Sem espaço, pacientes do HUT estão novamente aglomerados na recepção
Vereadora de Teresa, Teresa Britto (PV) realizou uma vistoria no local. Segundo ela, falta climatização, o local está superlotado e coloca vidas em risco
Teresa Britto conversou com pacientes e funcionários do Hospital de Urgência de Teresina (Foto: Ascom)
A reportagem do portal foi ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT) na tarde desta quarta-feira (08/04) para ver de perto como se encontra a situação dos pacientes após o fechamento de parte do local. Durante a visita foi possível notar que o atendimento voltou a ser precário, e que os pacientes estão aglomerados em um espaço mais reduzido.
interrompeu parte do atendimento devido o início das obras para a reforma, que visam ampliar e melhoras as condições estruturantes para agilizar o atendimento.
A vereadora de Teresina, Teresa Britto (PV) também esteve no HUT e disse que presenciou irregularidades graves que colocam em risco a vida dos pacientes. “Com o início das obras de reforma do HUT, verificamos falta de climatização, superlotação e muitas queixas dos servidores. Há irregularidades tanto no serviço de UTI como no controle de infecção hospitalar. Inadmissível”, diz a vereadora.
Os novos pacientes estão sendo encaminhados para a entrada improvisada que foi feita onde funcionava a administração do hospital. Lá, a situação é a mesma de anteriormente. Dezenas se aglomeram em cima de macas e aguardam atendimento.
Quem acompanhou a reportagem durante a visita foi a assessora de comunicação, Ana Flávia. Ela não permitiu a entrada da reportagem no local onde estão aglomerados os pacientes, nas macas. Com espaço reduzido, o HUT não quer expor os pacientes.
"Esse é um momento delicado, pois fechamos o pronto atendimento e 100% da urgência. Devido as obras o atendimento será reduzido, mas não podemos rejeitar pacientes. Recebíamos em média 250 pessoas diariamente, queremos baixar esse número, pois não temos espaço suficiente para fazer o atendimento", afirma.
Para a vereadora a situação de desconforto também é culpa do Governo. Segundo ela, o HGV não dar o suporte necessário para desafogar o HUT.
“A queixa maior que ouvi foi sobre a lotação e falta de climatização. Mas é preciso entender que todo o sistema é deficiente porque os hospitais de retaguarda, como o Hospital Getúlio Vargas (HGV) e Hospital Universitário (HU), não estão atendendo a demanda gerada pelo HUT, que faz, sozinho, o atendimento de urgência e emergência”, conclui a parlamentar.
A obra de reforma do hospital está prevista para ser concluída em até 180 dias. Durante esse período, os pacientes que não forem vítimas de traumas, arma branca ou arma de fogo, deverão procurar outras unidades de saúde.
Para os que vierem de outros estados ou de municípios do interior do Piauí, a central de regulação ficará responsável por dar uma destinação. Geralmente, os pacientes são encaminhados para o Hospital Universitário (HU) ou Hospital Getúlio Vargas (HGV).
Toda a reforma está sendo custeada por recursos do Governo Federal, através do programa “SOS emergência”. Ao todo serão R$ 3 milhões investidos. A prefeitura municipal de Teresina também participa da reforma com uma contrapartida.
"Só pedimos que a população se sensibilize, para que os pacientes que não forem vítimas de traumas possam ser levados para outros hospitais", finaliza Ana Flávia.