Francisco Emanuel, Mão Santa e Adalgisa Moraes Souza
Mão Santa foi prefeito de Parnaíba por três vezes, sendo os dois últimos mandatos consecutivos. Seu grupo político indicou Novo Francisco, que usou o nome como alusão ao ex-prefeito Francisco de Assis Moraes Souza, o Mão Santa.
Novo Francisco afirmou, durante a campanha, que daria continuidade ao projeto da gestão do ex-prefeito Mão Santa. Agora, o antigo gestor reforçará a equipe como secretário imediato do prefeito.
O atual prefeito venceu as eleições com 59,09% dos votos, superando o candidato do MDB, Dr. Hélio, que obteve 30,14%; Zé Hamilton (PSD), com 10,53%; e Erivelton Fontenele (DC), com 0,24%.
Cleiton foi preso por um policial militar do Maranhão, que identificou o suspeito através de um amigo.
O suspeito que realizou a chacina no povoado Cajaíba, zona rural de Teresina, foi preso na tarde desta quarta-feira (8) por um policial militar do Maranhão, que reconheceu o suposto autor através de um amigo. O preso foi identificado inicialmente apenas como Cleiton.
Rosair Rodrigues/O Dia
BEPI prendendo o suspeito pela chacina na zona rural de Teresina
Cleiton é o suspeito de realizar uma chacina no último final de semana, onde assassinou os avós e uma criança, por não ter aceitado o fim do relacionamento com a filha do casal morto. Segundo informações de populares, Cleiton havia tentado estuprar uma mulher no mesmo povoado e ateou fogo na sua casa.
O PM, identificado como Jesus da Silva Sousa, informou que um conhecido seu informou que o acusado da chacina estava na esquina de um bar embriagado. Então o PM foi até o local para realizar a prisão do suspeito pelo crime.
“Ele estava se encontrava lá na esquina embriagado, só que todo o tempo com aquela história de querer fugir, porque tinha feito isso, tinha feito aquilo e estava contando, dando detalhes lá da chacina como ele tinha feito lá”, relatou Jesus da Silva Sousa, PM do Maranhão.
Rosair Rodrigues/O Dia
Claiton preso pelo BEPI
Então o PM perseguiu Cleiton, que conseguiu fugir por algumas ruas até ser alcançado. Relatou que, na hora, informou que não havia feito nada, não delatou o que fez, mas que o seu colega, que havia informado anteriormente que ele era o autor, voltou a identificar para que ele realizasse a prisão.
O policial informou ainda que, no momento da prisão, o suspeito estava desarmado e foi necessário realizar uma luta corporal até a chegada do apoio das viaturas do Batalhão Especial de Polícia do Piauí (BEPI).
Veneno estava no arroz que a família comeu e que foi requentado da noite de Ano Novo para o almoço.
Durante a coletiva de imprensa para dar detalhes sobre o envenenamento de uma família inteira em Parnaíba, a Polícia Civil apresentou a cronologia dos fatos traçada a partir dos depoimentos que foram colhidos e das provas apreendidas. Ao menos 13 oitivas foram feitas para balizar o inquérito, que deve ser remetido à justiça em 30 dias. Uma pessoa está presa suspeita do crime. Trata-se do padrasto de uma das vítimas, Francisco de Assis Pereira.
Reprodução
Francisco de Assis Pereira foi preso nesta manhã (08) por suspeita de envenenar a família
Confira abaixo a cronologia dos fatos que levaram ao envenenamento de nove pessoas em Parnaíba:
Na noite de réveillon, 31 de dezembro, a família jantou arroz, feijão e farinha. A comida não foi toda consumida e as sobras ficaram sobre o fogão, nas panelas em que foram preparadas.
Reprodução
Comida envenenada matou quatro pessoas da mesma família em Parnaíba
Todos os membros da família foram se deitar por volta da meia-noite. No entanto, Francisco de Assis permaneceu acordado e disse que se recolheria depois. Foi ele quem trancou a casa antes de ir dormir, por volta das 4h da madrugada do dia 01 de janeiro. A polícia acredita que o arroz tenha sido envenenado por volta deste horário.
No almoço do dia 01, a família comeu a mesma comida do jantar do Ano Novo. A comida foi requentada por uma das irmãs de Francisca. Segundo a polícia, Francisco insistiu para que ela esquentasse o mesmo arroz da noite anterior e não preparasse um novo. Ela atendeu ao pedido e transferiu o alimento para outra panela com um pouco mais de água.
As crianças Maria Gabriela, Lauane e Igno Davi foram os primeiros a comer a comida junto com Manoel Leandro, seu tio. Os quatro apresentaram os sintomas de envenenamento cerca de meia hora depois e de forma mais grave do que os demais. A polícia acredita que ao ferver o arroz, o veneno subiu e se acumulou nas primeiras camadas do alimento na panela, sendo consumido em mais quantidade por quem se serviu primeiro.
Francisco de Assis foi o último a se servir. “Ele se serviu de uma pouca quantidade e, segundo os familiares, comeu sem vontade, andando pela casa e deixando muita comida no prato”, relata o delegado Abimael.
Por volta de 12h, a família começou a apresentar os primeiros sintomas. Manoel Leandro faleceu antes mesmo do SAMU chegar. Os demais familiares foram conduzidos pela ambulância para o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde. A polícia diz que somente Francisco apresentava lucidez e estado físico aparentemente normais para prestar esclarecimentos. “Por volta de 16h40, dentro da viatura que o levaria para a delegacia, ele começou a passar mal e os policiais alteraram o trajeto e o levaram para o hospital”, explicou o delegado.
Reprodução
O delegado Abimael Silva efetuou a prisão de Francisco de Assis
O fato de Francisco ter apresentado sintomas de envenenamento só 4h30 depois dos demais levantou suspeitas. Os sinais de envenenamento por terbufós costumam aparecer de 30 minutos a uma hora depois da ingestão.
Foram internados:
Lauane Fontenele, 3 anos; Maria Gabriela e Igno Davi, 1 ano e meio. Os três são filhos de Francisca Maria.
Francisca Maria, Lívia Maria, Maria Jocilene e Manoel Leandro (enteados de Francisco). Francisca é mãe das crianças envenenadas e de João Miguel e Ulisses, envenenados em 2024.
Jhonatas Albert Pereira da Silva, filho de Maria Jocilene.
Faleceram: Davi, Lauane, Francisca, Manoel.
Relação com o envenenamento de João Miguel e Ulisses
A polícia foi questionada sobre a relação entre os envenenamentos ocorridos este ano e a morte dos pequeno João Miguel e Ulisses, também por envenenamento, em agosto do ano passado. Todas as vítimas são parentes e a forma como tudo ocorreu é semelhante. No entanto a polícia não trabalha com uma possível relação entre os casos. Uma vizinha acusada de ter dado aos meninos cajus envenenados continua presa. O caso está com o Poder Judiciário. Ela foi indiciada por dois homicídios.
“Foi feita uma investigação, um inquérito, as provas estão nos autos e o processo está com o Judiciário, o Ministério Público e a defesa. Vai ter o julgamento de instrução. O nosso foco é esta investigação de agora. Se houver alguma coisa relacionada, a polícia vai esclarecer. Mas neste momento, o outro caso foi finalizado”, explica o delegado Abimael Silva.