Três pessoas são presas acusadas de fraudar concurso no Piauí
Os presos já teriam movimentado cerca de R$ 30 milhões ao longo de 10 anos, com atuação em todo o Brasil. No Piauí, a fraude foi no concurso de agente penitenciário
O Grupo de Repressão ao Crime Organizado deflagrou a Operação Sem Barreiras, que resultou na prisão de três pessoas acusadas de fraude em concursos públicos, entre eles um policial civil do Distrito Federal identificado como Márcio David Carneiro Liberal. Os outros dois presos são do estado da Paraíba.
Segundo o delegado Kleydson Ferreira, no Pernambuco, dois alvos estão foragidos. Em Teresina, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de um candidato no bairro Promorar. Os mandados de prisão preventiva foram expedidos pelo juiz Luiz de Moura, da Central de Inquéritos.
Os presos são suspeitos de fraudar concursos em todo o Brasil e já teriam movimentado cerca de R$ 30 milhões ao longo de 10 anos. O policial civil teria participação em fraudes de concursos do Piauí, Rio Grande do Norte e Paraíba. O contato com os candidatos era feito basicamente pelo whatsaap.
No Piauí, a quadrilha só teve participação conhecida no concurso de agente penitenciário, cuja prova anulada em setembro de 2016, mas outros certames serão investigados. “Os fraudadores se inscreviam como candidatos, resolviam as questões e passavam o gabarito por ponto eletrônico ou pelo celular, para quem contratava os serviços da quadrilha”, explica Kleydson.
O grupo é investigado desde fevereiro de 2017, após a Polícia Civil de João Pessoa receber uma denúncia anônima. Ainda no ano passado, os investigadores da Paraíba chegaram a localizar uma mansão na cidade que era usada como quartel general da quadrilha.
O site Metrópoles divulgou trechos de conversa entre os integrantes da quadrilha e alguns candidatos. Confira abaixo: