Polícia prende acusado de matar o vizinho com golpes de machado
Crime aconteceu no bairro Vila Verde, zona Sudeste de Teresina no dia 26 de maio. Vítima e acusado eram conhecidos e conviviam.
Foi preso no final da manhã desta quinta-feira (12) o homem acusado de assassinar o senhor Antônio da Costa e Silva Neto, crime ocorrido no último dia 26 de maio no bairro Vila Verde, zona Sudeste de Teresina. O fato chocou os moradores da região pelo fato de que a vítima e o acusado serem vizinhos, conhecidos e também pela crueldade com que o crime foi praticado: Antônio da Costa foi assassinado com golpes de machado na cabeça.
O acusado foi identificado como sendo Antônio Carlos Pereira de Sousa e ele foi detido em cumprimento a um mandado de prisão de preventiva por parte da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A prisão ocorreu na zona Sul da Capital e, segundo a polícia, não houve resistências.
Antônio Carlos Oereira de Sousa - Foto: Divulgação/Polícia Civil
Antônio Carlos confessou a autoria do homicídio. “Ele alega que é usuário de crack e que no momento do crime estava sob efeito da droga e discutiu com a vítima, que teria lhe ofendido verbalmente”, explicou o delegado Jarbas Lima, da DHPP. Antônio da Costa estava sentado na calçada de casa vendendo lanches, quando foi surpreendido por Antônio Carlos.
A perícia constatou que o golpe de machado por ele desferido provocou na vítima um traumatismo crânio-encefálico, causando um ferimento de aproximadamente 20 centímetros. O objeto chegou a ficar cravado em Antônio da Costa, o causou o óbito imediato. Antônio foi autuado e encaminhado para a sede da Delegacia de Homicídios. De lá, será encaminhado na tarde de hoje ao sistema prisional.
Abandonado, antigo prédio do TRT é depredado por vândalos
Imóvel estaria sob responsabilidade do Governo do Estado, que não providenciou vigilância para o local, o que facilita a ação dos vândalos.
Dois homens foram presos em flagrante no início da noite desta quarta-feira (12) furtando partes da estrutura do prédio onde funcionava, até o final de 2018, a segunda instância da Justiça do Trabalho no Piauí.
Dois homens foram flagrados por policiais militares roubando materiais retirados de dentro do imóvel (Foto: Francisco Filho / O DIA)
A partir de outubro do ano passado, os magistrados e servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região começaram a desocupar o imóvel localizado no cruzamento da Avenida Miguel Rosa com a Rua Tersandro Paz, e mudaram-se para o novo prédio do órgão do Judiciário, situado na Avenida João XXIII.
Antigo prédio do TRT da 22ª Região está sendo invadido reiteradamente por vândalos (Fotos: Elias Fontinele / O DIA)
O antigo prédio, então, foi cedido para o Governo do Estado, ficando sob responsabilidade da Empresa de Gestão de Recursos do Estado (Emgerpi).
Segundo funcionários que atuam em empresas vizinhas ao prédio, nos últimos meses o local passou a ser invadido reiteradamente por vândalos.
Por toda a calçada é possível ver pedaços de forro de gesso que foram quebrados pelos criminosos, para que pudessem furtar fiações e estruturas metálicas do imóvel.
Lâmpadas, janelas, espelhos, utensílios dos banheiros e até o motor de um elevador do prédio estão entre os itens que foram subtraídos.
"O prédio está abandonado há algum tempo, e eles [invasores] estão deteriorando e levando tudo o que tem de valor. De vez em quando temos que vir aqui, entrar no imóvel, realizar o policiamento para coibir esse tipo de ação criminosa", detalha a capitã Regina Farias, comandante da equipe que realizou a prisão em flagrante de dois homens que invadiram o local.
A militar afirma que, além dos dois detidos em flagrante nesta quarta-feira, outros vândalos já teriam invadido o prédio.
Outro lado
O portal entrou em contato com a Coordenadoria de Comunicação do Governo (CCom) em busca de uma posição do Governo do Estado a respeito do problema. Até o fechamento da matéria a resposta não foi encaminhada à reportagem.
