meios de defesa e proteção dos animais. “O HUV fornece esse atendimento para a comunidade por um valor muito simbólico e, mesmo assim, muita gente deixa de levar o animal para ser tratado. O número de hospitais é insuficiente e o que estamos querendo promover é a criação de um centro cirúrgico na APIPA, que é pra auxiliar no atendimento.”, finaliza.
Os índices de mortalidade no HUV são baixos, segundo o diretor do local, mas ainda existem casos de morte entre os animais. Os agendamentos das consultas são feitos por telefone e existe um monitoramento contínuo do animal por meio das equipes de plantão no local.
Cemitério de Animais “Cadelinha Sasha” abriga mais de 200 animais
Criado em 2009, o Cemitério de Animais ‘Cadelinha Sasha’é o primeiro do estado do Piauí. Hoje, são mais de 200 animais enterrados no local, que possui mil metros de área. O local público é o primeiro da América Latina a se dedicar exclusivamente ao enterro de cães e gatos.
Diretor do HUV, João Macedo
Para enterrar o animal de pequeno porte no ‘Cadelinha Sasha’, o dono paga uma taxa de manutenção de R$ 80,00 para a construção das gavetas, onde eles são colocados para não contaminar o solo.
Sasha foi o primeiro animal a ser enterrada no local. A cadela recebia tratamento no Hospital Universitário Veterinário, quando faleceu ao contrair uma virose.
Dupla assalta Restaurante e leva 10 mil reais do caixa
Ação durou cerca de 10 minutos e ninguém saiu ferido
Dois homens, ainda não identificados, renderam os funcionários de um restaurante localizado próximo a Uninovafapi, Zona Leste de Teresina, e roubaram R$ 10 mil reais em dinheiro. A ação aconteceu na manhã desta segunda-feira (25/05).
De acordo com o capitão Etevaldo Fernandes, do 5º BPM, a dupla estava em uma motocicleta e teria abordado os funcionários do local. “Ao anunciarem o assalto, os bandidos teriam pedido para as pessoas que estavam ali, deitarem no chão”, explica.
Os dois assaltantes estavam armados e ainda não foram capturados. Ainda de acordo com o capitão, duas viaturas da Força Tática estão circulando na região a fim de tentar capturar a dupla.
PM é acusado de fornecer armas para a prática de assaltos
Assaltantes presos esta semana revelaram ter recebido a ajuda do policial, que seria um soldado lotado na Diretoria de Apoio Logístico do QCG.
Um policial militar lotado no Quartel do Comando Geral é suspeito de ter emprestado armas da PM para que bandidos realizassem assaltos na capital.
Segundo informações repassadas por uma fonte d'O DIA na PM-PI, assaltantes presos esta semana revelaram ter recebido a ajuda do policial, que seria um soldado lotado na Diretoria de Apoio Logístico do QCG.
A reportagem entrou em contato com o responsável pelo setor de Relações Públicas da PM-PI, major Etevaldo Alves, que informou não haver qualquer confirmação oficial a respeito da acusação imputada ao soldado.
No entanto, o major esclarece que o caso deve ser minuciosamente investigado pela Corregedoria da PM. "O fato será rigidamente apurado e se for comprovada a participação do policial, ele responderá pelo crime que cometeu. O Comando Geral repele toda e qualquer má conduta praticada por seus policiais", salienta.
Por fim, o major esclarece que também é preciso apurar a credibilidade dos criminosos que fizeram a acusação, e verificar se ela realmente procede.
O sanfoneiro e lavrador José Ferreira de Sousa, 63 anos, foi preso suspeito de assassinar o próprio neto de apenas 10 anos, na localidade Vereda dos Cavalos, situada a 10 km na zona rural de Bertolínia. O crime revoltou moradores da região e de acordo com o delegado de Uruçuí, Jarbas Limas, que investiga o caso, a perícia médica-legal apontou que a criança foi envenada, estrangulada e alvo de violência sexual.
Fotos: Polícia Civil
O crime ocorreu na madrugada deste domingo (24). De acordo com o delegado, o menino estava morto dentro da casa do avô, que estava a cerca de 200 metros da residência. "Quando o PM chegou lá, a criança já estava morta e o suspeito próximo à casa. Ele falava frases desconexas e estava defecado e babando muito. Tinha sinais de envenamento", explica o Lima.
