Polícia fará reconstituição da morte do pai de jornalista a pedido do MP
Reprodução simulada dos fatos ocorrerá na mesma hora em que o comerciante foi assassinado
Vítima, Helio Cortez, e o agora preso, Alexandre dos Santos Gomes
O Ministério Público determinou nesta segunda-feira (1) a reconstituição dos fatos que culminaram com a morte do comerciante Hélio Cortez, 56, pai de uma jornalista de TV de Teresina. O acusado do assassinato é Alexandre dos Santos Gomes. Ele se utilizou de uma brutalidade assustadora para matar a vítima na frente de muitos, sem que ninguém fizesse nada.
Diante da determinação, o coordenador da Delegacia de Homicídios, delegado Francisco Costa, o Barêtta, agiu imediatamente em duas frentes ainda na noite de ontem.
Na primeira determinou que o delegado responsável pelo inquérito Matheus Zanatta conversasse já pela manhã desta terça-feira (2) com o diretor do Instituto de Criminalística do estado, José Luiz de Sousa Porto, visando ajustar os detalhes necessários para agilizara simulação do fatídico acontecimento.
Depois ele próprio ligou para o diretor do Instituto pedindo celeridade, que houvesse preocupação com a lei, e que o trabalho fosse feito dentro de um tempo hábil, para não prejudicar a instrução criminal.
Diante da determinação, o coordenador da Delegacia de Homicídios, delegado Francisco Costa, o Barêtta, agiu imediatamente em duas frentes ainda na noite de ontem.
Na primeira determinou que o delegado responsável pelo inquérito Matheus Zanatta conversasse já pela manhã desta terça-feira (2) com o diretor do Instituto de Criminalística do estado, José Luiz de Sousa Porto, visando ajustar os detalhes necessários para agilizara simulação do fatídico acontecimento.
Depois ele próprio ligou para o diretor do Instituto pedindo celeridade, que houvesse preocupação com a lei, e que o trabalho fosse feito dentro de um tempo hábil, para não prejudicar a instrução criminal.
Benigno Filho, promotor responsável. As dúvidas estariam na omissão do policial, que tinha o dever de agir?
Diante das atitudes tomadas, o delegado Matheus Zanatta deve entregar ao Instituto, já no dia de hoje, cópias dos autos para que o perito criminal responsável tome conhecimento dos detalhes da versão apresentada nas peças do inquérito concluído pela Polícia. Ao final da reconstituição, os peritos sintetizarão tudo em um laudo técnico e substanciado.
Segundo o delegado Barêtta, ao falar do seu “entendimento”, “o crime está esclarecido, com todos os detalhes, inclusive as circunstâncias como ele ocorreu. Contudo, o Ministério Público achou necessária a realização da reprodução simulada de crime, que tem como objetivo dirimir qualquer dúvida, conforme prevê o sétimo artigo do Código de Processo Penal”.
A simulação é dirigida pelo delegado responsável pelo inquérito, mas o perito criminal responsável – com sua equipe – é quem materializa a reprodução simulada dos fatos. Por isso o perito precisa tomar conhecimento acurado do inquérito, o que leva algum tempo.
Segundo o delegado Barêtta, ao falar do seu “entendimento”, “o crime está esclarecido, com todos os detalhes, inclusive as circunstâncias como ele ocorreu. Contudo, o Ministério Público achou necessária a realização da reprodução simulada de crime, que tem como objetivo dirimir qualquer dúvida, conforme prevê o sétimo artigo do Código de Processo Penal”.
A simulação é dirigida pelo delegado responsável pelo inquérito, mas o perito criminal responsável – com sua equipe – é quem materializa a reprodução simulada dos fatos. Por isso o perito precisa tomar conhecimento acurado do inquérito, o que leva algum tempo.
RECONSTITUIÇÃO SERÁ REALIZADA NO MESMO HORÁRIO
A reconstituição do crime será realizada no mesmo horário em que ocorreu o assassinato do comerciante. É esperada a participação de todos os indiciados, embora eles possam se negar a colaborar, já que não são obrigados a produzir provas contra si.