Defesa entra com pedido de redução de penas do ex-coronel Correia Lima no STJ
O ex-coronel Correia Lima foi condenado por oito crimes, que juntos ultrapassam a soma de 131 anos de reclusão
A defesa do ex-coronel José Viriato Correia Lima impetrou nesta quarta-feira(12) no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedido de redução das penas impostas ao acusado pelo Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), nos casos Castelinhos e Queimados.
O ex-coronel Correia Lima foi condenado por oito crimes, que juntos ultrapassam a soma de 131 anos de reclusão. Entre os crimes destacam-se: corrupção passiva, três homicídios triplamente qualificados, um duplamente qualificado, além de uso de moeda falsa e contra a ordem tributária.
Atualmente Correia Lima está preso na Penitenciária Mista Fontes Ibiapina, no município de Parnaíba, região Norte do Piauí.
Correia Lima durante julgamento no Caso Safanelli (Foto: Blog do Catita)
De acordo com o advogado que defende o ex-coronel, Wendel Oliveira, “a perseguição penal iniciou-se com a propositura de ação penal pública incondicionada promovida pelo Órgão acusatório contra o ex-coronel pela suposta prática do crime contra a vítima José Ferreira Castelo Branco Filho”.
O advogado Wendel Oliveira interpôs recurso de apelação perante ao Tribunal de Justiça do Piauí alegando violação ao art. 593, § 3º, do Código de Processo Penal, haja vista que a condenação teria se dado em manifesta contrariedade à prova dos autos e que a pena-base foi fixada acima do mínimo legal sem fundamentação idônea e de forma desproporcional.
Assim, a defesa solicita que seja reformada a sentença prolatada pelo juízo, para que seja aplicada a pena-base no seu patamar mínimo tendo em vista a não fundamentação das circunstâncias do art. 59 Código Penal, de forma que o ex-coronel tenha uma condenação reduzida a pena lhe aplicada.
Ex-coronel Coreia Lima (Foto: reprodução
Em março do ano passado, o ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça, atendeu ao pedido da defesa e reduziu a pena do ex-coronel José Viriato Correia Lima, condenado pela morte do cabo da Polícia Militar José Honório Barros Rodrigues.
A defesa do ex-coronel ainda afirma que, como o ex-coronel já cumpriu mais de 19 anos de prisão em regime fechado, e possui remições de pena por trabalhar na penitenciária, ele pode ser solto nos próximos dias. Na época, a pena foi reduzida de 19 anos e 3 meses para 15 anos e 2 meses de reclusão.
Entenda o caso
José Viriato Correia Lima nasceu em Iguatu, no Ceará, ingressou na Polícia Militar e logo se envolveu em atividades criminosas no Piauí. Em 1979, com 27 anos, já chefiava o crime organizado no Estado, estendendo, nos vinte anos seguintes, sua influência junto a políticos, policiais, empresários, juízes e promotores públicos.
Mesmo depois de reformado, continuou a desfrutar de enorme poder e comandava a Polícia Militar.
Crimes
O grande filão da quadrilha comandada por Correia Lima surgiu com a municipalização das despesas federais com saúde e educação, o que carreou grande quantidade de verbas públicas para municípios do Piauí, Valendo-se de empresas de fachada, que emitiam notas frias relativas a despesas falsas de fornecimentos e serviços, a quadrilha desviou pelo menos cem milhões de reais, que se destinavam à compra de merenda escolar e a serviços comunitários, de 40 prefeituras do Piauí.
Todo esse dinheiro era arrecadado por uma empresa de cobrança de propriedade de Correia Lima. A quadrilha também atuava nos Estados do Maranhão e do Ceará.
Os prefeitos que se negassem a participar do esquema eram pressionados e, se resistissem, assassinados. Nove tiveram esse destino, num período de dez anos. Chegou a ser criada no Piauí uma inusitada União das Viúvas de Prefeitos Assassinados, entidade criada para denunciar o descaso do Poder Judiciário piauiense em solucionar os processos referentes a esses homicídios.
Em 1997, o promotor público Afonso Gil Castelo Branco denunciou a existência de uma máfia, formada por policiais civis e militares, que agia no Piauí. Nessa época, ele investigou 61 policiais de Teresina por crimes como abuso de autoridade, lesão corporal e homicídio.