De acordo com o titular da delegacia de Uruçuí, a Polícia Civil foi acionada após contradições no depoimento do suspeito, que foi encaminhado ao hospital da cidade de Sebastião Leal. De acordo com as investigações, além da morte do neto, o sanfoneiro está sendo investigado pelo estupro de uma uma neta, irmã do garoto morto, e mais duas vítimas. No inquérito consta que ele teria assassinado a criança e, em seguida, ingerido veneno.
"Ele disse que deu uma balinha pro neto, o menino passou mal e ele ficou desesperado e tentou salvá-lo. Depois deu a versão de que a própria criança teria bebido veneno pensando que era cachça e, em seguida, dado para ele ingerir. Porém, a polícia começou a desconfiar dos depoimentos ao perceber uma marca vermelha no pescoço da vítima e apreender alguns objetos na casa. A irmã do garoto e neta do suspeito confessou à polícia que havia sido estuprada também por ele quando era criança e nunca havia falado com medo das ameaças", conta o delegado.
Na residência foram encontrados frascos com venenos líquido e sólido, manchas de sangue e uma almofada suja, provavelmente, de esperma. José Ferreira foi autuado por estupro de vulnerável e crime triplamente qualificado. Participaram da prisão, policiais militares de Sebastião Leal e Bertolínia, além do escrivão de Polícia Civil de Uruçuí, Ciro Gustavo.
"Os exames feitos nas vísceras e no fígado, coração e estômago do garoto apontaram o envenamento, o estrangulamento- por isso a marca vermelha no pescoço -além da violência sexual. Ele é suspeito de matar o neto por motivo fútil, ter feito o emprego de asfixia e veneno, e ainda tentar encobrir o crime. Todo mundo está revoltado e teve que ser colocado em uma cela isolada devido a reação dos detentos", finaliza Jarbas Lima.
Máquina inchada e receitas caindo: entenda a crise no governo do Piauí
Governo alega tentativas de mudanças para beneficiar os cofres públicos, mas fontes receita têm despencado
A expressão “cortar na própria carne” virou quase um jargão na administração pública e geralmente é usada em casos de corrupção, significando atitudes radicais tomadas por um governo contra maus gestores. Mas se adaptarmos esse termo a realidade financeira do Piauí, ele poderia representar a coragem do governo de enfrentar a crise financeira do Estado com medidas duras, cortando na própria pele para reduzir gastos e enxugar a hoje inchada máquina pública, que além de cumprir a missão de atender ao interesse público, atende ainda a demandas políticas.
O Piauí enfrenta uma grave crise econômica que tem paralisado a administração do governador Wellington Dias (PT). Diante do histórico financeiro do Estado, uma crise não é nenhuma novidade (muito menos para Wellington que vive a terceira administração). Se a crise não é nova, velhas são as medidas usadas para resolver o problema. De forma superficial, o governo do experiente Wellington Dias diz cortar gastos e aplicar um arrocho fiscal apara resolver o problema.
Porém, na prática, o governo do petista mostrou tratar de forma superficial a questão e preferiu mais uma vez não atingir a raiz do problema: a inchada máquina pública. Se ela continua inchada, os gastos se mantêm excessivos e o Estado deve seguir pelos próximos quatro anos se equilibrando na corda bamba do equilíbrio financeiro.
Para especialistas, uma das formas de resolver de maneira mais profunda o problema seria extinguir pastas, cargos, mexer na acomodação de aliados políticos e reduzir números das secretarias hoje existentes. Os excessivos gastos para a manutenção da máquina pública contribuem para esse momento de crise.
Somente no primeiro escalão, são 20 pastas na estrutura do Estado. Em um Estado como o Piauí, em que a economia ainda depende muito da mão do Estado, mexer no tamanho da estrutura não é fácil. Wellington provou isso ao encaminhar à Assembleia Legislativa do Estado uma reforma que não altera em quase nada o tamanho da máquina e mantém quase inalterado os gastos do Estado.
