Mãe passou 4 dias com corpo de bebê antes de jogar no lixo em Timon
A mãe investigada pela morte do próprio filho recém-nascido tentou ocultar a gravidez. O caso ainda está sendo investigado e não ainda há confirmação se o crime será caracterizado como infanticídio ou homicídio doloso. Contudo, o delegado regional de Timon, Humaitan Silva de Oliveira, revelou que há fortes indícios de que o crime foi premeditado. Após o parto, a mãe teria ficado cerca de quatro dias em casa com o bebê morto.
"Colhemos informações de que ela tentou ocultar a gravidez. Mesmo sendo uma mãe experiente, não fazia o pré-natal e disse que estava com um mioma que havia estourado e por isso procurou o hospital. Ela apresentou muitas contradições. Quando confirmou a gravidez disse que estava de quatro meses... ela não confirma que matou, mas que não queria o filho, pois não estava preparada. Temos fortes indícios de que tudo foi premeditado", disse o delegado.
A mulher, identificada como Ana Nubia Almeida da Silva, 40 anos, morava com um filho de 20 anos e mais dois filhos menores de idade. O delegado frisa que há vários questionamentos a serem esclarecidos.
Delegado Humaitan Oliveira. Foto: Graciane Sousa/Cidadeverde.com
"Ela diz que teve o bebê no banheiro e o deixou enrolado numa toalha. A casa só tem um banheiro e como ninguém viu? Sem contar no mau cheiro. Ela tem dois filhos pequenos, e outro maior de idade que tem 20 anos. Ainda não ouvimos ele e será investigado isso também, se teria ajudado na ocultação”, disse Humaitan.
A caracterização do crime em homicídio doloso ou infanticídio vai depender da perícia médica que indicará se ela estava ou não em estado puerpero.
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A Polícia Civil de Timon identificou a mãe do bebê que foi encontrado morto em um depósito de lixo no cruzamento das avenidas Tiúba e Perimetral, no bairro Pedro Patrício. O recém-nascido de apenas 9 meses, foi achado por um gari na manhã dessa terça-feira (18).
Ela foi presa ainda ontem e declarou, em depoimento, que colocou a criança no lixo “porque não estava preparada para ser mãe”. O delegado Humaitan Oliveira informou ao Cidadeverde.com que o bebê nasceu saudável e morreu-provavelmente, por asfixia.
De acordo com o delegado, Ana Nubia Almeida da Silva negou, a princípio, ter colocado o filho no lixo, inclusive, disse que desmentiu a gravidez. Contudo, após ser submetida a exame clínico pericial foi constatado o parto e a realização de um procedimento de curetagem feito no hospital Alarico Pacheco, última sexta-feira (15).
"Ela alegou que não estava preparada para ser mãe e, por isso, colocou a criança no lixo. Vamos realizar exames para saber se ela estava em estado puerperal e em uma possível depressão pós-parto", disse o delegado.
Em depoimento, a suspeita contou que o parto ocorreu durante um banho e que, em seguida, enrolou o filho em uma toalha e o deixou no banheiro até resolver colocá-lo em um saco e depois em uma lixeira próxima na esquina da sua casa.
Ana Nubia Almeida é solteira e trabalha como artesã e também vende comida na porta de casa.
Hospital onde Ana Nubia realizou curetagem. Foto: Graciane Sousa/Cidadeverde.com