Sindicato diz que governo vai aumentar preço da gasolina; Sefaz nega
O projeto do governo que propõe reduzir o imposto sobre o etanol já está causando polêmicas no Estado. A ideia é diminuir a alíquota de 25% para 19% sobre o álcool, mas o projeto também prevê aumentar o imposto sobre a gasolina de 17% para 19%, igualando a tributação dos dois combustíveis e incentivando a produção e o consumo de etanol no Estado.
Para o presidente do Sindicato dos Donos de Postos de Combustíveis de Teresina, José Couto, a medida não ajuda os consumidores. "Não está sendo bom, está prejudicando a população, porque o cliente sabe que o consumo do carro com álcool vai ao dobro ou mais e, por outro lado, o governo vai aumentar o preço da gasolina", argumentou Couto.
O secretário de Fazenda, Rafael Fonteles, nega o prejuízo aos consumidores. "Essa medida já foi aplicada em outros Estados, como em Minas Gerais, para incentivar o consumo de combustíveis menos poluentes e a produção local. E isso não vai mexer no custo da gasolina, por causa da mistura, que aumentou a quantidade de álcool na gasolina", esclareceu o gestor. Rafael acrescentou que os valores serão destinados a um fundo para a Segurança Pública. "É urgente termos mais recursos para a Segurança e calculamos que com essa medida vamos aumentar a arrecadação do Estado entre R$ 40 a R$ 50 milhões por ano", destacou.
Se aprovadas na Assembleia Legislativa, as mudanças propostas no projeto entrarão em vigor no ano que vem.