quinta-feira, 6 de março de 2025

Professora que acusou Prefeito do PT de vazamento de nudes é encontrada morta

 Prefeito nega envolvimento no caso do vazamento e na morte da vítima

O município de Sigefredo Pacheco, a 160 km de Teresina, está no centro de uma polêmica envolvendo política, exposição de intimidade e uma tragédia. A professora de 32 anos, que havia registrado um Boletim de Ocorrência (B.O.) contra o prefeito Murilo Bandeira (PT), acusando-o de vazar suas fotos íntimas, foi encontrada morta na madrugada desta quinta-feira (06).

Foto: ReproduçãoMurilo Bandeira
Murilo Bandeira

Segundo o B.O., a vítima relatou que, ao chegar em sua residência, seu companheiro mostrou que havia recebido imagens íntimas dela, supostamente enviadas ao prefeito em 2021, período em que teriam se envolvido amorosamente. Ainda conforme o registro, ao tentar contato com Murilo Bandeira, ele não atendeu às ligações.

Foto: Reprodução/Redes SociaisProfessora foi encontrada morta em sua residência
Professora foi encontrada morta em sua residência

A Polícia Civil investiga o caso e a principal suspeita é que a mulher tenha tirado a própria vida após as fotos se espalharem nos grupos de aplicativo de conversa na cidade, mas não descarta outras possibilidades, como homicídio.

Tinha medida protetiva

Diante da gravidade da denúncia, a juíza Fernanda Marinho de Melo Magalhães Rocha, da Vara Núcleo de Plantão de Teresina, determinou medidas protetivas de urgência em favor da professora ainda no dia 04 de fevereiro. A decisão reconhecia risco concreto e iminente para a integridade da vítima, enquadrando o caso como violência doméstica.

A Justiça proibiu o prefeito de se aproximar da vítima e de seus familiares a menos de 500 metros, entrar em contato por qualquer meio, incluindo redes sociais, e divulgar outras fotos ou vídeos íntimos sem o consentimento da professora.

Além disso, a juíza determinou que a professora recebesse acompanhamento da Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar do Piauí, para garantir a eficácia das medidas protetivas.

Prefeito do PT nega acusações 

Após a repercussão do caso, a assessoria jurídica do prefeito Murilo Bandeira divulgou uma nota pública afirmando que as acusações são falsas e classificando a situação como fake news. O gestor informou que acionou a Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Pública do Piauí para apurar os fatos.

O caso segue em investigação para esclarecer a origem do vazamento das imagens, a responsabilidade pelo ocorrido e as circunstâncias da morte da professora.

Fonte: A10+ e GP1