domingo, 29 de janeiro de 2017

Presos tem fuga abortada após serrarem grades na Peniteniciária de Esperantina

Presos tem fuga abortada após serrarem grades na Penitenciária de Esperantina

Detentos usaram serras para cortar grades. Presídio tem gansos comprados por agentes e cerca elétrica desativada há três anos.


Cinco presos  tiveram uma fuga abortada durante a noite de ontem (28), na penitenciária de Esperantina. Detentos da cela 1 do pavilhão D da unidade usaram pequenas serras para cortar as grades da cela onde ficavam, as celas que dão acesso ao corredor e foram pegos quando serravam uma última grade de ventilação, que daria acesso a área externa do presídio.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Secretaria de Justiça do Piauí (Sinpoljuspi), José Roberto Pereira, chovia forte durante a noite de ontem em Esperantina. "Mesmo sob chuva, um agente e um policial militar que trabalha na unidade resolveram fazer uma ronda, e detectaram uma movimentação estranha ainda no corredor de saída dos pavilhões", disse José Roberto.
O grupo de cinco presos flagrado na ação já havia serrado a grade da cela e do corredor, e cortavam a grade de uma janela de ventilação. Eles são de Teresina e estavam presos em Parnaíba antes de serem transferidos para Esperantina. Trata-se de Alexandro Pereira dos Santos, Edmilson Murici Lacerda Filho, Evandro Pinheiro de França, Marcelo Dias Alencar e Neudson Renato Batista Medeiros, que inclusive eram para retornar para Parnaíba na próxima semana.
Gansos usados como vigilantes passeiam ao lado do muro externo da penitenciária de Esperantina (Foto: Divulgação/ Sinpoljuspi)
"Se eles conseguissem cortar, o único obstáculo que haveria entre eles e o muro seriam três gansos", relata José Roberto. Segundo ele, gansos e cachorros foram comprados pelos agentes penitenciários que trabalham na unidade, usando dinheiro do próprio bolso. Eles alimentam e cuidam dos animais e os usam como forma de alertar tentativas de fuga.
Cães e gansos foram comprados com dinheiro dos agentes penitenciários (Foto: Divulgação/ Sinpoljuspi)
"Eu digo que era o último obstáculo por quê, depois dos gansos, há um muro baixo, com cercas elétricas que estão desativadas há mais de três anos. E no muro há seis guaritas. O presídio foi construído em 2002, e nunca essas guaritas foram ocupadas. Estão lá, destelhadas e se acabando", revela o presidente do Sinpoljuspi.
As serras usadas pelos presos, de acordo com José Roberto, são arremessadas por parentes ou pessoas contratadas pelos presos. "Encontramos diariamente celulares, drogas e serras dentro das unidades", disse. A Penitenciária de Esperantina foi construída com 157 vagas, mas acumula mais de 400 presos. Há apenas cinco agentes penitenciários em cada plantão, e o reforço da Polícia Militar para vigiar a área externa da unidade. 
Segundo José Roberto, guaritas nunca foram ocupadas: "Estão se acabando" (Foto: Divulgação/ Sinpoljuspi)

fonte portal o dia