O corpo da vítima foi encontrado em um açude na cidade de Altos. A morte se deu por asfixia com fratura do pescoço, e não por afogamento, como havia declarado o réu.
O juízo da Comarca do município de Altos condenou, em sessão do Tribunal Popular do Júri realizada na última segunda-feira (04), o réu Edmilson Nunes Brandão a 27 anos de prisão pelo assassinato de Cleudia Maria Medeiros de Sousa, de 44 anos, ocorrido em agosto do ano passado.
O corpo da vítima foi encontrado no dia 14 daquele mês, em um açude na cidade de Altos. Imagens de circuitos fechados de televisão mostram que o réu levou a vítima em direção ao local, retornando sem ela algumas horas depois. De acordo com o exame pericial cadavérico, a morte se deu por asfixia com fratura do pescoço, e não por afogamento, como havia declarado o réu. Cleudia Maria também foi vítima de estupro.
Além disso, quando da prisão, foram encontrados em poder dele roupas e outros objetos da vítima. A denúncia, datada de 1 de setembro de 2021, foi elaborada pela promotora de Justiça Márcia Aida de Lima Silva. O Conselho de Sentença acolheu a tese do Ministério Público, representado promotor de Justiça Maurício Gomes de Sousa e condenou o réu por homicídio qualificado pelo emprego de meio cruel.
O juiz Ulysses Gonçalves da Silva Neto fixou a pena em 27 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado.
Relembre o caso
Cleudia Maria Medeiros de Sousa, de 44 anos, foi morta em um açude na cidade de Altos, região Norte do Piauí. A vítima foi estuprada e estrangulada até a morte. O acusado do crime, Edmilson Nunes Brandão, foi preso pela Polícia Civil de Altos e confessou a autoria do crime.
Em entrevista ao Meionorte.com, Henrique Araújo, chefe de investigação do 14º Distrito Policial de Altos ,a vítima estava desaparecida desde a quinta-feira (12), quando foi vista saindo com o acusado em uma motocicleta, em que mantinha um relacionamento extraconjugal. Os policiais foram acionados devido a um corpo despido de uma mulher ter sido encontrado às margens do açude. A perícia e o Instituto Médico Legal (IML) foram acionados para os primeiros levantamentos e constataram ser de Cleudia Maria Medeiros.
“Após a perícia e o IML fazerem os exames preliminares, foi constatado que a mesma estava com o pescoço tipo quebrado e com o órgão genital com muito sêmen, onde foi descartado a possibilidade de afogamento. Diante disso, começamos a fazer vários levantamentos, colhemos várias testemunhas, onde algumas falaram que viram a mulher passando em uma motocicleta de cor preta, com um rapaz meio baixo e gordo; e que cerca de 40 minutos ele retornou sozinho e sem ela. Traçamos a possível trajetória que ele teria corrido, olhamos câmeras e obtivemos êxito. Encontramos uma onde se pode verificar o horário que ele estava indo com ela para o local”, disse.