SERVIDOR PENALIZADO Se faltou iniciativa ao governo para realizar uma mudança profunda e tornar a estrutura administrativa mais leve, sobram penalizações para o servidor público. Os gastos do poder público no Estado são altos e sem uma arrecadação que acompanhe o mesmo ritmo, o governo vive uma crise financeira que tem servido como justificativa para o não pagamento do reajuste salarial aprovado por lei pela Assembleia ainda em 2011 para sete categorias profissionais.
De acordo com o governo, se o reajuste for pago o impacto na folha de pagamento do Estado poderá passar de R$ 27 milhões. Com isso, o Estado ultrapassaria o limite prudencial imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal com o pagamento de pessoal. De acordo com a legislação, o governo não poderia gastar mais de 46,55% das receitas corrente líquidas com a folha de pagamento. Se isso ocorrer, o Estado irá sofrer uma série de sanções como não conseguir a liberação de empréstimos e nem fechar convênios com o Governo Federal.
“REFORMA NÃO EXISTE”
A reforma administrativa encaminhada pelo governo à Assembleia tem recebido críticas da oposição. Para os deputados, Wellington Dias não fez as mudanças necessárias que
poderiam ajudar a amenizar a crise econômica. Para o deputado, Robert Rios (PDT), a reforma “não existe”.
“Eu até agora não vi reforma nenhuma. Ela não existe. Reforma é cortar, é fazer transformações profundas. Isso não ocorreu com o projeto encaminhado a essa Casa. O que era Chico agora passa a ser Francisco. Nada mais. Não houve redução de gastos. O Estado precisa disso nesse momento de crise”, disse.
O deputado tucano Marden Meneses afirma que em nada adianta uma reforma que não diminui o peso da máquina pública. Ele afirma que faltou “coragem” ao governo. “Não chamo de reforma algo que não reduz, não moderniza, não agiliza e não tira o peso da máquina. Para ser reforma tinha que reduzir secretarias e quantitativo de comissionados. Era necessário tornar a máquina mais ágil e diminuir os custos. Se isso ocorresse, teríamos a economia mês para pagar o reajuste salarial, pagar o salário dos servidores efetivos e fazer investimentos”, disse.
MÁQUINA ACOMODA ALIADOS
De acordo com Marden Meneses, a máquina inchada é usada pelo governo para acomodar aliados políticos. “O governo repete as velhas práticas do Piauí de décadas atrás. Os aliados políticos são nomeados para ocupar cargos e manter o apoio. A única saída do Estado será no dia em que se eleger um governo que de fato tenha compromisso público de reduzir essa máquina. Essa enorme quantidade de secretarias que temos (modelo semelhante ao do Governo Federal) apenas garante o emprego e nomeações dos aliados políticos do governo”, avalia.
Para ele, o Estado vive da folha de pagamento do Estado. “Não conseguimos atrair indústrias que geram emprego e renda. Não temos investimento da iniciativa privada. Se dependemos dessa máquina pública, quem quer se manter no poder defende o empreguismo e vai contra a redução da máquina. Quando tivermos governantes com o desejo de se destacar pelo resultado da gestão e não pelo empreguismo de aliados, o Estado dará um passo grande para modernidade”, comenta.
FONTE DE ARRECADAÇÃO CAI
Ao mesmo tempo em que Estado evita realizar as mudanças necessárias na estrutura administrativa e mantém os mesmos gastos, a principal fonte de receita continua caindo. De acordo com informações do secretário de Governo, Merlong Solano, o Piauí ainda é totalmente dependente do Fundo de Participação dos Estados (FPE).
“O FPE é essencial para o Piauí. Do primeiro quadrimestre de 2015 a 2014 ele cresceu 5,9%. Nesse mesmo período a inflação foi de 6,4%. Isso significa que o FPE teve uma queda de 0,5% nos últimos 12 meses. Enquanto isso as despesas não caíram”, destacou.
Nos primeiros quatros meses do ano, o Estado recebeu algo em torno de R$ 1,19 bilhão do FPE. Merlong Solano alerta que neste mesmo período os gastos com pessoal cresceram 12,3% no primeiro quadrimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2014. Esse crescimento ocorre mesmo com o governo afirmando realizar um controle sobre nomeações. Nesse mesmo período, os gastos com pessoal chegaram a 1,38 bilhão. É importante lembrar que a arrecadação do Estado não se resume apenas ao FPE. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) também é uma fonte de receitas.
