Motoristas e cobradores de ônibus decidem hoje sobre paralisação
Motoristas e cobradores de ônibus decidem hoje sobre paralisação.
Os trabalhadores do sistema de transporte público de Teresina, em parceria com movimentos sindicais e sociais, realizam, a partir das 9h, de hoje (11) um ato, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro-PI), para discutir a precarização que o sistema vem passando, antes de ser efetivado o novo modelo licitado.
Na oportunidade, será debatida também a possibilidade de paralisação por 24 horas dos trabalhadores dos ônibus que circulam pelas zonas urbana e rural de Teresina. O Ministério Público Estadual (MPE) também vai participar da reunião para ouvir as denúncias dos trabalhadores e representantes da sociedade civil organizada.
Foto: Elias Fontenele/O Dia
Trabalhadores reclamam do descumprimento do acordo coletivo de trabalho da categoria
“Vamos discutir e retirar esta data durante a reunião. O problema é sempre o mesmo: descumprimento do acordo coletivo de trabalho dos trabalhadores por parte das empresas; falta de manutenção; ônibus sucateados e com vida útil ultrapassada e até a falta de segurança que ameaça trabalhadores e usuários”, afirma o vice -presidente do Sintetro-PI, Ajuri Dias.
Para o presidente da entidade que luta pelos direitos dos trabalhadores rodoviários do Piauí, Francisco das Chagas Oliveira, o ato em defesa do transporte significa o grito de indignação dos trabalhadores em transportes e da população usuária, “que não aguenta mais tanto descaso do poder público municipal”.
O Sintetro-PI pretende questionar a Prefeitura de Teresina acerca de fiscalizações mais intensas, que provoquem progressos no sistema. “A Prefeitura de Teresina, ao longo de mais de duas décadas, virou as costas e deixou a população usuária de ônibus abandonada”, declara Francisco das Chagas Oliveira. Questionado sobre o processo licitatório já encerrado, que teve como ganhadoras as mesmas empresas que integram o atual sistema, o representante da categoria diz ser a favor, mas afirma que o entendimento dos trabalhadores é que com a licitação viessem as melhorias de forma mais rápida e intensa.