Marcelo Soares da Costa, policial civil do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), foi morto em ação durante uma operação em Santa Luzia do Paruá-MA. Na manhã desta terça-feira (03/09), enquanto cumpria um mandado de prisão, Marcelo foi alvejado por Bruno Arcanjo, um dos alvos da operação deflagrada pelo Departamento de Combate à Corrupção da Polícia Civil do Piauí.
Marcelo, de 42 anos e formado em administração, havia compartilhado sua trajetória com o Podcast Questão de Segurança da Secretaria de Segurança Pública. Em seu relato, Marcelo descreveu como sua carreira na Polícia Civil começou em 2012, após uma mudança de carreira provocada por uma crise financeira que levou ao fechamento da empresa familiar onde trabalhava com seu pai.
Durante a entrevista, Marcelo destacou a dificuldade de sua transição de uma carreira no setor privado para a área policial, mencionando a preparação intensa para os concursos e a importância do apoio da família. Ele também comentou sobre as mudanças na investigação criminal, como a redução do tempo médio para conclusão de casos de 30 para 5 a 10 dias devido ao avanço da tecnologia.
Entre os casos significativos em que Marcelo esteve envolvido, ele mencionou uma complexa investigação sobre roubo de cargas que durou quase dois meses e envolveu uma quadrilha que operava nos estados do Maranhão, Piauí e Ceará. Marcelo também destacou o trabalho do DRACO na monitorização de facções criminosas, mesmo aquelas cujos membros estão encarcerados.
Veja a entrevista:
Entenda o caso
A Operação Turismo Criminoso, conduzida pela Polícia Civil do Piauí, visava cumprir cinco mandados de prisão temporária relacionados a um esquema de fraude contra o Departamento Estadual de Trânsito do Piauí (DETRAN) e a financiamentos bancários fraudulentos. Durante a operação em Santa Luzia do Paruá, uma equipe do DRACO se dirigiu à residência de Bruno Arcanjo, que estava sendo investigado.
Ao tentarem cumprir o mandado de prisão, os policiais foram recebidos a tiros por Arcanjo. Marcelo Soares foi atingido na região do tórax por um disparo de pistola 9mm, que resultou em sua morte. A operação também contou com a participação das equipes da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática.
Marcelo Soares deixa esposa e uma filha de 4 anos. Sua dedicação ao trabalho policial e sua contribuição para a segurança pública são lembradas com respeito e pesar por colegas e pela comunidade.
Fonte portal 180graus.com