O soldado da Polícia Militar, Everardo Pinheiro, que reagiu a um assalto e atingiu Wescley Natanael de Sousa, conhecido como Natan, 19 anos, com dois tiros, falou ao Jornal do Piauí sobre o caso. O policial do Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) disse que sentiu a vulnerabilidade por qual passa a população.
"Ele estava rondando a casa. Já entrei em casa com aquela sensação de que poderia ser a vítima. Eles adentraram apontando a arma e dizendo 'perdeu playboy, é um assalto, desce do carro'. O carro ainda estava ligado e eu estava dentro do veiculo. Depois do primeiro disparo dele, não tive como não reagir", disse o policial que preferiu não mostrar o rosto.
Ele conta ainda que sua intenção ao atirar não foi a de matar, mas proteger a si e a família. "Eu não queria matar, queria apenas me proteger e proteger minha família.
Após ser internado e submetido a cirurgia no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), depois de levar dois tiros durante o assalto a casa do soldado, Natan, morreu na manha desta quarta-feira (19). Ele invadiu a casa do policial junto com Gilberto Gomes, 21 anos, que já está preso.
Natan era acusado de uma série de assaltos em Teresina e Timon, onde já existia um mandado de prisão decretado contra ele. A maioria dos crimes foi cometido nos últimos três meses. O principal alvo eram restaurantes e balneários localizados ao longo da BR 316.
Delegado Michel Sampaio
Ele é acusado de promover arrastão no balneário Chico 18 no último final de semana. Na ação, o eletricista João Paulo Soares dos Santos, 29 anos, foi morto com um tiro nas costas.
A polícia de Timon conseguiu identificar a quadrilha, da qual Natan fazia parte e prendeu duas pessoas: um adolescente de 14 anos e Rafael Ribeiro da Silva. Ainda continuam foragidas duas mulheres, uma identificada como Mayane da Silva Monteiro e outro homem, Guilherme Alves de Sousa.
Rafael Ribeiro da Silva foi preso com veículo roubado e o adolescente estava com duas motos também roubadas.
O delegado Michel Sampaio, do 3º distrito policial de Timon, conta que Natan agia com agressividade e que embora morto, a investigação continua. "A polícia civil não vai descansar até provar os crimes cometidos pelos comparsas dele, já que ele agia com outros indivíduos, alguns menores e adultos já identificados. Esse indivíduos que trabalhavam com ele vão ser presos em um momento oportuno" .
fonte cidadeverde.com