O empresário e advogado comentou em entrevista que foi surpreendido pela Operação Tris in Idem, da Polícia Federal.
Na tarde desta sexta-feira, 28 de agosto, o advogado e empresário Valter Alencar concedeu uma entrevista à TV Cidade Verde para comentar sobre a Operação Tris in Idem, deflagrada pela Polícia Federal e que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao advogado, na sede do PSC em Teresina e no portal Clube Sat.
A operação é um desdobramento das investigações sobre casos de corrupção e desvio de verbas em contratos da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, estado governado por Wilson Witzel (PSC).
- Foto: ViagoraValter Alencar
Valter, que é presidente do PSC no Piauí, declarou que foi surpreendido pela operação.
“Eu tenho uma história como advogado, como juiz, e aqui falo como presidente de um partido político, o PSC. Trago a informação de que fomos surpreendidos por algo que não sabemos do que se trata. É apenas uma investigação de um inquérito que ainda não temos conhecimento. O que eu posso dizer é que fui assessor do governador do estado do Rio de Janeiro, onde estudei, onde tenho boas memórias, onde sei que o povo do RJ não merece o que está acontecendo. Estive lá até agosto de 2019, eu e algumas pessoas de minha confiança”, comentou.
O advogado afirmou que ainda não teve acesso aos detalhes do processo, mas que espera que as irregularidades sejam esclarecidas.
“Eu apesar de técnico, não posso dizer quais são, porque corre em segredo de Justiça. O que eu posso dizer é que a PF fez o seu papel em 72 lugares diferentes e fez bem, como deve fazer, e desta forma apurando as irregularidades, o que eu desejo é que aqueles que cometem as irregularidades é que sejam punidos, de forma fulminante”, informou.
Valter Alencar relatou que foi convidado pelo governador Witzel para integrar a sua equipe no Governo do Rio, mas que encerrou suas funções no estado em agosto de 2019.
“Nós fomos convidados a colaborar com a administração. Eu tenho essa capacidade administrativa, e assim como pessoas de diversos lugares do Brasil foram ao estado do RJ para colaborar com a mudança, com um Rio, com muitos acertos que lá obtiveram. Em agosto de 2019, eu vim para o Piauí, então eu não posso dizer exatamente o que está acontecendo, nem mesmo desse inquérito que está ocorrendo. O que eu desejo é que as explicações sejam dadas e que a verdade apareça”, declarou.
Sobre a prisão do presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo, o empresário lamentou o ocorrido, mas afirmou que confia na investigação da Polícia Federal.
“Eu não posso aqui manifestar nada exceto uma lamentação pelo ocorrido. Eu sei que a PF para ter sido designada a cumprir um mandado de prisão, deve estar apurando essas irregularidades. O que eu posso dizer é que eu fui surpreendido por essa notícia”, comentou.