terça-feira, 7 de janeiro de 2020

CHOQUE e RONE apreendem armas e conduzem indivíduos



No domingo (05), as equipes RONE e CHOQUE apreenderam armas de fogo e conduziram indivíduos.

Durante a manhã, a viatura Choque 43 estava prestando apoio a um policial no loteamento Planalto Uruguai, quando percebeu atitude suspeita de dois indivíduos que tentaram empreender fuga mas foram abordados. Durante a busca pessoal, foi encontrado, com um deles, uma arma de fabricação artesanal, uma carteira porta cédula contendo documentos pessoais, uma quantia de R$ 249,00 e um celular, objetos provenientes de roubos. Logo, ambos foram conduzidos à Central de Flagrantes.

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E à noite, por volta das 22h10, a equipe policial RONE 01 visualizou dois indivíduos suspeitos. Durante a abordagem, no Residencial Colorado, foram encontrados com eles um revólver calibre .22 e uma arma artesanal calibre .38. Os dois adolescentes foram encaminhados à Central de Flagrantes para adoção dos procedimentos cabíveis. 


















fonte http://www.pm.pi.gov.br

Lindomar Castilho nega "forças políticas" e anuncia novo comandante de Picos

Foto: Yala Sena
O comandante da Polícia Militar do Piauí, coronel Lindomar Castilho, negou que a exoneração do coronel Edwaldo Viana, do comando do quartel de Picos tenha relação com "forças políticas". O coronel garantiu que a saída de Viana faz parte de rodízio de cargos e que o novo comandante de Picos será o major Estanislau Felipe Oliveira. 
Hoje, a Polícia Militar confirmou a exoneração do cargo do coronel Edwaldo Viana, após circular nas redes sociais áudios em que Viana defendia que a Polícia deve "descer as cordas" ( no jargão policial significa a morte) dos assaltantes que mataram um empresário em Picos.
Lindomar Castilho elogiou a atuação do comandante de Picos e garantiu que a mudança faz parte de rodízio que acontece normalmente entre os comandos nos quartéis. 
"Há uma estratégia de estar sempre mexendo com os comandos para dar condições que outros poderem comandar".
O comandante lembrou que Picos fica em um dos maiores entroncamentos do Nordeste e merece toda a atenção. "O comandante tem um trabalho muito forte e sua a camisa, juntamente com os policiais da região".
"A mudança de comando faz parte de nossa carreira. Eu já comandei Picos, Paulistana, Oeiras, CFAP, Rondas Cidadão, do interior. Essa dinâmica faz parte. Uma hora ou outra acabamos saindo", afirmou.
Ao ser questionado sobre as polêmicas, o comandante voltou a afirmar que crê que foi no calor da emoção, mas defendeu que a Polícia não é para "descer as cordas".
Ele lembrou que o coronel Viana tem mais de 30 anos na Polícia e não cometeu qualquer atitude desaprovada. 
Lindomar Castilho ressaltou ainda que está mantido o convite para o coronel Viana comandar um Batalhão na capital. 
Segundo o comandante, a prática do policial é de defesa tanto dele (o profissional) em campo como da sociedade. 
"Isso não significa que o Policia pode fazer 'justiçamento' com as próprias mãos. É uma força de expressão que usa em uma ação policial".
Sobre a exoneração ter peso político, o comandante afirmou:  "Se foi forças políticas, não conheço. Só ele deve estar sabendo dessas forças políticas. Nós estamos é oportunizando que o coronel Viana continue com a gente".  

fonte cidadeverde.com

Operação do GAECO: ex-prefeito preso indaga desembargador sobre ameaça a denunciante

Advogados dizem que não encontraram informações sobre suposta ameaça feita por José Jeconias a ex-presidente de Câmara que denunciou suposto esquema


- Ex-coordenador do GAECO, Rômulo Cordão, quem iniciou as investigações, chegou a ser informado sobre as possíveis ameaças e a orientação foi procurar o GAECO
- Desembargador Edvaldo Moura, relator da Operação Bacuri no TJ-PI, tem emanado em suas decisões a preocupação com o poderio econômico do grupo ainda investigado
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_Desembargador Edvaldo Moura, relator do caso envolvendo a Operação Bacuri
_Desembargador Edvaldo Moura, relator do caso envolvendo a Operação Bacuri (Foto: Blog Bastidores - 180graus).