Serão chamados a participar, o próprio Alexandre Gomes, acusado do assassinato; Susana Parente, que deu fuga - ela estava já com a moto ligada enquanto seu namorado berrava “eu vou matar ele” -; Manoel Silvério, que negou tirar o senhor de 56 anos do bar após a primeira discussão, mesmo tendo levado a vítima para lá, e negou prestar socorro à vítima agonizante após o espancamento; e até o próprio policial, que tinha o dever de agir e estranhamente ficou de fora do grupo de indiciados no inquérito conduzido pelo delegado Matheus Zanatta.
A reconstituição do crime será realizada no mesmo horário em que ocorreu o assassinato do comerciante. É esperada a participação de todos os indiciados, embora eles possam se negar a colaborar, já que não são obrigados a produzir provas contra si.
Serão chamados a participar, o próprio Alexandre Gomes, acusado do assassinato; Susana Parente, que deu fuga - ela estava já com a moto ligada enquanto seu namorado berrava “eu vou matar ele” -; Manoel Silvério, que negou tirar o senhor de 56 anos do bar após a primeira discussão, mesmo tendo levado a vítima para lá, e negou prestar socorro à vítima agonizante após o espancamento; e até o próprio policial, que tinha o dever de agir e estranhamente ficou de fora do grupo de indiciados no inquérito conduzido pelo delegado Matheus Zanatta.
Coordenador da Delegacia de Homicídios, delegado Barêtta: “no meu entendimento não há dúvida de que o crime foi praticado daquela forma”.
A peça a ser produzida pela simulação tem por base a versão de cada um e visa esclarecer as dúvidas que o promotor Benigno Filho possa ter.
QUE TUDO NÃO SE TRANSFORME EM UM CIRCO
É dever se posicionar no sentido deque o trabalho a ser realizado seja feito com qualidade e dentro do mais breve possível, tendo um perito tarimbado, para não acontecer o que ocorreu no Caso Gabriel Mendes, jovem acusado pela sua assassina – acusação essa ratificada pela polícia em seu inquérito - de ter se matado com uma pancada contundente na cabeça e três tiros no peito. Uma conclusão que ultrapassou o limite da aberração.
A polícia do estado já é madura demais para se prestar a essas mazelas. Sem falar que já há muito sofrimento por parte dos familiares do senhor Hélio Cortez.
A PARTICIPAÇÃO DO POLICIAL
E já que vai ser feita, que a simulação procure também atestar qual foi realmente a atuação do policial militar na hora do crime, para trazer à luz sua reação in loco. O próprio acusado do assassinato disse - ou fingiu - não se lembrar de muita coisa quando dos seus atos, mas relatou em seu depoimento à Polícia que ouviu na hora em que o representante do estado lhe gritou pedindo para parar, porque o comerciante já estava desmaiado.
O policial, no entanto, não deu voz de prisão ao homem que acabara de espancar um senhor indefeso e o viu fugir em uma moto conduzida pela namorada.
Alexandre Gomes responde a dois outros processos. Um deles, por conta de uma violenta e covarde agressão a uma então namorada, praticada em público.
A jovem saiu correndo de casa, a ponto de se jogar do segundo andar de um sobrado, quando estava somente de calcinha e sutiã, para fugir dos ataques, como relatou sua irmã.
A mulher morreu pouco tempo depois. As marcas, tanto internas como externas, perduraram durante todos seus últimos dias de vida. Quanto às marcas psicológicas, elas perduram na família até hoje. Uma família que disse não acreditar na Justiça, embora torça por ela, ainda que não a procure mais.
DETALHE
Segundo informações da Polícia, a reconstituição dos fatos foi solicitada pelo Ministério Público antes mesmo do envio dos autos à Justiça, o que faz com que os delegados que conduziram a investigação deduzam que o promotor pediu a reconstituição sem ainda conhecer o relatório final do inquérito policial.
A peça traz, entre outros laudos e perícias técnicas, a recognição visuográfica de local de crime, ilustrada com fotografias, evidenciando a dinâmica de todo acontecimento.
Na verdade, Benigno Filho já havia comentando com os policias sobre a necessidade da simulação ainda na fase de inquérito. E ao que tudo indicava não iria ser furtar de pedir a reconstituição do crime.
ATÉ O FIM
Diante de tudo isso, espera-se que a família da mulher espancada em público não esteja correta ao desacreditar da Justiça. Do ponto de vista dos jornalistas que acompanham este caso, é válido reafirmar que será empregado o mais puro rigor jornalístico com o objetivo de cobrar das autoridades envolvidas o seu desfecho.
