sábado, 10 de janeiro de 2015

Empresas terão que cobrar dívida do Governo na Justiça


Empresas terão que cobrar dívida do Governo na Justiça

Secretário de Administração Franzé diz que Governo não tem com fazer o pagamento de dívidas que não foram empenhadas na gestão anterior.

Os credores do Estado que tiveram os empenhos de dívidas cancelados ou não efetivados na gestão passada terão que buscar a judicialização das ações para receber o dinheiro pelo serviço prestado. Essa é a orientação que vem sendo dada pela equipe econômica do atual governo. O secretário de Administração, Francisco José, afirma que de acordo com a lei 4.320/64, o Estado fica proibido de pagar despesas que não foram empenhadas. 
Foto: Marcela Pachêco/ O Dia
De acordo com dados da Secretaria de Fazenda, o valor dos empenhos efetivados e não pagos chega a R$ 300 milhões. As despesas que não foram empenhadas ou tiveram os empenhos cancelados chegam a R$ 400 milhões. “Esse números podem ser bem maiores porque ainda estamos terminando a análise dos dados repassados. Cada contrato será analisado para ser regularizado aos poucos porque não queremos que as despesas de 2015 possam ser prejudicadas e atrasem”, disse. 
Francisco José explica que o Estado espera contar com o aumento das receitas para o pagamento das despesas deste ano e da gestão anterior. “Ao contrário de outros governos que decidiram deixar de lado as dívidas da gestão passada, o governador Wellington Dias (PT) resolveu não seguir essa posição e honrar os compromissos do Estado. Todos serão chamados para negociar”, afirmou Franzé. 
Os credores que não tiveram os empenhos efetivados terão que recorrer à Justiça e aguardar as precatórias. “Essa foi uma orientação passada pela Procuradoria Geral do Estado – PGE . Esses credores terão que comprovar que o serviço foi prestado. Isso é determinada pela lei 4.320/64. Se o Estado não agir dessa forma, teremos prejuízos na prestação de contas no futuro. Estamos impedidos de fazer o pagamento e a solução é que eles recorram à judicialização”, recomendou o secretário. 
Franzé revelou ainda que as dívidas do Estado com terceirizados é de R$ 59 milhões. “Essa é a situação mais preocupante porque se trata de pessoas. Eles estão trabalhando há meses sem receber os salários. Vamos parcelar essas dívidas porque não temos condições de pagar. Precisamos esperar o aumento das receitas”, destacou.

fonte portal o dia