sábado, 7 de março de 2015

Nomeado por Wellington Dias, Herbert Buenos Aires não assumirá Agespisa


Nomeado por Wellington Dias, Herbert Buenos Aires não assumirá Agespisa

De acordo com edição do dia 27 de fevereiro, Hebert já foi nomeado pelo governador para assumir a presidência do Instituto de Águas do Piauí

O ex-superintendente da Caixa Econômica Federal de Alagoas, Hebert Buenos Aires, anunciado pelo governador Wellington Dias (PT) como o futuro presidente da Agespisa, não irá assumir a direção da empresa, segundo o Diário Oficial do Estado. De acordo com edição do dia 27 de fevereiro, Hebert já foi nomeado pelo governador para assumir a presidência do Instituto de Águas do Piauí.
Com isso, ele não passará por sabatina na Assembleia Legislativa do Estado e a Agespisa continuará sobre o comando do técnico Raimundo Trigo, que foi anunciado como presidente interino. A nomeação de Herbert foi possível porque o Instituto de Águas já existe desde 2007, quando teve criação aprovada no segundo governo de Wellington Dias. Mas nunca saiu do papel.

Como o instituto já existe, o projeto de reforma da Agespisa que pretende transformar a empresa em uma autarquia, não precisará da aprovação da Assembleia Legislativa. Em entrevista ao O portal, Hebert Buenos Aires afirma que já exerce um cargo de assessoria no governo e participa de um grupo de trabalho que elabora um projeto de universalização do saneamento básico em Teresina e nos municípios do interior do Estado.

De acordo com a proposta apresentada pelo governo, a criação do instituto teria como vantagens a negociação da dívida da Agespisa, avaliada hoje em R$ 1 bilhão. “Essa é a única solução para a Agespisa. A empresa enfrenta sérios problemas e precisa de uma reforma urgente. O governador Wellington Dias garante que essa mudança será feita respeitando a necessidade de realização do saneamento básico e de garantir que os direitos nos trabalhadores permaneceram intocados”, declarou.

CREDORES TEMEM CALOTE DO GOVERNO
De acordo com o Sindicato dos Engenheiros do Piauí (Senge), Florentino Neto, a insegurança provocada pela indefinição no processo de transformação da Agespisa em instituto, tem gerado um clima de incerteza entre alguns fornecedores que temem sofrer “calote”. Segundo ele, os técnicos da empresa receiam que possa ocorrer o desabastecimento de alguns insumos que seriam essenciais para o trabalha da empresa.
“Eu tenho total segurança em afirmar que hoje o clima na Agespisa é de terror. Os funcionários temem perder seus direitos e o governo não apresenta nenhuma garantia. Do outro lado, os fornecedores receiam não receber pelos servidores prestados. Há o temor que alguns insumos comecem a faltar porque eles não querem mais fornecer produtos enquanto essa situação não for definida”, declarou.

Florentino afirma que o temor se deve a possibilidade de grandes municípios como Teresina, que vivem uma situação de insatisfação com o serviço prestado, não assinarem o contrato com o instituto e privatizarem o sistema. “Essa proposta de privatização do sistema de água vem desde 2005. Se Teresina não renovar, o saneamento básico e tratamento de água em cidades menores estará comprometido. Teresina responde hoje pela maior parte do sistema. Se resolver sair, todos os demais serão prejudicados”, comentou.

SINDICATO DENUNCIA USO ELEITOREIRO
O sindicato denuncia ainda que com a instalação do Instituto de Águas do Piauí, serão criados automaticamente 249 novos cargos comissionados. Segundo eles, a autarquia já nasceria como uma espécie de cabide de empregos para acomodar aliados políticos.
“O Instituto já nasce falido. Terá uma dívida bilionária e dificilmente vai resolver o problema. Nós acreditamos que o maior interesse nisso são os 249 cargos que serão criados para beneficiar aliados”, declarou. 

fonte portal o olho