Merlong Solano disse que o Piauí tem um déficit em conta corrente de R$ 200 milhões. Isso significa que o governo poderá fechar o atual exercício financeiro sem ter dinheiro para cobrir o déficit de despesas correntes. Essas despesas são as contas que precisam ser pagas ainda este ano.
De acordo com a equipe econômica do governo, o Estado herdou uma dívida de R$ 500 milhões deixada pela gestão do ex-governador, Zé Filho (PMDB). O culpa a Assembleia Legislativa e as gestões anteriores pela aprovação do reajuste salarial das categorias que ameaçam greve.
“DIA D”
Deixam de receber a última parcela do reajuste salarial os servidores:
Para as categorias, amanhã é considerado o “Dia D”. Se o governo não ceder na proposta de pagara a última parcela do reajuste salarial concedido ainda em 2011, haverá greve. Na época da aprovação do reajuste pela Assembleia, ficou acertado que o pagamento ocorreria em quatro vezes. Parcelas foram pagas nos governo de Wilson Martins (PSB) e Zé Filho (PMDB). Já o governo de Wellington afirma que os repasses foram feitos de forma irresponsável e teriam levado o Estado a crise.
A proposta apresentada pela atual gestão prevê o pagamento de 50% do reajuste na folha de pessoal de março. O restante será repassado apenas em janeiro de 2016. As categorias não aceitam e afirmam que estão amparadas pela Justiça e cobram o pagamento integral ainda este mês.
Sobre a continuidade das mobilizações, o Subtenente da Cruz, presidente da Associação dos Bombeiros, informou que há um prazo de recebimento de proposta por parte do Governo é até hoje. “Amanhã a gente vai fazer uma ato solene em frente ao Palácio de Karnak e lá sim a gente vai deliberar com a categoria a respeito dos próximos passos”, disse o subtenente.
O presidente da Associação Beneficente dos Cabos e Soldados da Polícia Militar (ABECS), Agnaldo Oliveira, afirmou que a categoria se sente desrespeitada com a proposta do governo de parcelar a última parte do reajuste da categoria. "Nenhum profissional iria aceitar que o patrão chegasse e pedisse para pagar apenas uma parte do salário. Os policiais também não aceitam. Hoje um soldado recebe um salário de R$ 2.449 e com o reajuste receberia mais R$ 651. O governo não respeita a categoria", disse.
SECRETÁRIO DEFENDE REFORMA
O secretário de Administração, Franzé Silva, reage ás críticas e afirma que a maior prova de que o governo tem enfrentado a crise de forma dura é a proposta de reforma da Previdência. De acordo com a proposta encaminhada à Assembleia Legislativa do Estado, a previdência deixa de ser liga ao Instituto de Assistência e Previdência do Estado do Piauí (IAPEP) e passa a ser vinculada a Secretaria de Administração.
Para Franzé Silva, essa mudança é a prova da coragem do governo de enfrentar a crise. “Não há prova de coragem maior que essa porque com isso o governo caminha para resolver um grande problema. O rombo de R$ 600 milhões com a previdência. Essa decisão vai evitar que no futuro recursos do Tesouro tenham quer ser usados para pagar inativos. Isso contribui e muito para resolver a crise”, disse.
De acordo com o secretário, a reforma possibilita um controle maior dos gastos do Estado. “Mudamos estruturas antigas e isso possibilita um controle de gastos. Desmembramos pastas e isso sem aumentar os gastos. Tudo continua dentro do orçamento já existente. Quando transformamos a Fundação de Cultura em secretaria permitimos que ela esteja mais perto do Ministério da Cultura e com isso consiga mais verbas. Quando se cria a Coordenadoria de Fomento à Irrigação se está promovendo uma transformação no campo e aumentando produção", justificou.
"CRÍTICAS SÃO POLÍTICAS"
Franzé Silva afirma que a oposição usa a reforma para fazer jogo político na Assembleia. “As críticas à reforma são políticas. Poucos governos no Piauí tiveram coragem de fazer uma reforma tão profunda. As mudanças serão sentidas no futuro. O governo se propõe a realizar cortes para que a economia do Estado possa voltar a funcionar”, destacou.
