sábado, 7 de março de 2015

Fábio Novo renuncia a liderança do governo na Assembleia

Fábio Novo renuncia a liderança do governo na Assembleia

O deputado estadual Fábio Novo (PT) renunciou neste sábado (7) a liderança do governo na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). O anuncio foi feito em seu perfil no Facebook. O parlamentar, que protagonizou a derrota para a presidência da mesa diretora no início dessa legislatura, disse que tomou a decisão para, de forma livre, construir um mandato sem amarras. 
“Tomei a decisão hoje de renunciar a condição de líder do governo atual, para de forma livre, construir um mandato sem amarras. Quero o direito como jornalista de profissão – pois deputado é uma chuva – de nunca perder a minha capacidade de indignação”, declarou.
Fábio Novo, que já comandou o Partido dos Trabalhadores, afirmou ainda que sua posição não significará uma postura, a partir da próxima segunda-feira (9), de oposição. “Mas tão somente de mostrar o Fábio que se moldou, amadureceu e que com coragem sempre combateu o bom combate”, afirmou, citando o cantor Ivan Lins. “No novo tempo, apesar dos perigos, a gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraça", postou.
Petrolão
No post, o parlamentar piauiense comenta a lista de políticos supostamente envolvidos no esquema do Petrolão. Acha que a divulgação, por si só, não caracteriza uma sentença. Fábio Novo critica ainda o posicionamento do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), que teve o nome incluído na lista.
“A lista do petrolão, anunciada ontem não pode ser vista como uma sentença. Ali, são inquéritos, alguns recheados de provas e outros nem tanto. A bola agora está com o Supremo, já que o passe da Polícia Federal e do Ministério Público foi dado. Sabemos que ela, ao contrário do que coloca nossa imprensa, é o início de um processo. Ao final, esgotada a ampla defesa e com o devido julgamento, saberemos se Eduardo Cunha, Presidente da Câmara foi culpado ou não. Em vez de apoiar o papel do Ministério Público e da Polícia Federal, Cunha preferiu o ataque. Em sua tática doentia de perseguição, preferiu dizer que seu nome fora colocado na lista, a pedido do governo de plantão. Ora, se o governo não interferiu pela sua ex-ministra da casa civil”, declarou.
Confira a postagem do deputado na íntegra
Um novo tempo, apesar dos perigos!
E quando você cruza a linha dos 40, militando ou não na política, o momento é propício para reafirmar, moldar e até repensar ideias e convicções. Tenho refletido bastante e esse reafirmar, moldar e até repensar ganhou corpo desde o início de julho passado.
A semana que finda, por fim, amadureceu “um novo tempo, apesar dos perigos” como bem cantou Ivan Lins. Estive em Brasília e, confesso que voltei animado com o fortalecimento das instituições. Ponto para a nossa jovem democracia.
A lista do petrolão, anunciada ontem não pode ser vista como uma sentença. Ali, são inquéritos, alguns recheados de provas e outros nem tanto. A bola agora está com o Supremo, já que o passe da Polícia Federal e do Ministério Público foi dado. Sabemos que ela, ao contrário do que coloca nossa imprensa, é o início de um processo. Ao final, esgotada a ampla defesa e com o devido julgamento, saberemos se Eduardo Cunha, Presidente da Câmara foi culpado ou não.
Em vez de apoiar o papel do Ministério Público e da Polícia Federal, Cunha preferiu o ataque. Em sua tática doentia de perseguição, preferiu dizer que seu nome fora colocado na lista, a pedido do governo de plantão. Ora, se o governo não interferiu pela sua ex-ministra da casa civil!
Na verdade, Cunha a exemplo do início dos anos 90, esperava o malandro jeitinho brasileiro, somado ao braço forte do governo para interferir, abafar e jogar para debaixo do tapete, feitos que agora terão que ser esclarecidos se foram republicanos ou não.
Bom, já falei de Petrolão, fortalecimento das instituições, mas na verdade quero retomar o momento que é propício para reafirmar, moldar e até repensar ideias e convicções. Aos 40 – dizem que vivemos uma crise – eu na verdade, vivo o melhor momento, e após a viagem recente ao Recife e Rio de Janeiro, moldei e hoje com bastante convicção quero seguir livre, libertário por natureza e “louco é quem me diz que não é feliz. Eu sou feliz!” como cantou Ney Matogrosso na Balada do Louco.
Assim, tomei a decisão hoje de renunciar a condição de líder do governo atual, para de forma livre, construir um mandato sem amarras. Quero o direito como jornalista de profissão – pois deputado é uma chuva – de nunca perder a minha capacidade de indignação. Minha posição não significará uma postura, a partir da próxima segunda-feira (9) de oposição, mas tão somente de mostrar o Fábio que se moldou, amadureceu e que com coragem sempre combateu o bom combate. Como cantou Ivan Lins, “no novo tempo, apesar dos perigos, a gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraça."

fonte cidadeverde.com