Na manhã desta quinta-feira (11), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Piauí (MPPI), cumpriu dois mandados de busca e apreensão em apoio à Operação Cobro Final, deflagrada pelo Ministério Público do Amapá (MPAP). No Piauí, as diligências ocorreram em Teresina. Durante a ação, foram apreendidos celulares e joias. O trabalho contou com o apoio das Polícias Civil (PC-PI) e Militar do Piauí (PM-PI).

A investigação, iniciada a partir do recebimento de denúncia anônima no disque-denúncia do Gaeco do Amapá, demonstrou a existência de uma organização criminosa integrada por estrangeiros, a maioria colombianos, especializada no fornecimento de empréstimos irregulares com juros diários e extorsivos, prática popularmente conhecida na Colômbia como “cobro”.

Além da agiotagem, a organização conta com um núcleo de indivíduos responsáveis pela realização de um sofisticado processo de lavagem de capitais dos valores ilicitamente auferidos, seja por meio de duas empresas de compra, venda e aluguel de veículos, ou pela pulverização de valores e utilização de contas de “laranjas” para o distanciamento de sua origem ilícita.

O MPAP apurou que nos casos de inadimplência, os agiotas ameaçavam a integridade física, a vida e tomavam para si bens das vítimas. Entre 2023 e 2025 o grupo criminoso movimentou mais de 60 milhões de reais.

Os investigados responderão pelos crimes de usura (agiotagem), integrar organização criminosa, lavagem de capitais, ameaça, lesão corporal e exercício arbitrário das próprias razões, cujas penas, somadas, ultrapassam vinte e três anos de reclusão, além de multa.

fonte www.mppi.mp.br

Com informações do MPAP