“Colocarei 100 guardas municipais para proteger escolas, crianças e pais"
Em entrevista, Dr. Pessoa comenta que o desejo de ajudar as pessoas o fez colocar seu nome na disputa: "O povo está clamando".
O Jornal O DIA dá sequência às entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Teresina. O entrevistado dessa semana é Dr. Pessoa (PSD). Vereador e deputado estadual, Dr. Pessoa comenta que colocou o nome à disposição para disputar o executivo municipal devido o desejo de ajudar as pessoas. “E nas pesquisas extraoficiais, o povo estava clamando meu nome”, explica.
Na entrevista, ele fala do porquê ter rompido politicamente com o prefeito Firmino Filho (PSDB), de quem era aliado até pouco tempo antes de lançar a candidatura, fala das propostas e tece críticas ferrenhas ao tucano. Dr. Pessoa também comenta as dificuldades durante a campanha, sobretudo financeiras e da ausência de aliados, inclusive do seu próprio partido, durante sua campanha. “Chamei, mais de uma vez. Se não foram, eles sabem os motivos. Não quero condenar ninguém”, pondera ele. Confira um trecho da entrevista:
O senhor foi vereador e é deputado estadual. Porque decidiu colocar o nome na disputa pela Prefeitura de Teresina?
"Pela história e receptividade do povo de Teresina. Eu tenho uma história sagrada, que Deus me deu, que eu caminhasse com o desejo de sempre ajudar as pessoas e, nas pesquisas extraoficiais, o povo estava clamando para o meu nome. Eu, consequentemente, coloquei meu nome e vou para o desafio".
"O povo clamava o meu nome e fui para o desafio", disse Dr. Pessoa, candidato a prefeito de Teresina pela coligação "Mudar pensando em você" (Foto: Assis Fernandes/O Dia)
Antes de definir pela candidatura própria, o senhor era aliado ao prefeito Firmino Filho. O que lhe fez mudar de posição e agora tecer críticas tão ferrenhas à administração municipal?
"Fui aliado do Firmino de forma independente. Ele quem dependeu de mim, porque na eleição do Elmano eu tirei mais de 9 mil votos e ele ganhou por 12 mil votos. Imagina se esses votos tivessem ido para o Elmano? Mas eu sai por outros motivos. De tanto colocar coisas que eu achava que deveriam ter sido feitas, como viadutos, elevados, rebaixamentos e ele não fez. A reforma do aeroporto ele não fez, o transporte leve sobre trilhos também não".
O aeroporto, por exemplo, não depende de decisão federal?
"Não. Depende dos três entes. O ente local que tem que fazer o decreto para desapropriar, recursos federais e uma pitada de estadual. Eu sai do Firmino porque há 12 anos o Jacinto Teles fez um projeto de segurança para Teresina e eu fui co-autor. De lá para cá ele vem sempre dizendo que não era de responsabilidade do município. Ora, se o povo vota em mim, como eu não tenho responsabilidade dos reclames do povo? Não é minha a responsabilidade total. É dos três entes federativos. Tão tal que uma das minhas propostas, para o primeiro ano de Governo é colocar 100 guardas municipais para proteger as escolas, as crianças, os pais das crianças, a professora, os pontos de ônibus, as praças. Proteger de forma em geral e integrado com os demais órgãos de segurança. Esses guardas eram para ser auxiliares das outras modalidades de polícia".
O prefeito alega que não há recursos para chamar vários guardas municipais, que se chamar vai ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal...
"Porque ele investiu, aliás, investiu não, usou o dinheiro público de outra maneira que não é a que o povo quer. É no terceirizado, um gabinete gordo. Então, não sobra dinheiro e fica numa situação dessa aí".