segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Estado de Santa Catarina já sustentou que promotor de justiça do Piauí foi “grosseiro” com mulheres

 Afirmação foi feita em âmbito de processo movido pelo promotor Francisco de Jesus alegando racismo, em caso em que pediram que ele se identificasse

Promotor de Justiça, Francisco de Jesus, que processa uma vítima de violência doméstica, segundo Frente contra o Feminicídio (Imagem: Divulgação) 

Em sede de defesa em processo que o promotor de Justiça do Ministério Público do Piauí Francisco de Jesus - alvo de medida protetiva da Justiça do Piauí após intervenção da polícia em caso envolvendo a sua ex-companheira e alvo de nota da Frente contra o Feminicídio - moveu contra o Estado de Santa Catarina e o Minsitério Público de Santa Cataria, a Procuradoria-Geral do Estado sustentou que o membro do Núcleo das Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar do Piauí (Nupevid) usou de forma "grosseira" com as mulheres daquele estado sulista durante sua visita à capital Florianópolis.

Isso porque depois da polêmica em que o membro do MP-PI acusou publicamente o MP-SC de ser racista com ele e abrir processo contra um ato que segundo a Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público não existiu (sendo apenas um pedido de identificação em evento do MP-SC durante um 'salve-geral' de facções), o promotor de Justiça disse ter sofrido abalo e dano moral. 

Só que para a Procuradoria-Geral do Estado de Santa Catarina nunca existiu dano moral, nem poderia existir, segundo a defesa apresentada, em face inclusive do “estado anímico” do promotor depois do ocorrido, evidenciado em uso de suas redes sociais. 

“Não há que se falar em dano moral, pois como se infere das postagens em redes sociais feitas pelo autor quando esteve em Florianópolis, sua viagem foi muito prazerosa, tendo inclusive, convidado um amigo a vir para Florianópolis, em razão das “belas mulheres” que aqui encontrou, a respeito das quais se referiu de forma bastante grosseira”, sustentou.

O trecho da peça de defesa da Procuradoria-Geral do Estado de Santa Catarina consta da ação que o promotor de Justiça veio a perder recentemente.

_Imagem: Reprodução
_Imagem: Reprodução 

Esses supostos trechos “grosseiros” são supostas “cantadas” de gosto duvidoso postadas em rede social pelo próprio promotor de Justiça.

Uma delas inclusive afirma que ele supostamente encontra uma mulher e convida ela para ir levar o “cachorrinho” dela na casa do membro do MP-PI em Teresina. E ela teria dito, contando ele: “sim, diz ela, basta avisar quando você estiver no cio”. 

Essas postagens do promotor também foram tema de discussão no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) em meio à acusação do promotor contra o MP-SC e o revide da instituição. 

O promotor chegou a dizer, no entanto, que eram somente escritos de cunho literário aos quais vez ou outra dá vazão.

ALVO DA FRENTE POPULAR DE MULHERES CONTRA O FEMINICÍDIO

Recentemente o promotor de Justiça Francisco de Jesus foi alvo de duras críticas da Frente Popular de Mulheres contra o Feminicídio do Estado do Piauí.

Blog Bastidores, do 180, havia divulgado o teor de um processo movido pelo membro do MP-PI contra uma vítima de violência doméstica, que segundo a Frente, ele deveria proteger e não processar.

A motivação da ação segundo a inicial é porque Cláudia Modesto, a vítima, protestou pacificamente contra Francisco de Jesus na sede do MP-PI.

fonte 180graus.com