PM que executou piauiense em São Paulo já responde por outro homicídio
Soldado alegou legítima defesa e apresentou faca que teria sido usada por vítima para atacá-lo
Um piauiense foi morto em São Paulo durante uma confusão entre ambulantes e policiais militares. Carlos Augusto Muniz Braga, 30 anos, era natural de Simplício Mendes e trabalhava no mercadoinformal da capital paulista quando foi atingido por um tiro na boca. A crime aconteceu na última quinta-feira (18), por volta das 17 horas.
O soldado da PM Henrique Dias Bueno de Araújo, que matou o camelô Carlos Augusto, durante ação da Operação Delegada, responde processo por homicídio simples pela morte de um morador de rua, ocorrida em 12 de março deste ano.
O caso foi registrado como "morte decorrente de intervenção policial".
O sargento que acompanha o soldado Araújo na ação não realizou nenhum disparo.
Após a morte do morador de rua, o PM ficou afastado do trabalho por dois meses, até o dia 5 de maio, período que passou por acompanhamento psicológico fornecido na corporação.
Em 16 de setembro, dois dias antes da morte do camelô durante a Operação Delegada, a Polícia Militar, segundo consta no inquérito, concluiu que, na ação ocorrida no mês de março, "não foi observada conduta irregular por parte dos averiguados, passível de apuração".
O caso segue sob investigação da Polícia Civil.
Prisão
Araújo foi preso na noite de quinta-feira (19) e conduzido para o Presídio Militar Romão Gomes logo após oJornal da Record divulgar o vídeo em que ele aparece atirando na cabeça do vendedor ambulante Carlos Augusto Muniz Braga, na rua Doze de Outubro, na Lapa. O caso ocorreu durante a Operação Delegada. O PM alegou disparo acidental da arma.
Fonte: R7