O secretário diz acreditar que um acordo com as categorias será possível. Segundo ele, o governo trabalha para evitar uma greve geral. “Ninguém quer que o Estado volte a ultrapassar o limite de responsabilidade fiscal. Se isso ocorrer, as UTIs serão fechadas mais uma vez, as escolas de tempo integral não funcionaram normalmente. A população não quer que isso ocorra. Apesar das dificuldades o Estado voltou a funcionar porque fazemos as coisas com responsabilidade. Se não fosse assim, estaríamos na mesma situação do final do ano. Um verdadeiro caos”, comentou.
Segundo o secretário de Governo, Merlong Solano, o Estado precisa se preparar para dias difíceis. “O Governo Federal tem realizado cortes com o arrocho fiscal. Isso significa que essas dificuldades deverão se arrastar até o próximo ano. O governo do Estado de prepara para isso. Caso contrário, os efeitos poderão ser piores que os vivido em 2015”, destacou.
Após deflagrarem greve, policiais civis tentam nova negociação com governo
"Eles haviam sinalizado como positivo em relação ao ajuste que foi pedido, mas em seguida recuaram", diz delegada Andrea Magalhães
Policiais civis deixaram a sala de reunião enquanto que a mesma equipe de governo tentará um diálogo com os representantes do Sinpolpi. O sindicato alegam que alguns peritos de forma individual ingressaram no mesmo grupo dos policiais civis, sendo que a categoria tem um sindicato específico. Com isso, o movimento seria ilegal.
De acordo com o secretário estadual de Administração, Franzé Silva, a proposta é de que o reajuste e as promoções sejam feitas de forma parcelada, sendo 50% para este mês de maio e mais 50% em janeiro de 2016. "Apresentamos a proposta e a categoria entendeu a situação do estado. Ainda teremos outras conversas com os policiais militares e com os professores da Uespi", disse.
A delegada Andrea Magalhães informou que vai apresentar a proposta a todas as categorias e que uma assembleia será convocada para discutirem como ficará a situação. O prazo para a realização da assembleia é de até 72h. Enquanto isso a greve segue por tempo indeterminado.
Um grupo do Sindicato dos Policiais Civis do Piaui (Sinpolpi) invadiu a sala de reunião e afirmou que os peritos não são categoria e sim classe. Antes de invadirem a sala e após uma reunião de apenas 20 minutos, o secretário Franzé Silva apresentou a nova proposta, que é parecida com a anterior, mas com algumas ressalvas, e o pedido foi acatado pelos representantes do Sindicato.
Para mediar à negociação estão presentes os secretários de segurança, Fábio Abreu, de administração Franzé Silva, o delegado geral Riedel Batista e o secretário de Governo, Merlong Solano.
"Estamos efetivando o pagamento dos 50% previsto para maio e os outros 50% para janeiro. Queremos manter o controle das finanças do Estado e não podemos ultrapassar a lei de responsabilidade fiscal. O governador tem feito um esforço para valorizar essas categorias, mas tudo dentro do limite do Estado", afirma Merlong Solano.
APÓS DEFLAGRAREM GREVE, POLICIAIS CIVIS TENTAM NOVA NEGOCIAÇÃO COM O GOVERNO Os delegados, peritos e legistas da Polícia Civil do Estado do Piauí, após deflagrarem greve geral por tempo indeterminado, estão reunidos na Secretaria Estadual de Administração (Sead), onde buscam uma negociação com o secretário estadual de Administração, Franzé Silva.
De acordo com a delegada Andrea Magalhães, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Piauí (Sindepol), a paralisação só foi deflagrada após o governo recuar na proposta que havia garantido ao sindicato.
"Eles haviam sinalizado como positivo em relação ao ajuste que foi pedido, mas em seguida recuaram. A greve segue por tempo indeterminado até chegarmos a um acordo", destaca.
Com os trabalhos paralisados, apenas casos de homicídios, estupros e latrocínios serão investigados.
“Nesse domingo o governo convocou a diretoria do Sindepol para uma reunião, mas não compareceu, e a proposta que antecederia a deflagração do movimento não foi apresentada”, destaca a delegada.
