Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
O Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário (Sintetro) recorreu nesta quarta-feira (15) da liminar que determina a circulação da frota de ônibus durante a greve de motoristas e cobradores em Teresina. Apesar da possibilidade de multa, a categoria decidiu manter o movimento paredista nesta quinta-feira (16).
“Não tivemos nenhuma posição, nem da parte da Prefeitura e nem do Setut [Sindicato das Empresas de Transporte Urbano], então a greve continua. Não estamos querendo passar por cima de nenhuma lei nem de decisão judicial, mas não podemos obrigar a categoria a trabalhar sem os seus salários”, disse Cláudio Gomes, diretor do Sintetro.
A liminar estabelece a circulação de 100% da frota nos horários de pico, de segunda a sexta-feira, e, aos sábados, das 6h às 9h e das 12h às 15h. Nos demais horários e domingos a categoria deve assegurar o funcionamento de 80% da frota. Além disso, fixa uma multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.
Advogado da entidade sindical, Francisco Marins Junior garante que os trabalhadores não descumpriram a decisão ao manter a paralisação nesta quarta-feira (15). “A notificação da decisão chegou na entidade por volta das 7h da manhã. Nela está dizendo que o sindicato tem um prazo de 24 horas para assegurar a frota estabelecida”, destacou.
Apesar da liminar não decretar a ilegalidade da greve dos motoristas e cobradores, o Sintetro recorreu da decisão. “Já apresentamos nossa manifestação dentro desse processo, onde pedimos a reconsideração dessa liminar por entender que o percentual ali estabelecido inviabiliza direito de greve dos trabalhadores”, disse Marins Junior.
Por fim, o Marins Junior também destacou que o Sintetro também acionou o TRT-22 por conta de motoristas e cobradores que estão com os salários atrasados. O advogado cobra celeridade na apreciação da demanda dos trabalhadores.
“Existem cinco empresas que até o presente momento sequer pagaram o salário desses trabalhadores relacionado ao mês de fevereiro. É importante que a Justiça também tenha celeridade para julgar o processo que o sindicato entrou contra essas empresas, porque fica muito difícil convencer um trabalhador a ir ao serviço sem o seu salário”, concluiu.
fonte cidadeverde.com