Assim como em todo o restante do Brasil, os caminhoneiros que cruzam as estradas do Piauí também iniciaram uma onda de protestos contra o aumento no preço da gasolina e do óleo diesel. Ontem o dia foi de protestos no interior e hoje as manifestações se concentram em Teresina, onde o trânsito deverá ficar lento em algumas vias.
Desde as seis horas da manhã que dezenas de caminhoneiros se concentram na altura do quilômetro 10 da BR-316, no perímetro urbano da Capital. De lá, eles seguirão em carreata pela Avenida Getúlio Vargas até alcançarem o posto fiscal da Tabuleta, onde vai acontecer a manifestação. Devido à aglomeração de caminhões, os motoristas que precisarem passar pelo local deverão redobrar a atenção.
Carreata até a Tabuleta, onde ocorre protesto a partir das 10h
“A pista vai ficar interditada parcialmente, então caminhões não passam, somente veículos pequenos e ambulâncias. Estamos nosso direito de reivindicar pela retirada deste reajuste e esperamos que a população entenda e se junte a nós nesta luta”, afirmou o caminhoneiro Edvan Ferreira, que é um dos organizadores do movimento.
Embora este seja o primeiro protestos de caminhoneiros em Teresina, não é o primeiro no Piauí. Durante a tarde de ontem (22), cerca de
100 motoristas de caminhão fecharam a BR-247, em Marcolândia, pedindo a retirada do reajuste nos preços do combustível. Os manifestantes bloquearam as duas pistas da rodovia com pneus e pedaços de madeira e parte dela só foi liberada após uma negociação com a Polícia Militar.
Caminhoneiros fazem protesto contra aumento do combustível na PI-247. (Foto: Divugalção/PM)
Na segunda-feira (21), foram os motoristas de aplicativo que fizeram protesto na Avenida João XXIII, em Teresina, contra o aumento do preço da gasolina. A Polícia Rodoviária Federal informou que vai acompanhar toda a movimentação dos motoristas.
Reajuste e medidas
O Governo Federal anunciou cinco reajustes seguidos nos preços do combustível somente na semana passada. A variação era de R$ 0,50 no valor da gasolina. Nesta terça-feira, a Petrobras anunciou novo aumento de 0,97% no valor do diesel e de 0,9% no valor da gasolina. Este foi o gatilho para que a onda de protestos se alastrasse por todo o país.
Ontem (22), o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, anunciou que o Governo eliminará o tributo que incide sobre o diesel (Cide), quando o Congresso Nacional aprovar o projeto da reoneração da folha de pagamentos. Guardia informou também que Governo acabará, em 2020, com a desoneração da folha de pagamentos em todos os setores. Se o projeto de reoneração for aprovado, o Legislativo fará com que haja aumentos nas receitas da União que, em troca, cortará o Cide.
Caminhoneiros rebatem
A medida, no entanto, é considerada insuficiente para minimizar os impactos dos reajustes seguidos nos bolsos dos caminhoneiros. Foi o que declarou Edvan Ferreira. “Ela não repercute em nada, porque vai trazer outros prejuízos a nível municipal e estadual e nossas perdas são acumuladas há décadas. Não estamos pedindo aumento do frete, queremos apenas a retirada desses reajustes consecutivos que só vem agravando nossa crise financeira, sobretudo nos últimos anos”, destacou.
fonte www.portalodia.com