Centro comercial de Teresina fica deserto com o fim das manifestações contra reformas
Trabalhadores chegaram a fecharam a avenida Frei Serafim, Ufpi, comércio e ruas no centro de THE
Na tarde desta sexta-feira (28) a movimentação dos manifestantes nas principais avenidas da capital ficou mais calma. Na ponte Juscelino Kubitschek o trânsito estava livre e com pouca circulação de veículos.
A paralisação dos serviços pelo protesto contra as reformas federais atingiu diversas categorias, afetando ainda o funcionamento do setor privado.
Muitos comerciantes e ambulantes que trabalham diariamente no Centro de Teresina voltaram para casa mais cedo. Várias lojas optaram por fechar as portas e liberar os funcionários para casa, já que a movimentação de clientes está reduzida e pela falta de transporte público na capital.
A manifestação nesta se concentrou principalmente em frente à Prefeitura de Teresina de onde eles seguiram para a Praça da Liberdade onde finalizaram o protesto.
Placas com avisos sinalizando “Greve Geral” estão nas portas de vários estabelecimentos, principalmente das agencias bancárias.
Sem funcionários, unidades de saúde deixam de funcionar devido a movimento contra reformas
Sem funcionários, devido ao movimento ‘Greve Geral’, algumas Unidades Básicas de Saúde de Teresina não estão funcionando. A informação foi confirmada pela Fundação Municipal de Saúde.
O funcionamento está previsto para retornar apenas na terça-feira (2), depois do feriado do dia do trabalhador. As consultas deverão ser remarcadas. Os hospitais funcionam normalmente. A FMS afirmou ainda que o ponto dos funcionários que faltaram não será cortado.
Criticando a reforma Trabalhista e da Previdência, Francisco Marcos, diretor jurídico dos Urbanitários diz que o movimento superou a expectativa. “O movimento de hoje é em prol de uma reforma política que acabe com a corrupção. É contra a reforma Trabalhista e da Previdência, ainda contra a terceirização. Contra a entrega de patrimônio brasileiro ao capital nacional e internacional. É por um Brasil mais justo que hoje conseguimos atingir nosso objetivo levando a população às ruas”, afirma.
Os manifestantes seguem pelas ruas do Centro de Teresina. As ruas Areolino de Abreu e Rui Barbosa encontram-se interditadas. Com faixas e palavras de ordem, os manifestantes estão parando os veículos que estão transitando pelo local.
Veja abaixo mais fotos da manifestação:
A ponte Juscelino Kubitschek da Avenida Frei Serafim foi parcialmente liberada no sentido zona Leste - Centro. Manifestantes se dispersaram para outros pontos da capital. Porém, a barricada com pneus queimados continua na saída da ponte.
Manifestantes contra as reformas da Previdência e Trabalhista fecharam o transito da avenida Frei Serafim, queimando pneus. No local o transito está confuso, não há circulação de ônibus, apenas carros que tentam desviar do protesto.
O presidente da CUT-PI, Paulo Bezerra, disse que está satisfeito com o grande número de pessoas que participam das manifestações no Centro de Teresina. “Estamos recebendo caravanas de Pedro II, Piripiri, Campo Maior, Lagoa, Monsenhor Gil e Demerval Lobão”.
Na concentração em frente a sede do INSS, no Centro de Teresina, o presidente do Sindicato dos Previdenciários do Piauí, Antônio Machado de Araújo, disse, ao Portal AZ, que caso a reforma seja aprovada, da forma em que se encontra, representa o fim da Previdência.
“Estão querendo jogar os segurados do INSS para a aposentadoria privada. Mas, acredito que o povo acordou. Observe que aqui no Centro de Teresina temos, praticamente, todas as categorias concentradas. Essa manifestação serve como termômetro para medir a insatisfação do trabalhador com as reformas apresentadas”, disse Antônio Machado.
A Rua Areolino de Abreu foi interditada. Muitas lojas estão fechadas. As que abriram as portas, fecham à medida que os manifestantes se aproximam na caminhada, temendo que sejam depredadas e os funcionários agredidos.
