Sejus promove capacitação em curso de Negociador Penitenciário
O curso, com carga horária de 16 horas/aula, capacitará 55 agentes prisionais
Capacitação em curso de Negociador Penitenciário (Foto:Divulgação)
Começou nesta terça-feira, 14, 1º Curso de Negociador Penitenciário com Ênfase no Primeiro Interventor no Piauí, que acontecerá na sede da Academia de Formação Penitenciária do Estado do Piauí (Acadepen), até esta quarta (15).
O curso, com carga horária de 16 horas/aula, capacitará 55 agentes prisionais para a realização dos primeiros contatos e negociações com detentos em casos de motins ou rebeliões dentro dos presídios, incluindo as ocorrências em que haja a tomada de reféns.
Além de agentes penitenciários e policiais militares que atuam nos presídios, participam do curso profissionais da Vara de Execução Penal, Ministério Público do Estado, Polícia Civil e agentes penitenciários de outros seis estados.
O diretor da Acadepen, Jacinto Teles, destaca a importância de um curso para preparar os agentes prisionais a lidarem com crises no sistema. "O sistema penitenciário brasileiro está sujeito a crises e ter profissionais preparados para lidar com os detentos, em casos de distúrbios, é fundamental para evitar problemas", pontua.
O curso está sendo ministrado pelo agente penitenciário do Ceará, Paulo José Rodrigues, especialista em segurança estratégica prisional no Brasil. O projeto pedagógico é baseado em doutrinas já aplicadas no Brasil e no mundo, com a utilização de estudos de casos de sucesso e de fracasso.
"É fazendo esse paralelo entre o que deu certo e o que não deu, durante crises em presídios, que procuramos estabelecer um método mais favorável e eficaz à resolução dos problemas no sistema, quando eles surgirem", explica Paulo José Rodrigues.
O secretário de Justiça do Piauí, Daniel Oliveira, observa que o curso está dentro do Plano de Modernização do Sistema Prisional do Piauí, que contempla a capacitação dos servidores prisionais e setores administrativos da Secretaria de Justiça.
"Esse curso compatibiliza ações de segurança pública com o respeito à dignidade da pessoa humana. Temos, portanto, trabalhado essas duas vertentes, para evitar transgressões por parte dos detentos, garantindo a ordem nos estabelecimentos penais", pontua o gestor.