PRESO EM OPERAÇÃO DO GAECO PEDE EXPLICAÇÕES A DESEMBARGADOR
O ex-prefeito de Sebastião Leal, José Jeconias, preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) por suspeitas de envolvimento em suposta organização criminosa alvo da Operação Bacuri, protocolou através de seus advogados pedido de explicações ao desembargador Edvaldo Moura (TJ-PI), no tocante à trecho de decisão em que o magistrado nega a soltura do ex-gestor expondo como um dos motivos as supostas ameaças a que vem ou vinha sofrendo o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Bertolínia, Jones Werlen Miranda e Silva.
O trecho da decisão do magistrado foi exposto pelo Blog Bastidores, do 180graus, em matéria publicada no dia 28 de dezembro de 2019, intitulada “Operação Bacuri: vereador que denunciou esquema em Bertolínia está sob ameaça”
No pedido direcionado ao desembargador é sustentado que “Vossa Excelência [o próprio magistrado], ao analisar o pedido de reconsideração da decisão que decretou a prisão preventiva do peticionário, aduziu que, em 03/12/2019, o ex-Presidente da Câmara dos Vereadores de Bertolínia – PI, denunciante do conjecturado esquema criminoso investigado, teria protocolado pedido de medidas protetivas junto ao GAECO do Ministério Público, em razão de supostas ameaças que lhe teriam sido feitas por, dentre outros, o peticionário [José Jeconias]”. 
Continuam: “Ocorre que, após análise da íntegra do processo, ao qual a defesa do peticionário teve acesso, não foi possível localizar nos autos qualquer documento referente a esse pedido de medidas protetivas, não se sabendo, portanto, de onde teria vindo tal informação”.
Prossegue finalizando: “Dessa forma, dada a relevância do dado, tanto assim que utilizado em decisão que manteve a prisão preventiva do peticionário, requer seja indicada a origem dessa informação, bem como seja dada vista à defesa, para que esta possa ter plena ciência do fato e se manifestar a seu respeito”. 
PEDIDO DE PROTEÇÃO: "MEDO DE MORRER"
A citação feita pelo desembargador ao negar soltura do envolvido fazia a seguinte menção ao pedido de proteção protocolado pelo denunciante junto ao GAECO. 
“Não é demais ressaltar que, recentemente, em 3/12/2019, o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Bertolínia - PI denunciante do esquema criminoso investigado, protocolou pedido de medidas de proteção ao Grupo de Atuação Especial de Combate à Corrupção (GAECO) do Ministério Público, em razão de supostas ameaças que têm recebido, inclusive, por parte do cunhado do prefeito Luciano Fonseca, e de um dos investigados, José Jeconias, corroborando o receio antes expressado de, mesmo eles presos, intimidarem as testemunhas a serem inquiridas durante a instrução”, traz trecho de decisão. 
Blog Bastidores obteve a informação de que o ex-coordenador do GAECO, Rômulo Cordão, chegou a ser procurado pelo denunciante Jones Werlen Miranda e Silva, diante das supostas ameaças que estaria sofrendo, e o conselho era que procurasse o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, braço especializado do Ministério Público.
O então presidente da Câmara de Bertolínia estaria com "medo de morrer".
É o promotor de Justiça Rômulo Cordão, inclusive, quem iniciou as investigações na região, que acabou por culminar na Operação Bacuri.

fonte 180graus.com

terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Empresária é abordada e tem caminhonete roubada em Teresina

O caso está sendo acompanhado pela Delegacia de Polícia Interestadual do Piauí (Polinter).



A empresária Nayana Fonseca, que possui diversas lojas de roupas femininas que levam o seu nome, publicou nesta segunda-feira (30), em suas redes sociais que foi vítima de um assalto e que passou por momentos de angústia durante a abordagem dos suspeitos em Teresina.

Nayana teve sua caminhonete, modelo Hilux, de placa QRO-3200 roubada no domingo (29) e ainda não recuperou o veículo. Ela compartilhou com seus seguidores a situação traumática pela qual passou e agradeceu o carinho de amigos, familiares e clientes que estavam preocupados com seu estado físico e emocional.

