O ex-deputado Robert Rios (PSB) teceu críticas a contratos da Prefeitura de Teresina.
Nas últimas semanas, dois contratos da Prefeitura de Teresina têm sido alvo de críticas nas redes sociais. O primeiro contrato é referente à aquisição de respiradores, no valor de R$ 12,5 milhões, de uma empresa do Rio de Janeiro e o segundo é referente ao aluguel de grades para a Avenida Raul Lopes, no valor de R$ 296 mil por mês.
Os contratos foram denunciados pelo ex-vereador Antônio José Lira (PSD) e mencionados pelo apresentador Wellington Raulino, durante telejornal exibido pela TV Tropical, do Maranhão.
O ex-deputado estadual e pré-candidato a vice-prefeito de Teresina, Robert Rios (PSB), comentou, em entrevista ao portal, que “muita gente tem se aproveitado da pandemia do coronavírus para enriquecer” e que “há fortes indícios de corrupção” em contratos firmados por gestores, como os celebrados pelo prefeito Firmino Filho (PSDB).
“A respeito da compra dos respiradores, a compra foi feita e paga. E depois foi desfeito o negócio, mesmo já tendo sido feito o contrato, a compra superfaturada e tinha sido paga. Quando o prefeito percebeu que seria investigado, que a PF já teria agido no Rio e em Santa Catarina, resultando em gestores presos, o prefeito pegou o dinheiro de volta, para tentar escapar de uma possível investigação”, comentou.
Robert classificou o aluguel das grades para a Avenida Raul Lopes como um “escândalo” e um gasto desnecessário. “Primeiro, que não tem necessidade das grades. Segundo, que esse preço não existe, é mais caro do que as próprias grades esse aluguel. Tem claros sinais de corrupção no ar. Porque o estado e o município estão sob emergência, então as licitações são dispensáveis. Sendo dispensáveis, o gestor aproveita para praticar crimes com o dinheiro público”, declarou.
- Foto: Kelvyn Coutinho/ViagoraRobert Rios diz que contratos assinados por Firmino devem ser investigados.
O ex-deputado afirmou que os órgãos de controle, como o Ministério Público, devem investigar as ações do prefeito de Teresina. “Independente do negócio ter sido anulado, tem que se abrir um inquérito para investigar até onde foram feitos os atos preparatórios, porque a compra foi feita e depois foi devolvida. Você desistir do crime, ele não deixa de existir, o crime aconteceu. No momento que ele depositou o dinheiro para a empresa, uma empresa que fica em São Gonçalo (RJ) e tem capital de apenas R$ 200 mil, ele praticou o crime. Agora é só investigar”, disse.
Questionado sobre a conduta do prefeito Firmino Filho frente à pandemia do coronavírus, o pré-candidato afirmou que o gestor está sendo “muito cruel com os comerciantes”.
“Claro que nós precisamos do controle social para combater o coronavírus, não podemos deixar tudo frouxo, tudo aberto. Mas tem alguns setores que isso não existe. Chegou a ponto de fechar escritórios de contabilidade, onde as pessoas trabalham praticamente isoladas e o risco de contrair o vírus é menor. Os comerciantes estão sendo humilhados, estão sendo quebrados. Muitas coisas estão sendo fechadas desnecessariamente. Você abre um supermercado, aí você vai ver não pode vender bebida alcoólica. Ora, a venda de bebida alcoólica até ajuda no isolamento. Se o supermercado está aberto para vender arroz e feijão, que mal tem a pessoa comprar um liquidificador ou uma batedeira que faltou em casa? Ele [Firmino] está agindo com excessiva tirania”, finalizou.