O presidente do Sintetro, Ajuri Dias, foi o primeiro a prestar depoimento na CPI do Transporte Público na Câmara Municipal de Teresina.
Na manhã desta terça-feira, 18 de maio, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Piauí (Sintetro) concedeu o primeiro depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público na Câmara Municipal de Teresina.
O presidente do Sintetro, Ajuri Dias, afirmou que desde o início da pandemia, em março de 2020, os trabalhadores têm tido perdas de direitos, como cortes nos salários e não pagamento de ticket alimentação e plano de saúde. Além disso, cerca de 60% dos funcionários teriam sido demitidos.
- Foto: Luís Marcos/ ViagoraPresidente do Sintetro, Ajuri Dias.
“Em março de 2020, iniciaram os problemas do sistema. O presidente do Setut assinou um termo aditivo onde o repasse do salário teria 4,48% de reajuste, que seria até 2021. Com o início da pandemia, o Setut deixou de pagar os salários e benefícios. A partir daí, começaram as demissões, cerca de 60% dos trabalhadores foram demitidos, além daqueles que fizeram acordo e que perderam direitos. Chegamos ao ponto em que alguns têm problemas psicológicos, adoecem e precisam de ajuda para se alimentar. Outros vivem com doações e ajuda dos parentes”, disse.
Ajuri Dias comentou ainda que o Setut teria se negado a negociar com os trabalhadores, que agora trabalham e recebem por diária.
“Hoje, o trabalhador ganha por diária, se ele trabalhar, ele recebe a diária, se não trabalhar, não recebe. Essa situação partiu do Setut. Em nenhum momento se valorizou o trabalhador, em nenhum momento o Setut mostrou interesse em dialogar e entrar em um acordo”, completou.