IBGE: Mais de 131 mil habitantes de Teresina moram em favelas
Dados do Censo realizado em 2010 apontam que 16% da população vive em vilas, favelas ou invasões em Teresina.
Teresina é a única cidade piauiense com áreas expressivas de vilas, invasões e/ou favelas e possuem cerca de 132 mil habitantes. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta quarta-feira(06) com dados do Censo Demográfico de 2010.
Na época da pesquisa, a capital do Piauí tinha 35.127 domicílios particulares ocupados, em aglomerados subnormais (vilas, favelas, invasões) onde residiam 131.451 pessoas (16,14%) da população.
Evelin Santos/Cidadeverde.com
De acordo com o Censo, 84% dessas habitações estavam em áreas planas, o que favorece a situação dos arruamentos para 95% dos domicílios ocupados nas áreas. É uma situação diferente de outros municípios brasileiros onde as casas são construídas em áreas de risco ou com distância mínima recomendada.
Estado civil dos moradores
51% dos casais residentes nestes aglomerados tinham apenas a união consensual como natureza conjugal. Nas outras áreas, esse mesmo estado civil era de 30%, já o casamento duplo (civil e religioso) representa 34% e somente o civil 29%.
Evelin Santos/Cidadeverde.com
Dos 112.180 filhos tidos por mulheres residentes nos aglomerados subnormais de Teresina, 6.412(5,72%) nasceram mortos, contra os 4,97% nas demais áreas. O IBGE vincula à precariedade dos serviços básicos e das condições de vida na maioria dos domicílios situados nessas áreas, como por exemplo, 13% sem água tratada e 35% sem rendimento.
Thiago Amaral/Cidadeverde.com
Brasil
Em todo Brasil tinha 15.868 setores em aglomerados subnormais, que somavam uma área de 169,2 mil hectares e comportavam 3,2 milhões de domicílios particulares permanentes ocupados nos 6.329 aglomerados subnormais identificados.
Para ampliar o conhecimento da diversidade dos aglomerados subnormais do país, foi realizado no Censo Demográfico 2010, pela primeira vez, o Levantamento de Informações Territoriais (LIT).
O conhecimento dos aspectos territoriais dos aglomerados subnormais é importante complemento a caracterização socioeconômica dessas áreas. O LIT mostrou que 52,5% dos domicílio sem aglomerados subnormais do país estavam localizados em áreas predominantemente planas (1.692.567 domicílios), 51,8% tinham acessibilidade predominante por ruas (1.670.618 domicílios), 72,6% não possuíam espaçamento entre si (2.342.558) e 64,6% tinham predominantemente um pavimento (2.081.977).
fonte cidade verde.com