Durante os interrogatórios, descobriu que boa parte dos acusados trabalhava para o escritório do coronel Correia Lima. Denunciou 25 policiais à Justiça, mas apenas um foi condenado. Ameaçado de morte, Castelo Branco passou a viver recluso e andar armado.
As denúncias do promotor só foram adiante em 1999 quando o crime organizado passou a ser objeto de atenção de uma Comissão Parlamentar de Inquérito do Congresso Nacional e as investigações passaram a ser orientadas pela Polícia Federal. A PF grampeou uma dúzia de telefones dos principais suspeitos de integrar o crime organizado no Estado. E obteve 700 horas de gravação, registradas em 350 fitas que, somadas, contêm 2.500 conversas.
Foram reunidas provas que indicavam a ocorrência de pelo menos dez assassinatos cometidos pela quadrilha. Uma das vítimas, o policial civil Leandro Safanelli, era o namorado da filha do coronel. Outra, Arias Costa Filho, era o delegado de polícia que investigava o caso. Uma terceira foi assassinada porque ameaçou denunciar a quadrilha. E, em pelo menos dois casos, os mortos, um motorista e um caseiro de Correia Lima, tinham seguro de vida, feitos pelo próprio coronel, cujos beneficiados eram sua mulher e sua filha.
Correia Lima foi preso e recolhido a um quartel da Polícia Militar. Junto com ele foram detidos o delegado de polícia José Wilson Torres, ex-presidente da Associação dos Delegados da Polícia Civil, o irmão do coronel, um empresário e três soldados da PM.
Os irmãos Valdílio e Odival Falcão respectivamente comandante da PM e chefe da Casa Militar, foram afastados de seus cargos, por suspeita de envolvimento com a quadrilha.
Mesmo na prisão, o coronel continuou no comando de sua quadrilha, pois dispunha de celulares e recebia visitas livremente. Chegou a ordenar assaltos a bancos. Por causa disso, esteve durante algum tempo preso no Maranhão.
José Viriato também tem estreitas relações familiares com outro notório contraventor nordestino, José Enilson Couras, mais conhecido como Courinha, pistoleiro acusado de mais de 100 homicídios ao longo das décadas de 1970 e 80.
Soltura
Correia Lima foi preso no dia 29 de outubro de 1999, chegou a ser posto em liberdade em julho de 2011, relação ao processo que apura a morte do ex-cabo da PM, Honório Barros Rodrigues, crime ocorrido em agosto de 1989, cujo corpo foi encontrado dentro de um saco nas margens da Avenida Maranhão, nas proximidades da ponte sobre o rio Parnaíba, altura do bairro Tabuleta.
Correia Lima já estava preso na Penitenciária Mista de Parnaíba Fontes Ibiapina e a liberação do preso deveu-se a uma ordem judicial emitida pelo juiz José Ribamar de Oliveira. O motivo seria necessidade de tratamento de saúde a determinação previa ainda a ausência de escolta policial.
O magistrado foi acusado de ter ligações com o ex-coronel, foi afastado do Tribunal de Justiça, e posteriormente punido pelo Conselho Nacional de Justiça, por ter proferido decisões reiteradas de soltura de presos provisórios sem a devida intimação ao Ministério Público.
O mandado de soltura foi rapidamente revogado, dois dias depois e o Pleno do Tribunal de Justiça do Piauí, em sessão administrativa realizada no dia 18 de abril decidiu aplicar pena de disponibilidade ao Juiz de Direito José Ribamar Oliveira e Silva. A decisão foi aprovada em unanimidade pelo Pleno do Egrégio Tribunal de Justiça do Piauí.
Em 2013, um vídeo gravado pela Inteligência da Polícia Civil, mostra o ex-coronel Correia Lima falando a um companheiro de cela, como irá matar o Secretário de Segurança Robert Rios e o jornalista Arimatéia Azevedo.
