Ligações clandestinas de esgoto no rio Poti são investigadas pela polícia
Uma tubulação clandestina que despeja esgoto no rio Poti, sem tratamento há mais de 25 anos, está sendo alvo de investigação da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente.
De acordo com a delegada Edenilza Viana, a tubulação submersa foi encontrada num patrulhamento de rotina pelos policiais, que passaram a trabalhar no sentido de identificar os autores do crime ambiental.
“A tubulação fica no coração da cidade. É um enorme cano de polímero, que se projeta da avenida Marechal Castelo Branco, passa sob a ponte Juscelino Kubitschek e despeja todo tipo de imundície no rio Poti. Quem fez aquela tubulação concretou de forma que ela escondesse o que despejava dentro do rio. Para dificultar a fiscalização”, explica a delegada Edenilza, que é adjunta do distrito.
Segundo a delegada, os investigadores da delegacia passaram a ouvir as testemunhas que relataram que há mais de 25 anos aquela tubulação despeja esgoto. Uma das preocupações da investigação é descobrir se há lixo hospitalar sendo despejado no rio, uma vez que alguns relatos de pescadores dizem que a tubulação despeja material que eles acreditam ser de hospitais, pelo mau cheiro e por resíduos orgânicos.
“Não podemos dizer que é lixo hospitalar. Estamos investigando e ouvindo todas as pessoas possíveis para elucidar o caso, fazendo novas diligências diariamente. Um professor pós-doutor da Universidade Federal foi chamado para fazer a análise de contaminação. Já oficiamos as autoridades responsáveis para a imediata destruição daquela tubulação”, finaliza a delegada Edenilza Viana.
A pena para o crime de poluição hídrica é de quatro anos de reclusão, e segundo a DPMA, os responsáveis pelo crime serão identificados e indiciados. A investigação está em andamento e perícias estão sendo realizadas.