terça-feira, 25 de março de 2014

Tumulto População reclama de agressão policial no 1ª dia de inscrições do Programa Minha Casa Minha Vida


Tumulto

População reclama de agressão policial no 1ª dia de inscrições do Programa Minha Casa Minha Vida

Segundo Odacir Soares, gerente de fiscalização da SDU-Sudeste, a população está revoltada porque as informações necessárias não foram repassadas com antecedência.


Com muita desorganização e denúncia de agressão policial, as inscrições do Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, foram iniciadas nesta terça-feira (25). Um dos pontos de cadastramento é o prédio anexo da Polinter, localizado no bairro Dirceu I, zona Sudeste de Teresina. Mais de mil pessoas ocupam um quarteirão inteiro com o objetivo de realizar um cadastro e reclamam da falta de informação por parte da organização.
Imagem: Brunno Suênio/GP1Desorganização no primeiro dia de inscrições do programa Minha Casa Minha Vida(Imagem:Brunno Suênio/GP1)Desorganização marca o primeiro dia de inscrições do programa Minha Casa Minha Vida
De acordo com a desempregada Roberta Kelly, várias pessoas chegaram ao local na tarde de ontem e não receberam senhas para o atendimento. “Ninguém veio organizar a filha e distribuir as senhas, nós que tivemos que tentar fazer isso, improvisamos um cordão de isolamento com cordas”, afirmou. 
Imagem: Brunno Suênio/GP1Roberta Kelly, dona de casa(Imagem:Brunno Suênio/GP1)Roberta Kelly, dona de casa
Imagem: GP1População reclama de falta de organização durante cadastro do Programa Minha Casa Minha Vida(Imagem:GP1)População reclama de falta de organização durante cadastro do Programa Minha Casa Minha Vida

Outra reclamação é de que algumas pessoas que chegaram por último foram atendidas antes das que já estavam lá. Um início de confusão foi iniciado e uma mulher identificada como Maraísa Pacheco alegou que foi empurrada pelo policial militar Magalhães. Ela disse que estava com uma criança de dois anos no colo e que acabou esbarrando na grávida Ayala Samanta após a suposta agressão.
Imagem: Brunno Suênio/GP1Maraisa Pachêco, desempregada(Imagem:Brunno Suênio/GP1)Maraisa Pachêco, desempregada
O policial militar Magalhães argumentou que uma equipe foi acionada para controlar a população que estava exaltada e que não houve agressão. “Ela me agrediu de forma verbal e física, eu empurrei para que um tumulto maior fosse evitado”, disse. Ainda segundo o policial, a mulher não estava com nenhuma criança no colo como teria dito.
Imagem: Brunno Suênio/GP1Uma longa fila se formou no primeiro dia de inscrições(Imagem:Brunno Suênio/GP1)Uma longa fila se formou no primeiro dia de inscrições
Segundo Odacir Soares, gerente de fiscalização da SDU-Sudeste, a população está revoltada porque as informações necessárias não foram repassadas com antecedência. “Serão três meses para a realização desses cadastros, mas infelizmente essa informação não foi repassada, a população acredita que será apenas um único dia e por isso todos vem de uma única vez”, relatou.
Imagem: Brunno Suênio/GP1Odacir Soares, gerente de fiscalização da SDU Sudeste(Imagem:Brunno Suênio/GP1)Odacir Soares, gerente de fiscalização da SDU Sudeste
O atendimento no posto da zona Sudeste está suspenso por hoje e o cadastro continua amanhã. O Setor de Habitação da Prefeitura de Teresina é responsável pela realização dos cadastros e a expectativa é de que 80 pessoas sejam atendidas amanhã.

Para a Supervisora de Habitação da Semduh - Secretaria Municipal De Desenvolvimento Urbano e Habitacional, Erineide Nunes, é difícil controlar e se responsabilizar por essas pessoas que dormem nas filas esperando atendimento.
Imagem: Brunno Suênio/GP1Erineide Nunes, surpevisora de habitação(Imagem:Brunno Suênio/GP1)Erineide Nunes, surpevisora de habitação
Ainda segundo ela, os cadastros poderão ser feitos até o dia 25 de junho nos postos de atendimento localizados próximos às Superintendências de Desenvolvimento Urbano em Teresina. "São quatro atendentes pela manhã e quatro a tarde, trabalharemos durante esse período sem interrupção para que todos possam realizar seus cadastros", afirmou.

O cadastramento era feito até ano passado pela internet, mas segundo a supervisora houve a necessidade de ser realizado de forma presencial, pois os gerentes encontraram irregularidades. “Encontramos até cadastro de crianças, o déficit habitacional é de 30 mil habitações e 93 mil inscrições foram registradas ano passado”, finalizou.
fonte gp1