Segundo a polícia, eles vinham conversando há vários dias. O companheiro de cela escrevia cartas do ex-coronel dirigidas a algumas pessoas, entre elas, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, a quem pedia para que revisse sua situação prisional. Mas essas cartas nunca foram enviadas. Gerson Aragão, o colega de cela, as escondia e terminou entregando ao núcleo de inteligência da Polícia.
Nos vários trechos, Correia Lima revela quem são seus financiadores aqui do Piauí e de outras partes do país, no Ceará, Pernambuco e em São Paulo.
Abertas inscrições para o 2º Torneio Tiradentes de Tiro Prático Policial da PMPI 184 anos
O Torneio é uma realização da PMPI com organização, supervisão e execução de responsabilidade da 4ª SEÇÃO DO EMG/PMPI com o apoio do Krac Esporte Clube e será realizado no dia 19 de junho de 2019, no estande de tiro da PMPI localizado no Quartel do BOPE, com início às 07h30min.
As inscrições se iniciam no dia 10 de junho de 2019 (segunda-feira), deverão ser efetuadas até o dia 17 de junho de 2019, por meio da ficha de inscrição contida no Anexo A, podendo ser enviada para o e-mail da PM4(pm4@pm.pi.gov.br) ou físico para a 4ª Seção/EMG, localizada na sede do Comando Geral da PMPI, na Av. Higino Cunha nº 1750 – Ilhotas.
Ciro vira réu em processo por recebimento de propina da Odebrecht
Julgamento ocorreu nesta terça-feira no Supremo Tribunal Federal
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (11), por 3 votos a 2, aceitar a denúncia do Ministério Público contra o senador Ciro Nogueira e os deputados Eduardo da Fonte, Arthur Lira e Aguinaldo Ribeiro do Partido Progressistas por organização criminosa.
Com a decisão, os quatro políticos passam à condição de réus e responderão a uma ação penal. Eles são acusados de desviar dinheiro da Petrobras no esquema investigado pela Operação Lava Jato.
O senador Ciro Nogueira (esq.) e o deputado Eduardo da Fonte — Foto: Moreira Mariz/Agência Senado; Reinaldo Ferrigno/Câmara dos Deputados
A decisão não representa condenação. Ainda haverá a fase de instrução do processo; depois, os depoimentos das testemunhas; e colheita de provas. Ao final, eles serão julgados, podendo ser condenados ou absolvidos.
Os deputados Aguinaldo Ribeiro (esq.) e Arthur Lira — Foto: Natalia Godoy / G1
Resultado do julgamento
Durante o julgamento, o relator do caso, Edson Fachin, entendeu que a denúncia deveria ser aceita por preencher os requisitos previstos em lei para o caso prosseguir.
O voto foi acompanhado pela ministra Cármen Lúcia e pelo ministro Celso de Mello. Votaram contra a abertura da ação penal os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.
Essa foi a primeira denúncia no STF que apontou integrantes de um partido político, o PP, como participantes de uma organização criminosa para desviar dinheiro da Petrobras. Segundo a acusação do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o grupo teria desviado R$ 390 milhões.
Votos
Ao retomar a análise nesta terça, a ministra Cármen Lúcia afirmou que o relator fez uma “minuciosa” análise da denúncia e acompanhou integralmente o voto de Fachin. “A denúncia mostra adequadamente as condutas imputadas aos denunciados. A acusação está lastreada em elementos a mostrar plausível a acusação apresentada”, afirmou.
Em seguida, o ministro Gilmar Mendes votou pela rejeição da denúncia, afirmando se tratar de um caso “singular” em que a acusação ficou “esvaziada”. O ministro fez duras críticas à denúncia, afirmando que é necessário que haja o “mínimo de corroboração” à fala dos colaboradores.
Segundo Mendes, houve o arquivamento de outras denúncias relacionadas a esse caso. “Uma coisa é fazer paredes. Outra coisa é amontoar tijolos. Isso aqui é amontoar tijolos”, disse. “Não se pode simplesmente fazer uma acusação de organização criminosa em abstrato.”
O ministro citou que tribunais não podem ser “destinados a condenar” nem ter modelo “em que juiz chefia procurador”, sem citar nomes.
“A não ser que haja tribunais destinados a condenar, como vimos nesse modelo em que juiz chefia procurador. Mas não é o caso desta Corte. Juiz não pode ser chefe de força-tarefa”, disse o ministro.
