terça-feira, 19 de julho de 2016

“Contratação de pessoal é área mais vulnerável em caso de corrupção”, diz Controlador


“Contratação de pessoal é área mais vulnerável em caso de corrupção”, diz Controlador

Edilson Correia falou ainda sobre a Operação Déspota

Edilson Correia
Edilson Correia
A prisão do prefeito de Rendenção do Gurgueia, Delano Parente na Operação Déspota,  revelou ao estado um esquema praticado em diversos municípios. Ao todo foram 16 mandados de prisão, sendo oito preventivas e oito temporárias, mais onze mandados de busca e apreensão e três conduções coercitivas. O valor desviado no esquema criminoso que fraudava licitações e emitia notas frias pode chegar a R$ 17 milhões.

A organização criminosa agia em três núcleos: o político, o empresarial e o de colaboradores. Os políticos (prefeito, secretários municipais, vereador e outros) direcionavam e forjavam licitações, para que as empresas envolvidas no esquema saíssem vencedoras. Estas, por sua vez, compunham o segundo núcleo, que emitia notas fiscais frias.
A investigação envolveu Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado, Polícias militar e civil, e com a Controladoria-Geral da União, órgão responsável por fiscalizar aplicação de recursos federais. E é com o Edilson Correia, chefe regional da Controladoria Geral da União (CGU), Edilson Correia, o Café com informação desta semana.
Edilson revela que em mais de 90% dos municípios fiscalizados é encontrado algum tipo de irregularidade geralmente associada a contratação de pessoal. “A CGU tem um estudo de mapeamento de risco, em que considera que a contratação de uma forma geral são vulneráveis em caso de corrupção e desvio de recursos. Os trabalhos de fiscalização e monitoramento são feitos levando em consideração essas vulneráveis. A gente tem o número de relatórios em que há registros destas falhas e cerca de 92% das falhas em contratações publicas”, afirmou o controlador, citando os municípios do Piauí.
Edilson Correia explica que essas prefeituras foram fiscalizadas no período de 2013 a 2015 e neste período foram detectadas falhas como falta de publicação da licitação, atas mal redigidas, documentos com rasuras, entre outas falhas que podem ser consideradas graves ou simples, mas que podem mascarar o verdadeiro problema.

fonte /www.portalaz.com.br