“Eu sei que muita gente gosta de mim, tem uma admiração muito grande e eu tinha que dá uma satisfação e da essa notícias para você, porque quando a gente é uma pessoa popular, a gente tem que dá sim satisfação para as pessoas e se eu tinha fé em Deus agora eu tenho mais fé ainda porque por pouco eu perdia a minha vida e eu não sabia também que eu era tão querida”, disse

Ainda em seu relato via Stories no Instagram, a empresária conta que foi abordada pelos bandidos e foi bastante constrangida e por pouco não perdeu a vida no assalto. “O problema não foi o carro, foi o que eu passei, foi todo o constrangimento. Não encontramos o carro ainda, mas eu estou muito grata a Deus pro estar viva, por pouco quase perdia minha vida”, afirmou Nayana visivelmente emocionada.

O caso está sendo acompanhado pela Delegacia de Polícia Interestadual do Piauí (Polinter). Até o momento nenhum suspeito foi preso.

fonte www.meionorte.com


segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

MPPI solicita manutenção de prisões de suspeitos flagrados com mais de 1 tonelada de cocaína

Brasao

O Ministério Publico do Estado do Piauí, por meio da 20ª Procuradoria de Justiça, com o auxílio do GAECO, interpôs na tarde de hoje (30/12/2019), perante o TJPI, pedido de reconsideração da decisão do desembargador José de Ribamar Oliveira, que determinou no último dia 26/12/2019, a liberdade de Alexandre Vilela de Oliveira, Vagner Farabote Leite e André Luiz Caje Ferreira, presos em flagrante no último dia 10/12/2019 por tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico, na posse de duas aeronaves.

Na mesma operação, comandada pelo GRECO, foi apreendida mais de 01 (uma) tonelada de cocaína. Foi verificado que contra André Luiz Caje Ferreira, já havia inclusive, mandado de prisão preventiva decretada pela Justiça de São Paulo, por crime de tráfico ilícito de entorpecentes.

O Ministério Público solicitou a reconsideração da decisão do Desembargador, e consequente expedição de mandado de prisão preventiva contra os investigados, haja vista a permanência de todos os requisitos e pressupostos legais para a decretação da prisão preventiva.

fonte www.mppi.mp.br

Coordenadoria de Comunicação Social
Ministério Público do Estado do Piauí MP-PI

Teresina termina 2019 em 1º lugar no acompanhamento da frequência escolar



Ascom/Semec
Frequentar a escola é uma das condicionalidades para que famílias de baixa renda recebam o Bolsa Família, e a Secretaria Municipal de Educação (SEMEC) é a responsável por monitorar essa frequência na capital. Dados do Ministério da Educação revelam que Teresina tem sido, durante todo o ano de 2019, a capital com o melhor resultado em acompanhamento dos estudantes no Brasil.
Os números são enviados bimestralmente para o MEC, apontando alunos que cumpriram a especificação. A SEMEC monitora crianças e jovens matriculados nas redes públicas municipal e estadual, além de escolas particulares. Em novembro, foram mais de 60 mil estudantes avaliados, o que representa 99,88% dos beneficiários do Programa. Menos de 1% não foi localizado.
“De acordo com o Relatório Consolidado de Condicionalidades da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania, do Ministério da Cidadania, Teresina conclui o ano de 2019 como a capital com melhor gestão do acompanhamento da frequência escolar das crianças e adolescentes das escolas do município, cujas famílias são beneficiários do PBF. Isso significa que Teresina está realizando um trabalho com qualidade no acompanhamento para que as crianças permaneçam e frequentem a escola diariamente”, pontua Madalena Leal, gerente de Assistência ao Educando na SEMEC.
Segundo Sandra Leite, assistente social responsável pela equipe de monitoramento na Semec, os resultados significam que esse público está cumprindo a condicionalidade e tem garantindo o direito ao acesso e permanência da educação.
“Isso se deve ao trabalho articulado e intersetorial das políticas de educação e assistência social, assim como da parceria com as escolas para acompanhar as crianças beneficiárias. Elas nos ajudam a identificar as vulnerabilidades e buscar formas de resolver as dificuldades que se apresentam”, conclui Sandra.

fonte pmt.pi.gov.br

Polícia Quadrilha explode posto bancário e troca tiros com a polícia

A ação ocorreu por volta de 00h45 quando três homens armados e com explosivos arrombaram o estabelecimento bancário.

