Civil interrompe prisões e Sejus diz que recebe críticas com estranheza
Em nota, o secretário estadual de Justiça, Daniel Oliveira, informou que recebe as críticas do delegado com estranheza. Segundo ele, a Secretaria está buscando alternativas
Neste momento qualquer pessoa que for presa em flagrante e encaminhada para a Central de Flagrantes, em Teresina, será liberada minutos depois. Sem espaço, o local aglomera exatos 80 presos. 10 deles foram transferidos na tarde desta quarta-feira (08/04) para a Polinter.
No início da tarde desta quarta-feira, a Polícia Civil, através do delegado Luci Keiko, gerente do policiamento metropolitano, informou que não há mais condições para se trabalhar, e que as operações e prisões serão paralisadas por tempo indeterminado.
"Não há como trabalhar. Nosso papel enquanto Polícia Civil é investigar e prender, e nós estamos cumprindo, mas a Secretaria de Justiça não está nos acompanhando. Não suportamos mais essa situação, faz três meses que recorremos à Secretaria para que organize o sistema prisional do Estado, mas nada muda", desabafa.
De acordo com Luciano Alcântara, delegado coordenador da Central de Flagrantes, a Polícia Civil não deixará de realizar seu trabalho, mas ressalta que não há mais espaço para ninguém. "Estou neste momento na Delegacia Geral para tratar sobre esse assunto. A situação nesse momento é que não temos mais espaço para ninguém, e quem for preso deverá ser liberado em seguida", destaca.
Em nota, o secretário estadual de Justiça, Daniel Oliveira, informou que recebe as críticas do delegado com estranheza. Segundo ele, a Secretaria está buscando alternativas junto à Secretaria Estadual de Segurança para atender a demanda da Central de Flagrantes.
"A falta de vagas nas unidades prisionais é um dos problemas do sistema penitenciário do Estado, mas em nenhum momento a Secretaria de Segurança, através da Polícia Civil, terá seu trabalho prejudicado ou paralisado por conta dessa problemática", diz em nota.
A curto prazo, a intenção da Secretaria de Justiça é de inaugurar o mais rápido possível a penitenciária de Altos. O local deverá desafogar em parte a Central de Flagrantes.
LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA
A respeito das declarações do gerente de Policiamento Metropolitano, delegado Luci Keiko, sobre a suspensão de operações e prisões em Teresina por conta da falta de vagas no sistema prisional, a Secretaria Estadual de Justiça esclarece:
O secretário estadual de Justiça, Daniel Oliveira, está buscando alternativas, juntamente com o secretário estadual de Segurança, Fábio Abreu, para atender à demanda da Central de Flagrantes.
A falta de vagas nas unidades prisionais é um dos problemas do sistema penitenciário do Estado, mas em nenhum momento a Secretaria de Segurança, através da Polícia Civil, terá seu trabalho prejudicado ou paralisado por conta dessa problemática.
A Secretaria de Justiça, a exemplo da estratégia adotada no feriado no carnaval, vem buscando mais vagas nas unidades do interior do Estado para atender as necessidades da capital.
O secretário Daniel Oliveira recebeu as declarações do delegado com estranheza, visto que vem trabalhando conjuntamente com a Polícia Civil a favor da Segurança Pública do Piauí."