Indicado para ministério, Marcelo Castro recebeu dinheiro de empresa ligada ao setor da Saúde
Deputado do Piauí já foi cotado outras vezes para assumir ministérios no governo do PT e nunca teve sucesso
Principal nome do PMDB na lista de indicados pela bancada da Câmara para assumir o Ministério da Saúde, o deputado Manoel Júnior (PB) recebeu doação indireta de dois laboratórios e de um plano de saúde em sua campanha no ano passado. Os valores somam um terço do que ele declarou à Justiça Eleitoral.
Ele é adversário do deputado piauiense Marcelo Castro (PMDB) na disputa pela vaga. Na prestação de contas do piauiense, nome apresentado pelo líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), à presidente Dilma Rousseff na semana passada, também consta um doador ligado à área de saúde, uma clínica radiológica DIM - Diagnótico por Imagem de São Luís no Maranhã. O deputado recebeu a quantia de R$ 25 mil.
DOAÇÕES PARA MANOEL JÚNIOR
O favoritismo de Manoel Júnior vem sendo contestado já que no passado ele fez críticas à presidente Dilma Rousseff (PT) e ao programa “Mais Médicos”. Com a perda de força do adversário, as chances de Castro tem crescido, segundo a mídia nacional.
O favoritismo de Manoel Júnior vem sendo contestado já que no passado ele fez críticas à presidente Dilma Rousseff (PT) e ao programa “Mais Médicos”. Com a perda de força do adversário, as chances de Castro tem crescido, segundo a mídia nacional.
Conforme relatório de divulgação das contas de campanha do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele recebeu doações de empresas do setor de saúde foram feitas ao diretório nacional do PMDB ou à campanha majoritária do partido na Paraíba, e depois foram repassadas ao comitê do deputado. Juntas, as empresas deram R$ 355,7 mil à campanha do peemedebista, o equivalente a 33% da receita declarada ao TSE, pouco mais de R$ 1 milhão.
Da Bradesco Saúde, Manoel Júnior recebeu R$ 106 mil. Um repasse (R$ 100 mil) foi feito originalmente ao diretório nacional e outro, à campanha de Vital do Rêgo Filho, então candidato a governador (R$ 5,7 mil). O Biolab Sanus Laboratórios S/A e o Eurofarma Laboratórios S/A doaram, respectivamente, R$ 100 mil e R$ 150 mil, via diretório nacional do PMDB.
O deputado afirmou que não teve contato com os doadores que fizeram repasses a seu partido. "Não sabia de onde vinha. Recebi do meu partido. Meu partido estava me designando aquilo e eu aceitei de bom grado", afirmou Manoel Júnior. "Biolab? Não sei nem onde fica. Nem lembro que tinha plano de saúde (como doador). Minha preocupação era apenas na prestação de contas."
CASTRO EVITA FALAR
Peemedebistas afirmam que Castro tem evitado falar sobre o assunto. O deputado do Piauí já foi cotado outras vezes para assumir ministérios no governo do PT e nunca teve sucesso. O parlamentar ainda é lembrado pelo episódio da eleição de 2014 quando foi obrigado a desistir da candidatura a governador do Estado.
Peemedebistas afirmam que Castro tem evitado falar sobre o assunto. O deputado do Piauí já foi cotado outras vezes para assumir ministérios no governo do PT e nunca teve sucesso. O parlamentar ainda é lembrado pelo episódio da eleição de 2014 quando foi obrigado a desistir da candidatura a governador do Estado.
Recentemente, o nome do deputado repercutiu nacionalmente após ele ser destituído da presidência da comissão da reforma política. Marcelo Castro rompeu com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e fez críticas abertas ao colega de partido
Procurado pela reportagem do portal, o parlamentar do Piauí não retornou as ligações. Com informações do Folha de São Paulo.