Na madrugada desta segunda-feira (30), um bando de criminosos explodiram um posto de atendimento bancário e fizeram reféns em Joaquim Pires, localizado a 232 Km de Teresina.
  • Foto: Reprodução/VídeoPosto de atendimento destruído.Posto de atendimento destruído.
De acordo com informações repassadas pelo tenente-coronel Erisvaldo Viana, a ação ocorreu por volta de 00h45 quando três homens armados e com explosivos arrombaram o estabelecimento bancário.
“Eles não tiveram sucesso porque lá não tinha praticamente dinheiro, por ser final de ano. Os três chegaram em um Siena, eles estouraram o posto de atendimento mas não levaram o dinheiro e saíram em duas motocicletas de apoio e chegaram a trocar tiros com a polícia”, disse em entrevista à TV Cidade Verde.
Os criminosos chegaram a fazer reféns, mas os liberaram pouco tempo depois e não chegaram a leva-los da cidade. “No local ainda tiveram duas pessoas como refém, mas soltaram logo após a realização do assalto. Eles saíram em direção à cidade de Esperantina e entraram em uma estrada vicinal, segundo as imagens de câmeras de segurança”, complementa o tenente.
A polícia ainda realiza diligências e toda a área do município está cercada, incluindo as estradas vicinais da zona rural. Dez viaturas estão posicionadas com o apoio do Batalhão de Luzilândia, Esperantina e Piripiri.

fonte www.viagora.com.br

Polícia PM prende suspeito por tentativa de homicídio no Morada Nova

Os policiais foram acionados por testemunhas, que apontaram Danilo Fernandes Benvindo de Sousa como autor dos disparos.

Na madrugada desta segunda-feira (30), a Polícia Militar (PM) por meio da Força Tática prendeu um homem suspeito de tentativa de homicídio após efetuar disparos no bairro Morada Nova, zona Sul de Teresina.
  • Foto: Divulgação/Polícia MilitarDanilo de Sousa foi preso suspeito de tentativa de homicídioDanilo de Sousa foi preso suspeito de tentativa de homicídio
Segundo informações, os policiais foram acionados por testemunhas, que apontaram Danilo Fernandes Benvindo de Sousa como autor dos disparos. De acordo com a polícia, ao chegarem próximo a residência do suspeito, os policiais ouviram disparos próximo ao restaurante Cajuína, no Morada Nova.
Após ouvir os disparos, os policias seguiram para o possível local, onde avistaram duas pessoas. Ao seguir os suspeitos, a equipe ver um deles se desfazendo de um objeto, que momentos depois foi identificado como uma arma de fogo. Os dois foram abordados, e Danilo de Sousa foi encaminhado para Central de Flagrantes, onde irá responder por porte ilegal de arma de fogo. Junto com o suspeito foi apreendido dois celulares e uma quantia de R$ 39,00.

fonte www.viagora.com.br

PMPI participa de inauguração de Igreja na zona leste



Ontem, domingo (29), o Coronel Rodrigues, representando o Comandante Geral da PMPI, Coronel Lindomar, esteve na inauguração de uma sede da Igreja Universal do Reino de Deus, localizada na Avenida João XXIII, em Teresina. 

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Também esteve presente o Governador do Estado do Piauí, Wellington Dias, acompanhado de Rejane Dias, Deputada Federal. O Pastor e Deputado Estadual Gessivaldo afirmou que, na sua concepção, este foi um momento para celebrar. “Feliz por ter recebido cada obreiro, jovem, grupo e convidado especial”. 
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Postagem: SAV Alveralicy
DCOM






















