terça-feira, 28 de abril de 2015

Operação Gangrena: 11 se tornam réus em ação que investiga esquema


Operação Gangrena: 11 se tornam réus em ação que investiga esquema

Integrantes do esquema podem ser indiciados, dentre outros delitos, pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro


O juiz Agliberto Machado, da 3a. Vara Federal recebeu denúncia formalizada pelo Ministério Público Federal do Piauí (MPF-PI), que torna réus os 11 acusados de envolvimento em um desvio de aproximadamente R$ 7 milhões da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi). As informações foram confirmadas junto à assessoria do MPF-PI.
(Foto: Saraiva Repórter)
A denúncia diz respeito aos desdobramentos da Operação Gangrena, deflagrada em 2011 pela Polícia Federal. O procuradoria da República aponta que houveram fraudes em processos licitatórios realizados pelo órgão para compra de medicamentos que seriam custeados com recursos federais.
De acordo com a denúncia, estão sendo citados no processo 11 dos 18 que foram citados inicialmente no esquema. São eles: Maria do Espírito Santo Nunes Cavalcante, Mário Dias Ribeiro Neto, Rotterdan Carvalho Vasconcelos, Liliane Gomes dos Passos França, Leonardo Vinhaes Castelo Branco, Oscar Luiz de Oliveira, Arlindo Dias Carneiro Neto, Zorbba Baependi da Rocha Igreja, Alexandre de Castro Nogueira e Maria Elizete de Lima Silva.
A maioria dos envolvidos são advogados, empresários do ramo farmacêutico e servidores do Estado. Os integrantes do esquema podem ser indiciados, dentre outros delitos, pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
ENTENDA O CASO
Em 2011 a Polícia Federal deflagrou em Teresina a Operação Gangrena, para investigar fraudes em processos licitatórios na Secretaria Estadual de Saúde do Piauí (Sesapi). O valor seria de aproximadamente R$ 7 milhões.
Na época 18 pessoas foram indiciadas e prestaram depoimentos, mas após as investigações, apenas 11 se tornaram réus na ação. Entre os envolvidos estava Mário Ribeiro Dias Neto, filho de Sebastião Ribeiro, atual diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e sobrinho do deputado federal Marcelo Castro (PMDB).
Em 2012, a Sesapi afastou cinco funcionários que estariam envolvidos no esquema. São eles: Glouberg Nóbrega dos Santos, Ilberto Pereira da Silva, Joéldina Scarcela Veloso, Osvaldo Bonfim de Carvalho e Valter Soares Sousa.
Na operação foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de condução coercitiva no Piauí e em Pernambuco; além de ordens judiciais determinando o arresto de bens, bloqueio de contas bancárias, afastamento dos envolvidos de suas funções públicas, proibição de deixarem o país.

fonte portal o olho