Foto:Roberta Aline/Cidadeverde.com
Nesta terça-feira (16) houve uma Mesa de Negociação mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) entre os trabalhadores e empresários do sistema transporte coletivo de Teresina. Em crise há meses, motoristas e cobradores decidiram deflagrar greve no último dia 8 de fevereiro e amanhã (17) entram no 10º dia de paralisação.
A categoria afirma que não recebeu o salário referente ao mês de janeiro e protesta ainda contra a redução no salário, falta do ticket alimentação, plano de saúde e demissão de 50% dos cobradores. Os trabalhadores também reclamam sobre a falta do acordo coletivo de 2021.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), não houve avanços na tentativa de negociação porque as empresas de ônibus não apresentaram propostas que atendessem às reinvindicações da categoria.
“Na mesa de conciliação que ocorreu no TRT o Setut não apresentou nenhuma proposta que contemplasse as expectativas dos trabalhadores. Por conta disso nosso movimento continua”, garante o diretor de comunicação do Sintetro, Miguel Arcanjo.
O Sintetro convoca os trabalhadores para se concentrarem amanhã, às 7h, na sede do sindicato e de lá seguirem para a Câmara Municipal, onde será realizada uma audiência pública sobre o sistema de transporte coletivo da capital.
Por meio de nota, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) avaliou a reunião com os trabalhadores como “positiva”, mas admite que não foi possível um consenso entre as partes.
O SETUT afirma que ainda não há possibilidade de cumprimento total dos termos vigentes na convenção coletiva de 2019, “devido ao déficit financeiro pelo qual o sistema passa e a falta de repasses previstos no contrato de concessão”.
Veja nota do Setut
O SETUT informa que avalia como positiva a reunião realizada nesta terça-feira (16) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) junto ao Sintetro, pois está havendo um diálogo entre as partes, mas que ainda não foi possível um consenso entre os interessados. A entidade manifesta o interesse de participação da Prefeitura na mesa de negociações, como forma de dar prosseguimento a um acordo efetivo. O SETUT esclarece que, no momento, não há possibilidade de cumprimento total dos termos vigentes na convenção coletiva de 2019, devido ao déficit financeiro pelo qual o sistema passa e a falta de repasses previstos no contrato de concessão, descumpridos pela gestão municipal, que são essenciais para o funcionamento eficaz do sistema de transporte público. A entidade reitera que está em busca, prioritariamente, da manutenção dos postos de trabalho e consequente sobrevivência do sistema. O SETUT segue em busca de uma negociação efetiva e uma melhor alternativa para um acordo com a categoria dos trabalhadores, a fim de que o movimento grevista seja interrompido.