Na Praça João Luís Ferreira, ônibus formam longas filas à espera que os manifestantes liberem as ruas.
Outro ponto que se encontra sitiado, é o campus da Universidade Federal do Piauí. Ninguém passa por lá.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal em Teresina, na BR 316, ocorreu uma interdição total, com 8 km de interdição, sem previsão de liberação, em virtude de manifestação de populares. Cerca de 70 manifestantes reivindicam principalmente o cancelamento das reformas trabalhista e previdenciária que estão em votação no Congresso Nacional.
Até o momento a manifestação tem cunho pacífico. A PRF sugere desvio pelo anel viário de Teresina, acessando a BR 343. Outra opção de desvio é seguir pelos municípios de Nazária e Demerval Lobão.
Trabalhadores do Piauí aderem à mobilização nacional e deflagram greve geral
Os manifestantes já estão concentrados na Praça Rio Branco, no Centro de Teresina, e, posteriormente, farão um ato público em frente à sede do INSS. Em seguida eles farão um ato na Praça da Liberdade.
Por enquanto o trânsito está tranquilo e somente a Rua Areolino de Abreu está interditada.
Por volta das 7h30h, os ônibus que circulavam pela capital paralisaram e aderiam ao movimento, com previsão para voltar somente às 15h.
Diversas categorias trabalhistas no Piauí vão aderir à mobilização contra as reformas, Trabalhista e da Previdência e a Lei de Terceirização propostas pelo Governo de Michel Temer. O movimento ocorrerá nesta sexta-feira (28) em todo o Brasil.
A Greve Geral dos trabalhadores, convocada pelas centrais sindicais, movimentos sociais e diversas entidades de todo o país, envolverá servidores municipais e estaduais que irão se reunir às 8h na Praça Rio Branco, em Teresina, e, posteriormente, farão um ato público em frente à sede do INSS. Em seguida eles farão um ato na Praça da Liberdade. O movimento está previsto para encerrar às 15h.
O Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi), deliberou em assembleia pela paralisação de 24 horas na data de mobilização. Enquanto estiverem paralisados, os policiais civis atenderão somente latrocínio, estupro, homicídio e crimes contra idosos e crianças. Esses crimes poderão ser registrados normalmente, mas não serão investigados enquanto a paralisação estiver em curso.
Já os agentes penitenciários irão paralisar audiências, visitas íntimas e de familiares, atendimento aos advogados, defensores públicos. Novos presos também não serão recebidos durante o movimento. Com isso, as visitas de familiares aos detentos devem ficar suspensas até domingo (30) em todo Sistema Prisional do estado.
Os professores da rede particular de Teresina e da rede pública municipal e estadual também vão participar da mobilização. A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufp) se concentrará no Pórtico da instituição das 6h às 11h e fará panfletagem, café da manhã e debates sobre a análise da conjuntura política em questão. A Associação de docentes da Universidade Estadual do Piauí (Adcesp) também terá atividades em apoio ao movimento.
Em nota, o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado do Piauí - Sinepe-PI, Paulo Raimundo Machado Vale, recomendou a manutenção das atividades escolares normais durante o movimento.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindeserm) irá reforçar a data com a realização de uma Assembleia Geral, a partir de 8h, no Teatro de Arena, centro de Teresina. Na assembleia, serão debatidas a campanha salarial do ano, pautas específicas dos setores, greve da saúde municipal e o indicativo de uma greve geral da categoria.
Com relação ao transporte coletivo da capital, os motoristas e cobradores também interromperão os serviços até às 15h da sexta-feira.
O Tribunal Regional do Trabalho e as agências bancárias do estado também manifestaram apoio ao movimento e não funcionarão.
Os trabalhadores dos Correios deverão se unir as demais categorias que aderiram ao movimento. Nesta quarta-feira (26), estarão reunidos em Assembleia Geral Extraordinária para aprovação de greve por tempo indeterminado. Eles alegam falta de segurança nas agências, pedem pelo retorno da entrega diária e abertura dos livros contábeis da empresa, contra as ameaças de demissões, e contra a Reforma Trabalhista e Previdenciária.