Quarto a apresentar voto, o decano da Corte, ministro Celso de Mello disse que não há imputação do crime ao partido, mas “políticos que parecem desconhecer a República”. O ministro votou para aceitar a denúncia, pois “existentes elementos essenciais mínimos, porém relevantes”.
“Qualquer pessoa tem o direito de não ser investigada com base em provas ilícitas, tem o direito de não ser condenada com base em provas ilícitas”, afirmou. “A prova ilícita é absolutamente imprestável.”
Para o decano, o Ministério Público conseguiu fazer uma ligação entre os atos supostamente praticados com o crime. “Tenho para mim que houve clara menção de nexo de causalidade entre conduta e resultado”, disse.
Último a votar, o ministro Ricardo Lewandowski votou para rejeitar a denúncia. Para Lewandowski, não há elementos que possam dar credibilidade à palavra dos colaboradores. “Convenci-me de que os depoimentos sem outras provas minimamente consistentes não podem dar ensejo ao recebimento de denúncia”, disse.
Voto do relator
Em seu voto, apresentado na sessão do dia 4 de junho, o ministro Edson Fachin afirmou que a denúncia não se baseia somente em delações, mas que há documentos que corroboram os “constantes” contatos entre os acusados, entre eles, registros de entrada na Petrobras e no escritório do doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores da Operação Lava Jato.
“À luz desses elementos, desse quadro probatório a essa altura, constato que os elementos de informação colhidos no decorrer da atividade investigativa dão suporte necessário e suficiente à tese acusatória, nesse momento processual, de modo a autorizar o recebimento da denúncia e a consequente deflagração da ação penal”, afirmou Fachin.
O ministro Edson Fachin ressalvou, no entanto, que não deve ser aceita uma causa de aumento de pena por crime transnacional, porque a acusação não apresentou provas suficientes de que teriam ocorrido ações no exterior.
Denúncia
O inquérito no qual foi apresentada a denúncia, em 2017, foi aberto no início da Lava Jato, em março de 2015, para investigar a participação de 39 políticos de PP, PT e PMDB na suposta organização criminosa que atuaria na estatal. A PGR considerava o caso como a maior e mais importante investigação da Operação Lava Jato no Supremo.
Depois, esse inquérito foi fatiado, e as investigações sobre organização criminosa passaram a ser quatro: uma sobre o PP, outra sobre o PT, uma terceira sobre o PMDB do Senado e a quarta sobre o PMDB da Câmara.
Para Janot, os partidos formaram "uma teia criminosa única" na estatal. "Os elementos de informação que compõem o presente inquérito modularam um desenho de um grupo criminoso organizado único, amplo e complexo, com uma miríade de atores que se interligam em uma estrutura com vínculos horizontais, em modelo cooperativista, em que os integrantes agem em comunhão de esforços e objetivos, e outra em uma estrutura mais verticalizada e hierarquizada, com centros estratégicos, de comando, controle e de tomadas de decisões mais relevantes", disse o procurador no pedido.
"Como destacado, alguns membros de determinadas agremiações organizaram-se internamente, valendo-se de seus partidos e em uma estrutura hierarquizada, para cometimento de crimes contra a administração pública", completou.
O que dizem os advogados Na sessão de 21 de maio, os advogados dos acusados pediram aos ministros que rejeitem a denúncia e negaram as acusações.
O advogado Pierpaolo Bottini, representando Arthur Lira, afirmou que são "frágeis" os depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e que isso já foi reconhecido pelos ministros da Turma. "Trata-se de uma tentativa de reciclagem de denúncia já analisada e já arquivada", disse.
Roberto Podval, advogado de Aguinaldo Ribeiro, disse que "não é possível criminalizar o próprio partido como um todo". "É perigoso incriminar um partido de forma genérica", completou.
O advogado Marcelo Leal afirmou que Eduardo da Fonte é acusado de fatos que já foram arquivados pelo Supremo e argumentou que a única conduta apontada pela PGR como crime ocorreu antes da vigência da Lei de Organizações Criminosas. Além disso, é um crime único. "Não existe ilícito associativo, formação de quadrilha, para prática de crime único", afirmou.