fonte http://www.pm.pi.gov.br

"As pessoas se assustam vendo uma mulher negra juíza", revela magistrada

Foto: Arquivo Pessoal da juíza / enviada ao Cidadeverde.com
"Perdi as vezes de quando entravam na sala, nem ao menos davam bom dia, só diziam que queriam falar com o juiz. Às vezes eu era ríspida, outras, virava a cadeira e dizia: 'bom dia, eu sou a juíza'". Quem conta essa história é Mariana Marinho Machado. Segundo ela, chegar a um cargo de tanta autoridade sendo mulher, negra e jovem parece que "confunde" as pessoas, mas na verdade, escancara um preconceito que tanta gente teima em dizer que não existe.
Aos 35 anos, Mariana é responsável pela comarca de Itainópolis (a 365 km de Teresina), que atende também os municípios de Vera Mendes e Isaías Coelho. Natural da Bahia, Mariana já exerceu a magistratura no Pará e está no Piauí há sete anos. Atualmente, tem 2 mil processos distribuídos e já finalizou, somente neste ano, 980 processos.
"Hoje as pessoas já me conhecem na comarca, já estou aqui há dois anos, então essas situações são mais raras", pondera. Mas a discriminação por seu biotipo físico sempre aconteceu. Ela conta que desde pequena ouvia comentários indesejáveis na escola, porém, foi depois que passou no concurso para magistratura que percebeu o preconceito mais presente.
"Eu sempre passei por situações como alguém falar do meu cabelo, por exemplo, na escola. Era bullying, mas não tinha esse nome. Mas eu senti mais o preconceito foi quando eu entrei na magistratura, porque é um lugar de autoridade. Várias vezes, quando me viam trabalhando pensavam que eu era assessora. Quando fui professora também senti os olhares. Na primeira vez que entrei numa sala de aula, as pessoas me olharam diferente. É tão institucional que as pessoas se assustam vendo uma mulher, negra, nova, juíza", explica.
Mariana passou no concurso aos 27 anos, sem cotas. Mas defende o sistema de cotas para oportunizar a entrada de negros no serviço público. "Meus pais são negros. Sempre tivemos muito orgulho da nossa raça. Eu e meus irmãos estudamos em colégios bons. Quando eu fiz concurso não tinha cotas, mas hoje vejo que é necessário. Os negros são maioria no Brasil, mas são minoria em cargos públicos. Na magistratura somos apenas 1,6% no Brasil", ressalta.
Foto: Arquivo Pessoal da juíza / enviada ao Cidadeverde.com
Para a juíza, o maior problema no combate ao preconceito é não aceitar que ele existe. "Quando você entra numa loja, as pessoas não vão para você, as vendedoras de lojas chiques não são negras. É assim que acontece", resume.
No dia-a-dia, Mariana opta por uma vida mais resguardada, evita muita exposição, mas não abre mão de reagir à situações de discriminação e preconceito.
"Em casos de racismo e injúria racial, com certeza eu dou voz de prisão, mas nunca precisei chegar a isso. Uma vez, uma pessoa que trabalha comigo foi xingada e eu acredito que a pessoa queria atingir a mim, mas falei que isso geraria processo e fui atrás. Já julguei vários casos de racismo e injúria racial, vários", destaca.
Especificamente com ela, a juíza lembra de uma vez que um advogado questionou sua capacidade de julgamento. "Um advogado começou a se exaltar e disse: 'não sei se a senhora teria capacidade para julgar'. Ele queria buscar uma suspeição minha, mas eu não sou de perder a cabeça, até para ninguém dizer que não tenho imparcialidade. Só disse: 'Doutor, o senhor não quer retificar o que disse?'. Um amigo dele deu um toque e ele se acalmou, voltou atrás", conta.
Por casos como esses, Mariana sempre atende as pessoas na presença de alguém, nunca sozinha. "Nós, magistrados, sempre estamos no olho do furacão. Se eu faço qualquer coisa, até fora de casa, não é a Mariana, é a juíza. Então, me preservar é uma questão de segurança. Aqui no Piauí, além do racismo há também muito machismo e isso é refletido nos feminicídios. Aqui na cidade, chega um homem juiz, vai para academia e é normal. Chega uma magistrada, vai para academia é porque quer se mostrar", compara.
"Às vezes ouço: 'a senhora é tão nova, vem sozinha para o Piauí, como seu marido deixa?' Como é que pode? Meu marido tem que deixar eu vir trabalhar? Isso não existe", indigna-se.
Apesar de todos os desafios enfrentados, Mariana Marinho não tem do que se queixar da vida que leva hoje. "Aqui em Itainópolis as pessoas já se acostumaram comigo e me tratam muito bem. Eu fico lisonjeada com o reconhecimento, o respeito e o carinho. Fiquei 12 dias afastada cuidando do meu pai e quando cheguei ganhei um bilhetinho: 'Que bom que a senhora voltou'. As pessoas me perguntam como eu aguento ficar no interior. É por todo carinho que recebo. Só peço muita saúde para eu conseguir fazer meu trabalho. Quando vou numa escola que as crianças me vêem, elas se sentem representadas, isso é gratificante. Elas sabem que elas também podem chegar lá", declara.
Foto: Arquivo Pessoal da juíza / enviada ao Cidadeverde.com

fonte cidadeverde.com