A TV apurou que ele chegou a ser solto ainda no DHPP, que deu o cumprimento ao mandado
O médico ortopedista Albert Medeiros, preso temporariamente na manhã desta quarta-feira (02) por suspeita de ter assassinado uma pessoa em situação de rua, teve sua liberdade concedida horas depois pela justiça. A TV apurou que ele chegou a ser solto ainda no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que deu o cumprimento ao mandado de prisão expedido Tribunal de Justiça do Piauí.
De acordo com o delegado Francisco Costa, o Barêtta, o médico teria matado Francisco Eudes dos Santos Silva, que vivia em situação de rua, na Praça João Luís Ferreira, Centro de Teresina, em 24 de abril de 2022. O crime ocorreu porque a vítima teria quebrado o vidro do carro do médico durante uma discussão. O profissional de saúde teria agido com a ajuda de outra pessoa que já foi identificada, segundo o delegado.
Ainda em entrevista, o delegado explicou que o médico teria oferecido uma recompensa de R$ 500 para quem passasse a identificação do homem para que ele cometesse o crime.
"Nos autos consta que ele ofereceu dinheiro para quem informasse quem era o Cabeludo. Teriam sido R$ 400 depois aumentou para R$ 500 e, logo depois, ele voltou em direção ao Cabeludo. Era uma madrugada chuvosa, em Teresina, e eles [pessoas em situação de rua] estavam todos recolhidos em uma parada de ônibus ali na rua 07 de Setembro", disse.
Em entrevista à TV, o delegado Jorge Terceiro informou que pela manhã foi cumprido um mandado de prisão temporária e um de busca e apreensão na residência do suspeito. Ele foi encaminhado para a sede do DHPP, passou por procedimento de corpo de delito, mas em seguida foi liberado. De acordo com o delegado, o mesmo magistrado que determinou a prisão temporária decidiu pela soltura e a polícia teve que cumprir a ordem imediatamente.
“Foi trazido o rapaz aqui pra sede do departamento, ele foi interrogado acompanhado por diversos advogados e deu uma versão dele. De forma geral ele nega participação no crime e agora na parte da tarde passou pelos trâmites normais do procedimento. Como toda pessoa detida, fizemos exame de corpo de delito, mas agora na parte da tarde chegou também uma decisão do mesmo magistrado que decretou a temporária, a pedido da defesa, não nosso, que não seria mais necessário a temporária dele”, explicou.
O suspeito foi liberado sem mesmo passar por audiência de custódia. Segundo o delegado, o caso continuará sendo investigado. A arma do crime não foi encontrada, mas segundo o delegado Barêtta, mais de dez pessoas foram ouvidas e há provas robustas contra o médico.
Fonte: Portal A10+