Estudantes compartilham fotos mostrando cobrança de R$ 1,25 na passagem
Desde sexta-feira, o problema estaria acontecendo com grande frequência.
Os estudantes de Teresina estão compartilhando nas redes sociais várias fotos que comprovam a cobrança indevida de R$ 1,25 no valor da passagem de ônibus. As manifestações revelam que não se trata de um caso isolado, como aconteceu em fevereiro, mas de algo recorrente. A tarifa estudantil deveria estar congelada em R$ 1,05 até o final deste ano, independente do valor da passagem inteira.
A denúncia foi realizada inicialmente por membros da Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (Anel). “Não podemos ficar calados diante de tamanha arbitrariedade. O transporte de Teresina é um dos mais caros do país - considerando-se o percusso e as condições - tanto das paradas como dos ônibus, que são extremamente precárias”, diz a postagem na página oficial da Anel Piauí no Facebook.
O membro da executiva estadual da Anel, Rafael Veloso, conta que desde sexta-feira é cobrados R$ 1,25 pela taxa de ônibus de vários estudantes. “Ficamos muito preocupados porque o posicionamento do Setut é de que os estudantes tem que comprovar esse desconto para poderem ser ressarcidos e na realidade isso é um erro deles, eles que tem resolver e não colocar culpa nos estudantes”, declara. Para ele, o Setut está descumprindo um acordo com a prefeitura, de manter o congelamento da tarifa.
Hoje, a universitária Cinthya Souza teve o desconto de duas passagens no valor de R$ 1,25. “Peguei a linha 401 pela manhã, por volta das 6h. Por volta de meio dia, aconteceu a mesma coisa”, explica. O caso de Rafael Veloso também foi na linha 401, que percorre do centro até a Universidade Federal do Piauí. A única maneira de comprovar o fato é tirando uma foto da máquina de bilhetagem eletrônica.
Estudantes devem procurar o Setut
O gerente geral do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), Fábio Prado, declara que não houve nenhum reajuste na tarifa de meia passagem. “Isso está acontecendo com o cartão de alguns estudantes e é importante que eles compareçam ao Setut com o cartão em mãos para que possamos fazer uma análise em conjunto”, conta.
De acordo com Fábio Prado, o problema pode ser uma configuração no chip do cartão. Isto pode ser reconfigurado no Setut, os estudantes não serão cobrados pois para realizar este serviço não é necessária a retirada de uma segunda via. “Dentro do cartão há um chip que armazena os créditos. Normalmente, se há um problema assim, resolvemos facilmente. Às vezes é ocasionado pela aproximação de um campo magnético como uma caixa de som, que provoca uma desconfiguração do chip”, explica o gerente.
Se o problema for no sistema de bilhetagem eletrônica, o Setut acionará o empresa que cuida do serviço, a Tacom, de Belo Horizonte, para resolver o problema o mais rápido possível. “O mais importante é que os estudantes compareçam no Setut para que nós possamos identificar o problema e resolvê-lo”, diz Fábio Prado.