Já o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro disse que a denúncia contra Ciro Nogueira foi baseada apenas na palavra dos delatores. "A denúncia é frágil", disse. “'Quadrilhão' do PP é algo que, no meu ponto de vista, é absolutamente negativo para a figura do partido político, para a democracia brasileira", completou. "Nada foi produzido contra eles", afirmou.
Após quase uma semana de buscas, a Polícia Civil do Piauí prendeu, nessa segunda-feira (10), Jonatas de Brito Silva, suspeito de assassinar a jovem Joana Maria Brito, 22 anos, em São Julião, a 382 Km de Teresina.
O homem foi preso em um hospital em Quixeramobim (CE) ferido, de acordo com a polícia, depois da luta corporal com a vítima. “Ele fugiu para a cidade onde tem parentes, procurou atendimento no hospital apresentando documentos falsos e por isso foi impedido de sair”, explicou a delegada Robianne Belém, da Polícia Civil de Fronteiras.
Após a prisão, Jonatas foi conduzido para a Delegacia de Fronteiras onde foi interrogado. “Ele assume o crime, mas em algumas perguntas ele não quis se manifestar. Alega que foi por motivos de ciúmes”, informou a delegada.
Uma das informações omitidas pelo suspeito foi sobre qual objeto ele teria utilizado no feminicídio. Pelos ferimentos da vítima, a polícia acredita que foi uma arma branca, que não foi encontrada no local do crime. As perfurações se concentraram no rosto e na nuca da vítima
Ainda na Delegacia de Fronteiras nesta terça-feira (11), Jonatas deverá ser encaminhado para o sistema prisional nos próximos dias. “Provavelmente para a Penitenciária de Picos”, informou a delegada da regional.
Foto: Reprodução WhatsApp
Suspeito do crime.
O crime
O caso ocorreu na localidade Fujona, zona rural do município de São Julião. A filha do casal, uma menina de dois anos de idade, estava na residência no momento do feminicídio. A mãe de Joana foi a primeira a encontrar a filha, que estava com perfurações no rosto e no tórax.
A Delegacia Geral do Estado divulgou na tarde desta terça-feira (11), a realização de uma operação que visa realizar abordagens à veículos no intuito de coibir a prática de roubos e furtos, porte ilegal de arma e tráfico de drogas. A operação foi batizada de "Cerco Fechado".
Segundo o delegado geral Luccy Keiko Leal, a operação vai se estender até esta quarta-feira (12). "Só hoje estamos com um efetivo de 60 homens atuando nessa operação", afirmou.
Além da Polícia Civil, a Polícia Militar também participa da operação, que acontece em vários bairros abrangendo todas as regiões da cidade.
Segundo a Secretaria de Segurança, serão feitos bloqueios, barreiras de fiscalização, bem como abordagem a veículos suspeitos e a pessoas.
"Sendo medida necessária para garantir proteção a sociedade e inibir a ação dos criminosos em Teresina", informa a SSP em nota.
Participam da operação policiais civis dos mais diversos Distritos Policiais e Especializadas, bem como Policiais Militares de suas unidades Especializadas e dos Batalhões da Capital.
O maior número foi registrado em abril, fechando um total de 301, seguido do mês de março, com 267 ocorrências. Em janeiro o número foi de 257 roubos. As ocorrências caíram um pouco em fevereiro, quando foram registrados 249.
Considerando os 120 dias do primeiro quadrimestre, a média chega a quase nove (8,95) veículos roubados por dia, superando os números do primeiro bimestre.
Incentivo a bancos comunitários estimula e descentraliza crédito para pequenos empreendedores
A Piauí Fomento já investiu mais de R$ 300 mil em crédito via bancos comunitários.
Maria Elizângela é uma das investidoras beneficiadas pela Piauí Fomento (Divulgação)
Em um cenário econômico nacional pouco promissor, o Piauí dá exemplo e estimula o empreendedorismo por meio da Agência de Fomento e Desenvolvimento do Estado do Piauí - Piauí Fomento, com experiências de êxito junto aos bancos comunitários que vêm gerando resultados positivos no interior. No estado, a primeira experiência de banco comunitário ocorreu em São João do Arraial, o Banco Cocais, inaugurado no dia 2 de dezembro de 2007.