Na semana passada, o Palácio do Planalto barrou o nome do ex-prefeito de União, José Barros, para o Incra. Ele é indicado pela secretária de Educação, deputada Rejane Dias (PT), para a direção do órgão.
De acordo com o Governo Federal, José Barros (foto) não possui as qualificações exigidas para o cargo. O ex-gestor teve a prestação de contas da prefeitura reprovada. Para o Planalto, não haveria condições dele assumir o cargo diante desse problema administrativo. A indicação seria de Rejane obedecendo à proporcionalidade dos cargos federais para cada parlamentar, no entanto, num acordo feito entre a cúpula do PT, o nome de José Barros entrou como da cota pessoal do próprio governador.
DEMORA SERIA NORMAL
A deputada Rejane Dias deverá indicar outro nome para assumir o cargo. O nome mais cotado para o cargo é do militante petista, Oscar Siqueira Procópi. A indicação ainda não foi confirmada por Rejane Dias. De acordo com a senadora Regina Sousa (PT), a demora na indicação do cargos federais seria normal.
“Não é um problema do PT. A questão é que em todo o país está ocorrendo essa demora. Isso sempre acontece. Mas acreditamos que esse problema será resolvido em breve”, destacou. A divisão dos cargos federais fica a cargo do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). Ele assumiu o papel de articulador político.
Faltam ser confirmadas as indicações para a Delegacia do Ministério da Pesca e Aquicultura, o Departamento Nacional Infraestrutura e Transportes (DNIT), o Departamento de Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), o Delegacia do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Instituto do Patrimônio Histórioco Nacional (IPHAN), o Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais (CPRM), o Instituto Chico Mendes, o Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS e a representação do Ministério da Agricultura. Até agora foram nomeados apenas as direções do DNOCS, Conab, IBAMA e FUNASA.
Heráclito repercute na Câmara série de reportagem do O Olho e convoca audiência em comissão
De acordo com o parlamentar, a situação é preocupante porque até mesmo na capital Teresina falta energia
O deputado Heráclito Fortes (PSB) usou a tribuna da Câmara Federal na manhã desta segunda-feira (25/05) para repercutir a série de reportagem do portal O Olho, sobre a população do sertão do Piauí que vive há meio século sem energia elétrica. De acordo com o parlamentar, a situação é preocupante porque até mesmo na capital Teresina falta energia.
De acordo com o deputado, a situação relatada na reportagem demonstra um “desrespeito” do Governo Federal com o Piauí. “Queremos uma explicação. Não podemos esperar mais 50 anos. A questão da energia elétrica no Piauí chegou a um ponto insustentável. Teresina passa de três dias sem luz e nada é feito. A população não aguenta mais”, disse.
A série de reportagem produzida pelo jornalista Orlando Berti também repercutiu na mídia nacional. Nesta segunda-feira (25/05), oportal UOL reproduziu as matérias do O Olho. Foram duas matérias feitas por Aliny Gama, de Maceió (AL), para o Uol. Ganharam destaque na homepage do portal. Uma intitulada ‘População aguarda energia elétrica há meio século no Piauí’ e a outra ‘Sem energia elétrica, aparelhos viram enfeite em residências do Piauí’. As fotos que ilustram, também são de Orlando Berti para O Olho, mostram sertanejos exibindo aparelhos elétricos sem nunca terem utilizado.
Portadores de doenças crônicas têm direito à vacina contra a gripe
Todas as 104 salas de vacina da capital, localizadas em Unidade Básicas e Hospitais, continuam abastecidas para imunizar contra a gripe
Fonte: PMT
A campanha de vacinação contra a influenza, também conhecida como gripe, foi prorrogada até o dia 05 de junho. Além dos idosos, gestantes e outros grupos, os portadores de doenças crônicas e outras condições clínicas especiais também têm direito à vacina.
Aos portadores destas condições especiais, basta levar um atestado médico comprovando sua situação clínica para ter direito à dose.Todas as 104 salas de vacina da capital, localizadas em Unidade Básicas de Saúde e Hospitais, continuam abastecidas para imunizar contra a gripe. A vacina protege contra os tipos mais comuns da influenza, os causados pelos tipos A H1N1, H3N2 e B.
