Greve continua e servidores ameaçam paralisar processo de inseminar urnas
Os tribunais regionais de todo país iniciam a realização de processos que são fundamentais para o andamento das eleições.
A greve dos servidores do TRE- Tribunal Regional Eleitoral do Piauí completa hoje uma semana. Sem previsão de acordo entre os grevistas e o Governo Federal, a greve se prolonga e os servidores ameaçam paralisar atividades importantes para o processo eleitoral, como o procedimento de inseminação das urnas eletrônicas, que deve ocorrer a partir do dia 15 de setembro.
O diretor do sindicato, Pedro Laurentino, afirma que as eleições do dia 5 de outubro poderão ser prejudicadas. O pleito não pode ocorrer sem a inseminação das urnas que consiste em implantar os dados dos candidatos no sistema. “Iremos mostrar que as eleições são feitas pelos funcionários do TRE-PI e não pelos juízes eleitorais. Se os trabalhadores estiverem parados o processo fica prejudicado. Em 2012 atrasamos os julgamentos dos processos de candidatura e agora o processo de inseminação poderá ser prejudicado”, comentou.
Com a proximidade do dia do pleito, os tribunais regionais de todo país iniciam a realização de processos que são fundamentais para o andamento da eleição e que necessitam contar com o corpo de funcionários. “Sem o servidor não tem eleição. Esse transtorno poderá ser evitado se nossas reivindicações forem atendidas pelo Governo. Em Brasília, São Paulo, Ceará e Bahia está ocorrendo o mesmo”, declarou.
De acordo com os dados do sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal do Piauí, a defasagem salarial da categoria é de 36%. “Estamos buscando um canal de negociação com o STF- Supremo Tribunal Federal, mas até agora não houve acordo. Fomos recebidos pelo ministro Ricardo Lewandowski e estamos aguardando”, afirmou.
Tramita no Congresso Nacional um plano de reajuste em 50% para os servidores da Justiça Eleitoral. “Nós não temos uma data base que é um grande erro do Governo porque se tivéssemos todo haveria a reposição da inflação e teríamos um ganho. Vivemos de planos de cargos e o último é de 2006. De lá para cá tivemos pequeno reajuste, gratificação e mais nada”, afirmou.
fonte portal o dia
Repórter: Lídia Brito - Jornal O Dia