No estado ainda existem os bancos Rede Opala, em Pedro II; Banco Retiro, em Esperantina; e Porto Marruás, na cidade de Porto. Cada um com suas moedas próprias.
Mauro Rodrigues, coordenador do Banco Cocais, diz que em 2018, essas instituições fizeram parceria com a Piauí Fomento. “Assim, funcionamos como uma espécie de braço da agência nessas cidades”, diz o coordenador, citando que em São João do Arraial, Cocais é o nome da moeda local; em Pedro II, a moeda é a Opala; em Esperantina é Longá; e em Porto, o nome da moeda é Marruás.
“Não trabalhamos com correntistas, não abrimos conta e não usamos o sistema financeiro”, diz Mauro, afirmando que a instituição é gerida por uma organização constituída por várias empresas e pessoas. “O que fazemos é ser um facilitador na elaboração de propostas, projetos e orientamos na busca por créditos e prestação de contas”, declara Rodrigues, enfatizando que orienta na obtenção de créditos e economia solidária.
A parceria entre bancos comunitários e a agência de fomento tem garantido crédito para pequenos empreendimentos seja para estruturação do negócio ou capital de giro. Nessa modalidade de negócios, os financiamentos contemplam tanto grupos de pessoas como individuais. “Trabalhamos com moeda local com a finalidade de incentivar o desenvolvimento local e fazer circular as riquezas no município”, diz Mauro, esclarecendo que é feito um trabalho burocrático, como o recolhimento de documentos, elaboração da proposta, visita técnica e, a partir dessas etapas, os projetos são enviados para Piauí Fomento, que faz análise e dá um retorno sobre a liberação, ou não, da linha de crédito.
A cooperação começou ano passado e tem gerado bons resultados, pois, segundo Luís Carlos Ewerton, diretor-presidente da Piauí Fomento, a taxa de inadimplentes até agora é zero e, atuar em conjunto com os bancos comunitários, foi uma forma de chegar aos municípios, alcançar os pequenos empreendedores e abranger maior número de piauienses.
“Atualmente, além dos quatro bancos comunitários em operação, estão sendo implantados mais oito. As cidades contempladas são Monsenhor Gil, União, São Pedro do Piauí, Água Branca, Regeneração, Santo Antônio dos Milagres, Demerval Lobão e José de Freitas”, afirma Carlos Ewerton, enfatizando que, com essas novas unidades, será maior o número de pessoas beneficiadas com o crédito.
Democratização do acesso ao crédito
“De agosto até agora, já investimos mais de R$ 300 mil em crédito via bancos comunitários e a tendência é ampliar o número de pessoas beneficiadas”, declara Ewerton, informando que a atuação dos bancos comunitários é importante, pois os tomadores de crédito são assistidos e orientados a respeito da aplicação e investimentos.
Segundo Mauro, para pessoa física, o teto chega a R$ 5 mil, já o microempresário individual, o crédito pode chegar a R$ 15 mil e o microempreendedor pode adquirir valor de R$ R$ 100 mil, sendo que as empresas têm carência de 24 meses e a pessoa física, carência de 18 meses.
Segundo Luís Carlos Ewerton, essa modalidade de crédito da Piauí Fomento está em destaque. “Até agora a inadimplência é zero”, disse.
“Com essa parceria com bancos comunitários, esse crédito para pequenos e microempreendedores é possível gerar e fazer circular as riquezas nos municípios”, declara o gestor, enfatizando que a agência tem investido em empreendedores que trabalham com a produção de energia solar em pequenas empresas rurais.
“Atuar junto aos bancos comunitários democratizou o acesso ao crédito, atingimos maior número de pessoas”, afirma Ewerton.
Diversificação do crédito e aumento da renda
Os negócios financiados são os mais variados possíveis e vão desde vendedores, agricultores familiares que criam animais, estúdios, lojas. Maria Elizângela da Silva, da cidade de São João do Arraial, é uma das investidoras que foi obteve financiamento junto à Piauí Fomento, por meio do banco comunitário.
