Conforme o vereador, no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público de Teresina, foi registrado diversas irregularidades no setor.
- Foto: Luis Marcos/ ViagoraVereador Dudu
Nesta quarta-feira (27), em entrevista ao portal, o vereador Dudu Borges (PT) falou sobre a crise no transporte público e disse que há um descontrole da bilhetagem eletrônica em Teresina tendo em vista uma enorme quantidade de dinheiro registrada nos dispositivos de arrecadação dos transportes alternativos.
Conforme o vereador, no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público de Teresina, foi registrado diversas irregularidades no transporte da cidade.
“É impossível uma van que transporta cerca de 15 mil pessoas por mês arrecadar R$ 500, 700 ou 800 mil no apurado mensal. Esse problema já foi identificado e está na análise da CPI do transporte público. Temos que aprofundar esse debate”, pontuou.
Segundo o vereador, na CPI não foi possível o aprofundamento da averiguação das vans, pois o objetivo era concluir o transporte convencional. Porém, houve fatos inusitados que acarretaram a uma análise mais apurada.
“Teve dias que uma só van transportou 15 mil pessoas. A gente sabe que isso é impossível. Existe um descontrole da bilhetagem eletrônica, descontrole esse na mão de quem opera. A bilhetagem eletrônica é um dos grandes ralos para que o transporte público aconteça da forma como é. Por isso o poder público deve ter o controle do processo de todo o transporte da cidade”, destacou.
Dudu Borges ressalta ainda que existe uma parceria do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) com os administradores das vans.
“É cobrado pelo SETUT cerca de 8% de taxa administrativa dessa bilhetagem. Ou seja, quem ganha com tudo isso é a mesma entidade que controla o transporte convencional. Aprovamos uma audiência pública para tratar somente de vans e, em um momento oportuno, vamos realizar essa audiência. Estamos aguardo o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, decretar estado de calamidade no transporte público convencional para que possamos avançar numa resolução definitiva”, disse.
fonte www.viagora.com.br