Escola Municipal reduz casos de bullying com atividades de tolerância e empatia
Incentivando atitudes de solidariedade, cooperação, empatia e respeito, a Escola Municipal Professor Valter Alencar está combatendo a presença do bullying entre os alunos. A prática comum entre os jovens de apelidar como forma de brincadeira traz sérias consequências emocionais, causando, inclusive, a evasão escolar.
Na unidade de ensino, o bullying tinha ganhado espaço entre os adolescentes e para isso, a equipe gestora decidir intervir com estratégias de conscientização. O Projeto “Bullying não tem graça” busca promover a construção de uma cultura de paz, a partir do diálogo.
A gestora Gildenys Dias conta que a direção da escola registrou em 2018 mais de 160 casos de bullying entre os alunos e cerca de 60 estudantes sofriam e praticavam os abusos ao mesmo tempo. “Como a realidade do bullying está muito presente nas escolas, surgiu em nós uma grande preocupação, e por isso a criação deste projeto, com estratégias firmes para lidar com o fenômeno”, conta.
A partir dos casos evidenciados, a unidade de ensino promove palestras e dinâmicas com foco na tolerância e na empatia, quando os alunos são estimulados a se colocarem no lugar o outro. A equipe escolar disponibilizou ainda um canal para denúncias anônimas, onde a vítima pode denunciar seu agressor sem se identificar.
“Buscamos despertar em nossos alunos a conscientização de que o bullying não é brincadeira. Ele na realidade machuca e causa danos muitas vezes irreversíveis na vida de uma criança ou adolescente. Os responsáveis por acabar com este grande mal nas escolas são os próprios alunos, através de atitudes que promovam a paz”, alerta a pedagoga Kelly Cristina.
De acordo com a direção, após meses trabalhando os conceitos e a prática do respeito a partir de diálogos abertos, a escola tem conquistado um ambiente mais agradável, favorável ao aprendizado e ao convívio social. Segundo a diretora Gildenys, quase 100% dos alunos entrevistados para a pesquisa do projeto afirmam não mais sofrer e/ou praticar bullying. “Eles estão entendendo que não devem fazer com o outro o que não gostariam que fizessem com eles. Esse aprendizado sobre respeito é essencial para a escola que estamos construindo juntos”, conclui.