“Meu negócio é a criação de galinhas e produção de ovos”, relata, contando que esse foi o seu primeiro crédito obtido na Piauí Fomento e espera realizar outras operações futuras. “Queria ampliar meu negócio, fiz projeto para trabalhar com galinhas e ovos e o resultado tem sido positivo”, declara Elizângela, que esse trabalho é bom e proporciona uma grana extra e necessária para sua família.
Com o dinheiro do financiamento, a produtora comprou as galinhas, a ração, medicamentos e fez a reforma da estrutura. “Está tudo caminhando dentro da normalidade e percebemos que, durante a Semana Santa, foi comercializada boa quantidade de ovos e agora estamos nos preparando para um festival no mês de julho e teremos um stand para vender comida”, diz Silva, enfatizando que será uma boa oportunidade de mostrar o resultado de seu trabalho e ampliar a renda.
Em outra linha de negócios, Alexandre Mendes é também beneficiário dos créditos da Piauí Fomento, por meio do banco comunitário Cocais. “Trabalho com publicidade, impressões, gravações e manutenção de computadores, fazemos panfletos, produção de post e mídias para o comércio da região”, comenta o empreendedor.
Alexandre aprovou a iniciativa da agência em trabalhar com os bancos comunitários e abranger maior número de pessoas. “Gostei demais, é um crédito muito bom para os pequenos, não tem tanta burocracia e atende nossas necessidades”, afirma Mendes, enfatizando que obteve um financiamento de R$ 5 mil que serão devidamente pagos.
“Essa foi a primeira operação de crédito na Piauí Fomento e já percebi os resultados. Melhoramos a estrutura, organizei o espaço, comprei matéria-prima, como papel, tinta. Foi tudo à vista e obtive preço melhor e já percebi o aumento da lucratividade”, diz Alexandre, lembrando que a clientela aprovou as mudanças do empreendimento.
Projeto da Central de Atendimento à Vítima é apresentado ao PGJ nesta segunda(10)
O coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Criminais (Caocrim), Sinobilino Pinheiro, realizou nesta segunda-feira(10), a apresentação do projeto de implantação da Central de Atendimento às Vítimas (CAV) ao procurador-geral de Justiça, Cleandro Moura. O Caocrim é um órgão auxiliar do Ministério Público do Estado do Piauí(MPPI).
A CAV será instalada na sede do MPPI, onde serão realizados atendimentos psicossocial e jurídico às vítimas e familiares de determinados crimes, por encaminhamento do promotor de Justiça. Se durante o atendimento for constatada a necessidade de atendimentos mais especializados, a vítima será encaminhada para as clínicas-escolas ou para os Núcleos de Práticas Jurídicas das faculdades.
"Hoje encerramos a primeira fase do projeto, que envolveu: estruturação, planos de atuação em cada área, minuta de regulamentação, estrutura, entre outros aspectos. Apresentamos o projeto para o procurador-geral para que ele seja homologado. A partir de então, começaremos a segunda fase, com assinatura do termos de cooperação com três universidades particulares e a Universidade Federal do Piauí(UFPI)", explica o promotor de Justiça, Sinobilino Pinheiro.
Promotor de Justiça Sinobilino Pinheiro
Para o procurador-geral de Justiça, Cleandro Moura, a atuação conjunta de diversos setores do MPPI tem a finalidade de proporcionar bem estar para sociedade. "Vítimas de violência poderão ser atendidas por profissionais das áreas de Direito, Psicologia e Assistência Social. São projetos como esse que, realmente, vão garantir uma sociedade melhor para o futuro", diz o PGJ.
Também participaram da apresentação do projeto, a assistente social Núbia Caldas; as psicólogas Liandra Nogueira e Gabriela Amâncio. A promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania (CAODEC), Flávia Gomes; o procurador-geral de Justiça do Maranhão, Luiz Gonzaga Martins, entre outras autoridades assistiram à exibição do projeto.
A execução do projeto está prevista para a segunda quinzena do mês de agosto.
fonte www.mppi.mp.br
Coordenadoria de Comunicação Social Ministério Público do Estado do Piauí MP-PI