quinta-feira, 29 de junho de 2017

Racionamento: Governo admite rodízio e pode dar bônus para quem consumir menos água

Racionamento: Governo admite rodízio e pode dar bônus para quem consumir menos água


Em entrevista ao Cidade Verde Notícias desta quinta-feira (29), o secretário de Governo, Merlong Solano, admitiu que o rodízio e até a suspensão do abastecimento de água em dias pré-determinados estão entre as medidas que podem ser adotadas em 27 municípios atingidos pelo decreto de racionamento. O decreto, assinado ontem pelo governador Wellington Dias, já previa também bônus ou punições aos consumidores. 
O decreto foi assinado para evitar o colapso em regiões do semiárido cujos reservatórios apresentam baixíssimo volume de água antes mesmo do agravamento do período de seca, que ocorre normalmente no segundo semestre do ano. 
"A determinação é se antecipar. Desde já começar primeiro um trabalho amplo de esclarecimento das pessoas nessas cidades, no sentido de preservar o mais possível o recurso. Segundo, a adoção de medidas mais determinadas, como por exemplo o próprio racionamento, a suspensão do abastecimento durante um dia ou outro, o sistema de rodízio, a premiação de pessoas que consigam demonstrar que consumiram o mínimo", disse Solano na entrevista para a Rádio Cidade Verde.
O secretário anunciou ainda que "os órgãos de abastecimento já estão autorizados a começar imediatamente o trabalho". A Agespisa é a responsável pelo fornecimento de água nas 27 cidades.
O Governo do Estado trabalha também em outras frentes, como a perfuração de poços em determinados lugares. A construção de adutoras deve ocorrer com a elaboração de projetos a médio e longo prazo. 
Merlong Solano disse que a gravidade da estiagem põe em risco o abastecimento até onde foram feitas obras para previnir que isso ocorresse, como é o caso de São Raimundo Nonato, cujo reservatório está com 8% da capacidade. "Em muitos lugares ainda faltam obras estruturantes e é preciso pensar nelas logo com antecedência, mas há que se considerar que quando vem uma seca de cinco, seis anos, mesmo quando as providências foram tomadas na época certa a crise se estabelece", completou.

fonte cidadeverde.com