Não só para esse caso, mas também em relação aos outros dois em que Alexandre Gomes está envolvido. Eles estão sendo rigorosamente apurados para que haja os respectivos julgamentos, e dessa forma aquela família da jovem espancada possa acreditar nas instituições - que têm o dever de zelar por aqueles que se conservam dentro do padrão do senso esperado para seres humanos dotados de valores e respeito para com o próximo.
APRESENTAÇÃO DA DENÚNCIA
Mesmo assim está previsto para o Ministério Público apresentar sua denúncia até o meio dia de hoje. A polícia indiciou três, resta saber quem serão os denunciados nesta primeira leva, antes da reconstituição do crime.
QUE TUDO NÃO SE TRANSFORME EM UM CIRCO
É dever se posicionar no sentido deque o trabalho a ser realizado seja feito com qualidade e dentro do mais breve possível, tendo um perito tarimbado, para não acontecer o que ocorreu no Caso Gabriel Mendes, jovem acusado pela sua assassina – acusação essa ratificada pela polícia em seu inquérito - de ter se matado com uma pancada contundente na cabeça e três tiros no peito. Uma conclusão que ultrapassou o limite da aberração.
A polícia do estado já é madura demais para se prestar a essas mazelas. Sem falar que já há muito sofrimento por parte dos familiares do senhor Hélio Cortez.
A PARTICIPAÇÃO DO POLICIAL
E já que vai ser feita, que a simulação procure também atestar qual foi realmente a atuação do policial militar na hora do crime, para trazer à luz sua reação in loco. O próprio acusado do assassinato disse - ou fingiu - não se lembrar de muita coisa quando dos seus atos, mas relatou em seu depoimento à Polícia que ouviu na hora em que o representante do estado lhe gritou pedindo para parar, porque o comerciante já estava desmaiado.
O policial, no entanto, não deu voz de prisão ao homem que acabara de espancar um senhor indefeso e o viu fugir em uma moto conduzida pela namorada.
Alexandre Gomes responde a dois outros processos. Um deles, por conta de uma violenta e covarde agressão a uma então namorada, praticada em público.
A jovem saiu correndo de casa, a ponto de se jogar do segundo andar de um sobrado, quando estava somente de calcinha e sutiã, para fugir dos ataques, como relatou sua irmã.
A mulher morreu pouco tempo depois. As marcas, tanto internas como externas, perduraram durante todos seus últimos dias de vida. Quanto às marcas psicológicas, elas perduram na família até hoje. Uma família que disse não acreditar na Justiça, embora torça por ela, ainda que não a procure mais.
DETALHE
Segundo informações da Polícia, a reconstituição dos fatos foi solicitada pelo Ministério Público antes mesmo do envio dos autos à Justiça, o que faz com que os delegados que conduziram a investigação deduzam que o promotor pediu a reconstituição sem ainda conhecer o relatório final do inquérito policial.
A peça traz, entre outros laudos e perícias técnicas, a recognição visuográfica de local de crime, ilustrada com fotografias, evidenciando a dinâmica de todo acontecimento.
Na verdade, Benigno Filho já havia comentando com os policias sobre a necessidade da simulação ainda na fase de inquérito. E ao que tudo indicava não iria ser furtar de pedir a reconstituição do crime.
ATÉ O FIM
Diante de tudo isso, espera-se que a família da mulher espancada em público não esteja correta ao desacreditar da Justiça. Do ponto de vista dos jornalistas que acompanham este caso, é válido reafirmar que será empregado o mais puro rigor jornalístico com o objetivo de cobrar das autoridades envolvidas o seu desfecho.
Não só para esse caso, mas também em relação aos outros dois em que Alexandre Gomes está envolvido. Eles estão sendo rigorosamente apurados para que haja os respectivos julgamentos, e dessa forma aquela família da jovem espancada possa acreditar nas instituições - que têm o dever de zelar por aqueles que se conservam dentro do padrão do senso esperado para seres humanos dotados de valores e respeito para com o próximo.
APRESENTAÇÃO DA DENÚNCIA
Mesmo assim está previsto para o Ministério Público apresentar sua denúncia até o meio dia de hoje. A polícia indiciou três, resta saber quem serão os denunciados nesta primeira leva, antes da reconstituição do crime.