segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Ciclofaixas viram pontos de estacionamento


Ciclofaixas viram pontos de estacionamento

Nos finais de semana, o problema é ainda maior, tendo em vista a grande quantidade de pessoas

Mesmo depois de um ano da inauguração das ciclofaixas na avenida Marechal Castelo Branco, ainda é possível encontrar veículos estacionados sobre as faixas, impedindo a passagem de ciclistas e pedestres. O problema é mais comum durante os finais de semana, quando a fiscalização é reduzida. Quem costuma pedalar pelo local reclama da situação e dos riscos de dividir espaço com os carros.

De acordo com Manuel Joaquim, que utiliza as ciclo-faixas todos nos fins de semana para prática do ciclismo, o fluxo de praticantes do esporte aumenta no sábado e domingo. Com os veículos estacionados sobre as faixas, eles precisam desviar caminho e dividir espaço com os carros que circulam pela avenida.

"Hoje [ontem] passei quase duas horas pedalando e dois veículos permaneceram estacionados durante todo esse tempo na faixa. Esse é um problema de educação no trânsito porque os condutores podem estacionar do outro lado ou fazer uma parada rápida ao lado das faixas. Isso é um absurdo porque coloca em risco quem precisa utilizar as faixas", reclama o ciclista.

As faixas vermelhas são exclusivas para ciclistas e as faixas azuis para os praticantes de caminhadas e corredores. Na avenida Marechal Castelo Branco é permitido estacionar ao lado da ciclofaixa, no trecho entre a Ponte Juscelino Kubitschek e a Câmera dos Vereadores. Ainda assim, o maior número de casos acontece nas proximidades da ponte, perto das floriculturas.
De acordo com Bruno Pessoa, gerente de fiscalização da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Strans), as equipes do órgão têm uma dificuldade de fazer o trabalho rotineiro de fiscalização durante os finais de semana, em virtude da alta demanda da cidade, como eventos e fiscalizações específicas. 

"A fiscalização nos finais existe e temos até um contingente bom de agentes, mas a demanda da cidade é muito grande. Hoje [ontem], por exemplo, estamos em operação em um evento na avenida Raul Lopes, atendendo acidentes de trânsito, acompanhando a mudança de um semáforo na avenida Dom Severino e orientando o trânsito em algumas pontes. Esses são locais onde nossa presença é essencial e, por conta disso, não temos como acompanhar tudo e alguns locais ficam descobertos", afirma.

O gerente explica ainda que estacionar em local não permitido é considerado uma infração grave, que resulta entre três e cinco pontos na carteira e multa de até R$ 127. Transitar pelas ciclofaixas é uma infração ainda mais grave e gera sete pontos na certeira de habilitação e multa de R$ 574.

Essa prática de estacionar em locais proibidos continua sendo algo muito comum nas ruas de Teresina. O problema também é detectado nas calçadas e passeios público onde, além de prejudicar o trânsito, também impede a circulação dos pedestres. Somente nos seis primeiros meses do ano, a Strans registrou 3.869 veículos estacionados em local proibido. A infração é a primeira causa geradora de multas na cidade.

fonte diário do povo do piaui