“É muito importante que todas as pessoas que são prioritárias para a vacina garantam sua dose, pois se tratam de grupos mais suscetíveis às complicações típicas da doença, como a pneumonia”, explica a infectologista Amparo Salmito, gerente de Epidemiologia da FMS. “Por exemplo, se um cardiopata contrair a gripe, terá que fazer um esforço que pode causar sobrecarga cardíaca. Ou um portador de doença pulmonar crônica pode ter seu estado agravado, entre outros problemas”, exemplifica ela.
Os diabéticos são outro grupo que merece atenção. No último sábado (23) uma equipe da FMS esteve na reunião da Associação dos Diabéticos do Piauí (Adip), imunizando seus associados. “Foi um momento muito positivo, não só de saúde como também de informação, pois pudemos esclarecer nossos associados sobre os riscos no controle do diabetes que a gripe pode trazer”, conta a presidente Jeane Melo.
Amparo Salmito reforça que a vacina contra a gripe é totalmente segura e os riscos de efeitos colaterais são mínimos. “As únicas contraindicações são para pessoas com alergia à proteína do ovo ou que estejam com febre”, afirma. A meta da Fundação Municipal de Saúde (FMS) é imunizar 152.358 pessoas no total.
O público alvo da campanha é formado por pessoas com 60 anos ou mais de idade, crianças na faixa etária de seis meses a menores de cinco anos de idade (quatro anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), população carcerária, trabalhadores da saúde e os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, conforme a lista abaixo:
Doença respiratória crônica: Asma em uso de corticóides inalatório ou sistêmico (Moderada ou Grave); Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Bronquioectasia; Fibrose Cística; Doenças Intersticiais do pulmão; Displasia broncopulmonar; Hipertensão arterial Pulmonar; Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade.
Doença neurológica crônica: Condições em que a função respiratória pode estar comprometida pela doença neurológica; Considerar as necessidades clínicas individuais dos pacientes incluindo: AVC, Indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares; Doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular; Deficiência neurológica grave.
Diabetes: Diabetes Mellitus tipo I e tipo II em uso de medicamentos. Imunossupressão: Imunodeficiência congênita ou adquirida; Imunossupressão por doenças ou medicamentos
Obesos: Obesidade grau III (IMC* > 40 para adultos; IMC≥ 35 de 10 a 18 anos; IMC ≥ 25 para menores de 10 anos) Indice de Massa Corpórea (peso/altura²)
Transplantados: Órgãos sólidos; Medula óssea.
Portadores de trissomias: Síndrome de Down e outras síndromes
Homem é assassinado no Areolino de Abreu e corpo fica esperando peritos em greve
"Acho que deveriam pelo menos ter um mínimo de pessoas trabalhando", reclamou o rapaz
Gildásio Nascimento Rocha fala sobre o descaso (Foto: Reprodução TV Cidade Verde)
O auxiliar de serviços gerais Gildásio Nascimento Rocha foi até o Hospital Psiquiátrico Areolino de Abreu, localizado no bairro Primavera, zona Norte de Teresina, para acompanhar a retirada do corpo do tio, Luís Nascimento Rocha, que foi assassinado por asfixia por um outro interno.
Gildásio apareceu em entrevista ao programa Jornal Cidade Verde, da TV Cidade Verde, na noite desta segunda-feira (25/05) relatando que esperou por cerca de 11h para que os peritos fossem fazer os devidos procedimentos no corpo do tio. É que os peritos deflagraram greve geral por tempo indeterminado.
Revoltado, Gildásio foi até a sede da Polícia Civil e buscou a Corregedoria para garantir um mínimo de respeito a um familiar. “Acho que deveriam pelo menos ter um mínimo de pessoas trabalhando. Entendo que estão de greve, que façam suas manifestações, mas deveriam ter atendido quem está precisando. Liberar o corpo do meu tio para levar para o velório”, reclamou.
O ASSASSINATO O suspeito de matar Luís chama-se José Dilson, que já responde por um outro assassinato e estava ali para o mesmo tipo de atendimento psiquiátrico e teria se desentendido com Luís durante a madrugada desta segunda-feira (25/05). Ele responderá por este caso e foi isolado dos demais pacientes do hospital depois do ocorrido.