FMS prepara campanha de combate à hanseníase e verminoses nas escolas
Campanha acontece desde 2013 nas escolas da capital e esse ano será em agosto.
O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Luciano Nunes, esteve reunido com os técnicos do Programa Municipal de Hanseníase para planejar mais uma edição da Campanha de Hanseníase e Verminoses, que ocorre desde 2013 nas escolas da capital e que este ano acontece no mês de agosto.
A ação, idealizada pelo Ministério da Saúde, está sendo executada na capital pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) e tem como objetivo reduzir a carga parasitária em escolares da faixa etária de 5 a 14 anos, além de identificar casos suspeitos de hanseníase, uma vez que ambas as doenças causam manchas no corpo.
"Iremos contar com a parceria da Secretaria Municipal de Educação para desenvolver a campanha nas escolas, tendo em vista que a escola é o ambiente propício para desmitificar e quebrar estigmas sobre a hanseníase, doença que tem tratamento e cura. E se conscientizarmos desde cedo as crianças, poderemos minimizar o preconceito que ainda existe e alertar que o tratamento é simples e ofertado gratuitamente nas unidades de saúde", disse Luciano Nunes.
Profissionais da saúde visitarão as escolas e farão busca ativa de casos de hanseníase por meio do chamado método do espelho. “Os pais receberão um formulário no qual deverão informar sobre eventuais sinais e sintomas sugestivos de hanseníase. Caso seja detectado, a criança será encaminhada para confirmação e poderá realizar o tratamento gratuito nas unidades de saúde do município”, explica Kelsen Eulálio, coordenador do programa.
Na oportunidade, profissionais das Unidades Básicas de Saúde dos bairros administrarão o medicamento Albendazol 400mg, para o tratamento de verminoses. Tomado em dose única, o remédio é eficaz, não tóxico, de baixo custo e já foi utilizado em milhões de indivíduos em diversos países e relatado na literatura científica. Seus efeitos colaterais são raros e sem gravidade. Além disso, haverá uma mobilização educativa voltada para professores e escolares sobre as doenças abordadas pela campanha.
No ano passado a atividade foi desenvolvida em 234 escolas em todas as regiões da capital, tratando um total de 30.451 estudantes com dose única do medicamento e devolvendo o formulário de autoimagem com 24.413 pessoas. Destas, 3.420 apresentaram a existência de mancha e foram avaliados pela equipe ESF, diagnosticando nove casos de hanseníase.
Segundos dados da FMS, foram detectados 70 novos casos de hanseníase em Teresina no primeiro quadrimestre de 2015. Já em 2014 foram 433 casos, dos quais 40 ocorreram em pessoas menores de 15 anos. “A ocorrência de casos nessa faixa etária é um indicativo de que a doença tem transmissão ativa e recente no município, ou seja, que adultos doentes estão passando a doença aos mais jovens”, explica Kelsen Eulálio.
A hanseníase tem cura em todas as suas formas, o tratamento é gratuito e está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde da capital.