O mesmo empresário foi denunciado por envolvimento em esquema de corrupção na Prefeitura de Teresina
Fora do Piauí, o ex-superintendente da Polícia Federal e ex-vice-prefeito de Teresina, Robert Rios, conversou com exclusividade com o Portal AZ sobre um caso envolvendo um suposto golpe na venda de imóveis conduzida pelo empresário Jivago Castro, proprietário da construtora Vanguarda, em um condomínio localizado no litoral do estado.
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Segundo Rios, o empreendimento, que não foi concluído, deixou dezenas de compradores lesados — incluindo ele próprio, que relata prejuízos que somam R$ 24 milhões, atualmente assumidos por meio de uma associação criada pelos próprios compradores.
De acordo com ele, até o momento os compradores não foram ressarcidos.
“Fizemos um acordo e constituímos uma associação com todos os compradores, assumindo a conclusão da obra”, explicou o ex-vice-prefeito da capital.
Ainda segundo Rios, há outros empreendimentos da mesma construtora com problemas ainda mais graves.
Ao ser questionado sobre possíveis denúncias formais contra o empresário, o delegado confirmou ter apresentado uma acusação relacionada a outro crime, mas declarou que não poderia entrar em detalhes, pois o caso tramita sob sigilo de justiça.
Contudo, é de conhecimento no meio jurídico e político que Jivago Castro estaria envolvido em um contrato milionário da obra da Maternidade que leva o nome da empresária Socorro Claudino, durante a gestão do prefeito Dr. Pessoa — com quem Robert rompeu publicamente em meio a denúncias de corrupção. Segundo Rios, o caso envolve desvio de recursos públicos da Prefeitura de Teresina, especialmente nas obras do Hospital da Mulher, com as quais ele não concordou.
Na denúncia formalizada ao Ministério Público Federal (MPF), constam acusações de licitação fraudulenta, medições falsas e pagamentos indevidos, todos realizados com verbas federais, sob responsabilidade da gestão anterior.
O processo, segundo fontes, está em estágio avançado e pode gerar desdobramentos significativos, tanto na esfera cível quanto criminal, atingindo o engenheiro responsável e familiares com vínculos políticos, que poderão ser arrolados no caso.
O delegado aposentado também confirmou a existência de um grupo de WhatsApp mantido pelos compradores lesados, onde compartilham informações e manifestam insatisfação com a construtora.
O caso segue sob investigação por diferentes instâncias. Tudo que Robert Rios tornou público em suas redes sociais — incluindo a denúncia de estelionato e declarações contundentes contra o empresário — já foram encaminhado aos órgãos competentes.
Tentamos contato com Jivago Castro para sua versão dos fatos, mas não conseguimos encontrá-lo. O espaço segue aberto.
Fonte: Portal AZ
