Mais de 56 mil crianças ainda não foram vacinadas em Teresina
Campanha de vacinação contra poliomelite e sarampo não atingiu a meta e, por isso, foi prorrogada até o dia 12 de dezembro em todo o País.
A vacinação contra poliomielite e sarampo, que estava marcada para encerrar no último dia 28 de novembro, segue até 12 de dezembro por determinação do Ministério da Saúde. A meta de vacinação de 95% do público- alvo não foi atingida e municípios e estados foram orientados a prosseguirem com a campanha. A ação, que teve início em 8 de novembro, vacinou 9,5 milhões de crianças contra a poliomielite em todo o Brasil; ou seja, 74,8% da meta instituída. Já contra o sarampo, 7,3 milhões de crianças já receberam a dose, aproximadamente 70% do público-alvo.
Em Teresina, a meta também não foi atingida; por isso, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) segue divulgando e promovendo a vacinação nas 104 salas de vacinação espalhadas pela cidade. De acordo com a diretora de Vigilância e Saúde da FMS, Amariles Borba, 75% da meta de vacinação do público-alvo foi cumprida. Até o próximo dia 12 de dezembro, a expectativa é que 56.121 crianças sejam vacinadas contra poliomielite na Capital.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
Amariles Borba ressalta que há preocupação devido ao avanço da poliomelite no mundo e aos casos de sarampo
“É importante levar as crianças para vacinar porque a paralisia infantil está ocorrendo em vários países do mundo e, no Paquistão, foram detectados, em uma semana, 150 casos. Sabemos que o vírus é transmitido pelas fezes e pode vir a contaminar adultos e crianças. Para se proteger, só há uma maneira: as duas gotinhas da vacina, que é gratuita”, recomenda.
A diretora de Vigilância e Saúde também destaca que a vacinação é importante para a economia da capital. “Fortifica o interesse de empresários a implantarem seus negócios aqui em Teresina; portanto, a vacinação é uma questão de desenvolvimento também”, conta. De acordo com Amariles Borba, a campanha contra as duas doenças está acontecendo por conta da preocupação que existe devido ao avanço da poliomielite no mundo e os casos de sarampos que foram comprovados no Ceará, estado que faz fronteira com o Piauí.
“Precisamos impedir que a poliomielite selvagem entre no Brasil novamente. Para isso, estamos vigilantes, prestando atenção nas paralisias clássicas agudas, cumprindo o protocolo internacional que o Brasil assinou e esperando que as pessoas cumpram com a sua parte. Esperamos atingir a meta estipulada, mas precisamos que os pais ou responsáveis pelas crianças de seis meses a menor de cinco anos não deixem de vaciná-las porque a poliomielite, se não mata, aleija para o resto da vida”, relata.
fonte portal o dia